Capítulo 20

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Chegou o 9° e último mês.

Eu estava na sala tomando o café da manhã com a Bia, o Pedro e a Lupi falando de um assunto muito importante... Quem vai ganhar o próximo grande prêmio da fórmula 1.

- Eu acho que é o Felipe Massa. - falei.

- Eu acho que é o Luwis Hamilton. - falou a Bia. - Ele corre muito.

- Pode ser o Niko Hosbergg. - satirizou o Pedro.

Eu meio a discussão eu comecei a me sentir desconfortável eu vi algo líquido e quente escorrer pelas minhas pernas, tenho certeza que fiz xixi na roupa e se eu contar com certeza a Bia iria fazer deboche comigo. O Pedro ficaria constrangido.

- Gente acho que fiz xixi. - falei rápido antes de sentir vergonha.

- Hahahahah. - a Bia gritou e riu muito. - Paula você não acha que está grandinha pra isso?

- Calma Beatriz ela deve estar de suspensão de bexiga. - falou Pedro com o rosto vermelho de vergonha.

- Não Paula deve ser a bolsa que estourou. - disse Lupi convicta.

- Vamos pro hospital agora, vou pegar o carro e você Lupi pega a mala dela. - falou o Pedro indo em direção ao carro.

A Lupi foi pegar a mala, o Pedro foi pro carro e a Bia foi pra cozinha comer, pois ela come sempre que está nervosa e come também quando está calma. Todos foram pra um lado e esqueceram de mim na mesa sentindo contrações.

As contratações iam e vinham cada vez mais forte e eu me contorcia de dores... E depois conseguir andar com dificuldades até o carro e eles enfim notaram que eu não estava só quando eu cheguei. O Luis estava do lado do carro flertando com a Lupi (pra variar)

- Luís avise a minha família que eu estou indo pro hospital.

- Pode deixar dona Paula. - ele pegou um celular de botão no bolso e foi ligar pro meu irmão.

Entramos na maternidade em uma hora, o mesmo enfermeiro que me viu de quatro a meses atrás estava me levando pro quarto operatório.

- Paula fica calma e respira. - disse o tio Lui mais nervoso do que eu. - Vai dar tudo certo minha linda.

- Tio o que senhor está fazendo que não tirou essas crianças doloridas de dentro de mim?

- Calma eu vou tentar.

Os minutos passavam e as dores aumentavam e o meu parto se complicou o dr. Lui e uma junta médica tentava salvar minha vida e dos bebês, e pelas perspectivas só se salvaria os gêmeos ou eu.

- Tio por que está demorando tanto? - perguntei com a voz rouca de tanto gritar. - Eu não aguento mais.

- Paula eu não vou te enganar... Mais o seu parto e tamos fazendo o possível pra salvar os três (eu e os bebês).

- Tio aconteca o que for mas salve os meus filhos. - pedi encarecidamente.

A minha pressão arterial baixaiva e subia alternadamente fazendo o monitor cardíaco gritar muito num barulho chato e ensurdecedor. Os médicos tentava me salvar mandando eu forçar mais quando as contrações viessem, mas eu já não tinha tantas forças.

Parece que todas as minhas lembranças de vida iam e vinham, eu me lembrei da minha infância na fazenda com o meu pai, dos dias turbulentos com a minha avó que faleceu e eu não lembro se sei o nome dela, da minhas amizades, da chegada da minha mãe e do meu irmão em minha vida e enfim... O Pedro.

E enfim ocorreu o parto natural primeiro veio minha filha que era uma fofa e sem dúvida a coisa mais linda que eu já vi na minha vida, e depois meu lindo filho que era o meu príncipe, o enfermeiro colocou cada um de um lado apenas enrolado num pequeno lençol azul e eles sujos de sangue, o meu choro parecia incontrolável vendo aquelas coisa linda que tinha os olhos negros como o meu e naquele momento eu fiz um juramento.

História de Amor e ÓdioWhere stories live. Discover now