capítulo 1

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Esses quase 40° ainda vai me fazer virar churrasquinho nessa roça que me trouxe tantas felicidades e também tantas angústia, sei que cresci nessa fazenda esse seria a vida ideal pra muita criança mas não pra mim, correr pelos campos, beber leite direto das tetas da vaca, colher frutas nos pés e banhar-me nos rios que lá possuía... Mais isso já faz muito tempo. Mas isso é passado pois nas minhas mãos está uma mala de roupa e uma passagem pra Cidade de Ômega onde vou morar com a minha avó já faz doze dias que meu pai morreu e ainda tenho 17 anos e segundo as leis estúpidas do nosso país não me permite morar sozinha e tenho que aturar minha avó até completar 18 anos.

Deixando as formalidades de lado eu tenho que me apresentar: o meu nome é Paula tenho 17 anos, tenho cabelos pretos enormes, e estou na rodoviária indo para Ômega para morar com minha vò( uma senhora intolerante) super protetora, perdi meu pai e nunca tive mãe.
O motorista segue o ônibus em direção pra cidade praiana de Ômega.

Ao chegar na cidade eu não vi ninguém me esperando na rodoviária e é lógico que minha avó não perderia seu precioso tempo com uma neta bastarda e pra ser sincera faz tanto tempo que eu a vi que eu não me lembro dela. A única alternativa foi pegar uma táxi e segui pra casa da minha avó.

Quando cheguei eu peguei uma chave com o porteiro e entrei no 302 (o número do meu apartamento), era um lugar até que aprazível pra uma senhora solteirona, as paredes eram pintadas em amarelo-ouro, era uma sala vasta, uma sofá enorme na cor branca, uma mesa de mármore com seis cadeiras, uma instante cheia de livros e enfeites. Me aproximei da mesa e peguei um bilhete que estava lá e fui verificar o conteúdo pois tinha meu nome no verso.

"Paula eu vou ficar fora por dois dias numa viagem da igreja, fique a vontade. ..

Beijos vovó.

Eu senti um certo sarcasmo nesse "vovó" , a minha avó é mãe do meu falecido pai e eles não se dão bem e não sei bem o motivo desse afastamento... Que fofo eu chegar e minha avó vai passar o dia fora, ela só me viu quando eu tinha três meses de vida e fui tomar vacina como ela era a enfermeira que me vacinou foi meio que impossível ela não me vê e depois disso ela só me viu por foto que meu pai mandava anualmente pelo natal... Mas eu estou tão cansada pra pensar no desprezo da minha avó que resolvo me jogar na cama e dormir feito uma vaca parida (não sei se vaca dorme) e não demorou muito já estou roncando.

Quando eu acordo o sol já está alto e são 6:40 da manhã, me lembro que a assistente social que me encaminhou pra cidade de Ômega disse que um dia após chegar eu iria pra aula pois estou no último ano ensino médio e não posso perder aula. Vou no banheiro e escovo os dentes, tomo banho, visto uma calça jeans uma blusa branca (ainda não tenho uniforme) e um tênis preto, vou até a geladeira e pego um copo de suco e uma maçã e desço pra portaria.

Quando cheguei no ponto estava uma garota morena, de pele rosada corpo exuberante e estatura alta... Eu a conheço imediatamente era a minha prima Clara, filha de um irmão do papai que eu a conheci a uns meses atrás quando o pai dela foi visitar meu pai que estava doente e ela foi com ele.

- Oi Clara. - me aproximei abraçando ela. - Que bom te encontrar aqui.

- Paula eu soube que o titio faleceu e eu sinto muito... Meus pêsames... A vovó falou que você viria. - ela sentou-se comigo.

- Clara eu vou precisar muito de você eu ainda não conheço nada aqui em ômega e você como uma Omegense pode me apresentar tudo por aqui.

- Claro Paula!!! A vovó me falou que você vai estudar na mesma escola que eu e provavelmente seremos da mesma sala, eu também estou no 3° do ensino médio.

História de Amor e ÓdioOù les histoires vivent. Découvrez maintenant