Capítulo 15

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Acordei cedo e fui me arrumar pra ir a escola, eu não tenho vontade de sair mais as minhas aulas estão super atrasada. Quando vou ora escola sempre vou pro banheiro vomitar, mas agora vou pra sala tomei café com minha mãe enjoando o suco, as torradas, a geléia e tudo que estava naquela mesa... Eu tentava desfaçar que odiava aquele perfume do Jho que era super adocicado, as comidas era boas mas todas enjoativas pra mim.

Fui pra escola mesmo sem vontade, a minha mãe insiste pra que eu dê segmento a minha vida mesmo com o Rafael na França. A escola continua tudo no mesmo lugar como a última vez que estive aqui e pra variar encontrei a Shirley, que estava tomando sorvete na porta do banheiro.

- Oi Paulinha soube que você foi largada como um trapo velho. - falou o encosto com cara de deboche.

- Jura Shirley, eu to nem aí pro Rafael e você muito menos sua largatixa albina. - falei pra aquela esnobe enquanto eu lavava as mão no banheiro.

- Olha fofinha eu so sei que a Scarletty também está na França, imagina ela Rafael e a cidade de Paris para acalentar uns flashbacks. - disse Shirley ironicamente.

- Olha garota quero que você , sua irmã e o Rafael vão pro inferno. - falei e sair daquele lavabo sentindo enjoos mas não quis mostrar pra Shirley.

Peguei meu celular e liguei na Ômega Fm e tava tocando uma música que dizia:

" Eu to pensando agora, agente no futuro se amando a toda hora e caminhando junto"

Era a música mandou bem do Jota quest, aieu comecei pensar como seria minha vida no futuro com meu filho, seria como a música se amando a toda hora e caminhando juntos... Eu alisei meu ventre e fiquei pensativa.

- Filho ou filha eu nunca vou te deixar vou ser seu pai e sua mãe... Te amo amor da mamãe.

Eu tinha dez semanas que corresponde a dois meses e meio, a barriga ainda não está tão visível pode se passar facilmente por gorduras. Depois do encontro catastrófico com a Shirley eu não me senti bem e fui pra casa.

Em casa não tinha ninguém eu precisava Desabafar e chamei Clara e Antonella precisava falar com elas, pedi a Lupi pra fazer um lanchinho pra nós na piscina, eu precisava tomar coragem e contar tudo e elas chegaram em menos de uma hora.

- Oi Paula, o que foi pra você nos chamar aqui com urgência? - perguntou Clara.

- Oi meninas preciso desabafar com vocês amigas é sobre algo muito relevante em minha vida, e espero que vocês entendam o meu lado.

- Pode falar Paula estamos curiosa pra saber essa bomba. - disse Antonella.

- Eu preciso falar a vocês que eu estou com 10 semanas de gravidez.

Elas estavam aparentemente supresas com a notícia recém recebida, os olhos dela pareciam mais arregalados do que de costume.

- Grávida?

- Sim meninas... Grávida, muito grávida.

- Paula e agora Rafael está na França e ele já sabe?

- Não Antonella, e nem vai saber... Ele me abandonou e não quero saber dele e ele nunca saberá da minha gravidez.

- Paula você não pode fazer isso, ele é o pai. - retrucou Clara. - E isso é errado.

- É o pai, mas ele foi pra Europa e nem se quer me avisou que ia eu odeio esse garoto. E errado foi tudo que ele me fez.

- Paula você tem razão ele não merece nada de você, nem teve consideração por você e nem pela história de vocês. - concordou comigo Antonella.

- Então vou ser tia. - gritou Clara.

- Vamos tirar no cara ou coroa pra saber quem será a madrinha. - falei.

- Com certeza será eu. - disse Antonnella.

Jho e Caio chegaram da escola super suados pois foram correr na praia e eu contei pra Caio que ficou chocado mas me apoiou e me confortou, e quer ser o padrinho... E também chegou a hora de contar pra minha mãe.

Me despedi deles e fui tentar reunir coragem pra contar pra ela a minha real situação, tomei um banho longo, vesti uma túnica pra não mostrar e desci pro ateliê/escritório da mamãe que fica depois da sala de jantar...

Mamãe estava lá desenhando roupas, num roupão de banho verde, uma garrafa de café pra acompanhar a noite. Eu não sabia como contaria tudo isso pra ela, a minha vida inteira simplesmente mudou e eu não sei como começar a contar tudo pra ela..

Pensei na hipótese de dizer que eu quero ir pra França e lá reencontraria Rafael e nos casavamos e terias filhos, a segunda era dizer que eu quero ir embora e voltaria anos depois com um bebê dizendo que era meu filho adotivo, e a última seria um aborto mais isso ficou fora de cogitação. Poderia dizer que era filho do Caio mas ele era da Clara e não posso destruir um casal.

Me aproximei dela que estava ainda muito entretida com os desenhos e parecia nem me dar ibope, eu rodei a sala procurando as palavras certas pra dizer tudo pra ela mas a coragem sempre me faltava.

- Mãe posso falar com a senhora?

- Sim filha, eu já estou acabando os desenhos pode falar à vontade.

Eu não podia soltar a bomba de vez e tive que procurar rodeios pra contar aos poucos, não fui direto ao ponto procurei outros caminhos.

- Mãe com quantos anos a senhora me teve?

- Acho que com 20, eu era bem nova. -ela se recordava com carinho. -Mas porque isso agora?

- Por nada mãe. - fui sair do escritório.

- Paula você veio aqui me contar algo e desistiu?

- É é é...que eu descobrir a algumas semanas que eu estou grávida.

Os desenhos dela caíram no chão de susto, ele me olhava perplexa com a minha revelação recém contada.

- Como assim filha? Pensei que você ainda fosse...

- Não mãe eu e Rafael estivemos juntos intimamente no dia em que fomos pra sua fazenda e está aqui o resultado.

- Filha eu não sei o que te dizer... Já avisou ao Rafael?

- Nunca mamãe eu não quero que ninguém além de você meu irmão e meus amigos saiba, muito menos o dr. Assis.

- Filha o Rafael tem direito de saber, afinal ele é o pai, não seja egoísta Paula você não fez esse filho sozinha.

- Não sei se fiz bem em lhe contar mamãe, eu te avisei e não vir pedir suas críticas.

- Filha me desculpa não tenho direito de me meter em sua vida, faz o que achar melhor em qualquer decisão eu vou te apoiar. Mas saiba que o justo é Rafael saber a verdade.

- Obrigado mãe.

- Com que cara eu vou olhar pro Carlos Assis sabendo que ele vai ser avô e não posso falar a verdade.

- A senhora ainda está com aquele velho? - perguntei.

- Mas do que nunca o Carlos precisa de mim... A empresa dele está passando por crise catastróficas e isso tá sendo prejudicial pra ele, e corre o risco do Rafael voltar da França por falta de dinheiro.

Imagina se esse velho chega a falir!!! Rafael pobre seria uma vingança perfeita.

- Mãe e a propósito eu tenho consulta com o obstetra amanhã quer ir comigo?

- Claro que sim, eu não vou perder a chance de vê meu neto ou neta.

- Claro mamãe. - sair do escritório e fui pra sala.

Lupi estava me esperando ansiosa.

- Paula contou pra sua mãe?

- Sim... Mas descobri que Rafael está pobre.

- O que você pensa em fazer Paula?

- Deixar ele na ruínas.

História de Amor e ÓdioWhere stories live. Discover now