Capítulo 8

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- Pai posso falar com você?

- Já está falando né Rafael. - disse o dr. Assis rudemente. - E se você não percebeu eu estou numa conversa.

- Pai eu e Paula temos algo a contar a vocês. - disse Rafael. - E é sério.

- Pode falar Rafael já que começou termine.

- Eu e Paula estamos namorando.

A cara do dr. Assis e do tio Lui eram impagáveis, parecia que tiamos dito que iríamos roubar um banco. O sogrinho tentava reunir forças pra falar alguma coisa mas olhava pra minha mãe que permanecia inerte naquela sala.

- Como assim filho eu namoro com Anna, vocês são praticamente irmãos. - disse o dr. Assis deixando todos boquiaberto. - Isso seria praticamente um incesto.

- Pai me impressiono que você uma pessoa tão inteligente pense assim, ela é filha da sua namorada e não sua, então ela é sua enteada. - com essas palavras a sala ficou em clima tenso. - E não te entendo pai pois você vive falando pra eu ter mais responsabilidade e deixar a vida de baladas.

Lui tentou apaziguar a situação dizendo: - Gente eles são maiores de idade eles sabem o que estão fazendo, e nos já tivemos nossa juventude e sabemos como é isso.

- Olha Lui eu ainda não estou convencido com este namoro, e você Anna o que acha? - perguntou dr. Assis.

- Dou o maior apoio - falou minha mãe me surpreendendo.

- Mas tinha que ser a Paula? - perguntou dr. Assis me deixando super constrangida.

Eu não ia deixar aquele velho caquético falar de mim sem rebater a altura, e além do mais todos meus amigos e meu irmão estavam me olhando esperando a resposta.

- Algum problema comigo dr. Assis? Por acaso eu estou com algum problema e não sirvo pro seu filho.

- Não é nada disso Paula. - ele teria que se redimir. - Eu vou dar uma chance a vocês mas não me decepcione. - falou meu sogro.

- Ta bem pai você não vai se arrepender pelo voto de confiança.

- Assim espero Rafael. - o velho puxou minha mãe e o Lui pra outra sala e eu fiquei com meus amigos na sala.

Todos estavam de cara por Rafael ter enfrentado o velho pra dizer que estava namorando com a caipira.

- Rafael eu pensei que você fosse voltar atrás quando o seu pai fez cara de poucos amigos. - debochou Caio.

- Eu pensei que ele fosse atirar Paula pela janela e depois passaria com uma retroescavadeira por cima dela e por fim serviria o sangue dela como recheio de panquecas no café da manhã. - falou Antonnella como sempre pessimista.

- Calma pessoas o pai do Rafa não é esse monstro. - disse Clara tentando apaziguar.

- Gente eu nunca voltaria atrás. - comentou Rafael. - Pretendo construir uma família ao lado dessa mulher.

- Espera aí Rafael e vamos com calma eu acho que família ainda é um pouco cedo demais pra mim. - gritei.

- Vamos filhos amanhã temos aula. - falou minha mãe saindo da sala com o Assis.

- Ainda é cedo mamãe. - disse Jho.

- Eu vou pegar o carro no estacionamento e espero que se despeça dos seus amigos e me encontrem na portaria. - ela saiu mandando um tchau pra todos da sala.

- Fui bye bye. - saímos antes que o dr. Assis aparecesse.

Fomos pra casa no carro da mamãe que apesar de ter bebido mais de cinco taças de vinho, estava mais sóbria que eu e o Jho. Quando chegamos ela foi terminar de ajeitar uns material de trabalho e eu fui pra cozinha fazer um lanchinho noturno com meu irmão.

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