Capítulo 35

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Me levantei da cama na velocidade da luz e corri pro quarto do Jho que dormia cansado da festa, eu o sacodir umas três vezes e ele acordou.

- Jho dá uma olhadinha nos meus filhos. - fiz boquinha pra ele poder aceitar mais rápido. - Por favor.

- Paula eu estou cansado e qual o motivo de você ter que sair em plena madrugada?

- O tio Lui me ligou pra avisar que o Rafael acordou do coma.

Ele levantou da cama rapidamente.

- Vai lá e pode ir tranquila que eu cuido dos meus sobrinhos.

- Jho eu te amo. - dei um beijo no rosto dele e sair correndo.

Na garagem da casa só estava o carro da mamãe e mais nenhum, eu peguei o carro dela sem pedir permissão e seguir pro hospital numa velocidade imensa. Parei em frente ao hospital em menos de dez minutos e deixei o carro lá mesmo e entrei correndo.

- Senhora não pode entrar. - gritou a recepcionista. - Visitas só no turno do dia.

- Senhora eu vim falar com o doutor Lui. - passei pela catraca e entrei correndo. - Ele já está me esperando.

Peguei o elevador e fui diretamente pro segundo andar e o tio Lui estava lá com uma prancheta na mão.

- Tio cadê o Rafa?

- Ele está no quarto. - ele respondeu e começou a me olhar estranho de cima a baixo.

- Algum problema? - questionei me sentindo incomodada com aqueles olhares repreensor.

- Paula se você não percebeu mas aqui é um hospital e merece decência.

- Tio seja mais claro por favor.

- Paula por que você veio pro hospital apenas de camisola? - dei uma olhada pro meu corpo e eu estava apenas de camisola vermelha. - Sei que a notícia lhe pegou de surpresa mas você poderia ter vestido uma roupa.

- Desculpe tio mas eu não percebi que estava de camisola. - dei um abraço nele só pra não ser mandada embora do hospital pra vestir uma roupa descente. - E o Rafael?

- Ele acordou e já está bem melhor e está pronto pra outra. - ele fez aquela pausa enigmática. - Mas quando ele levou o tiro, sofreu uma queda e tomou uma porrada na cabeça que trouxe alguns problemas.

Eu nem quis saber qual era o problema e fui diretamente pro quarto do Rafael e da porta eu vi ele comendo alguma coisa (acho que ele deve tá com muita fome depois de semanas em coma).

- Meu amor que bom que você acordou. - me aproximei dele e passei a mão no rosto dele. - Eu estava preocupada contigo.

Ele permaneceu imóvel e o único movimento que fazia, era o de levar o talher a boca mas me olhava de forma tão desconecta.

- Doutor quem é essa mulher? - ele se manifestou apenas pro tio Lui.

- Como assim quem é essa mulher? - perguntei assustada.

- Esse é o problema Paula, ele perdeu a memória devido a pancada na cabeça. - disse tio Lui. - E está sem memória.

- Ele não se lembra de nada?

- Não Paula. - Tio Lui me puxou pro lado do quarto. - E pra piorar ele nem se quer sabe o próprio nome mas acreditamos que sejam uma amnésia passageira.

Oh my god... Fiquei incrédula com aquela notícia de que o Rafael, aquele rapaz cheio de vida estava com a memória em branco e não se lembra de si. Me aproximei dele novamente e tentei puxar assunto, já que ele só falava com a tio Lui.

História de Amor e ÓdioWhere stories live. Discover now