Capítulo 29

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- Aiiiiiiiii. - gritei com aquele peso em cima do meu corpo. - Sai de mim elefante.

A fumaça ia abaixando e eu pude perceber que a tonelada em cima de mim, era ninguém mais e ninguém menos que o cúmplice do dr. Assis. O bandido não se contentou em apenas me esmagar, o abusado também começou a alisar o meu corpo.

- Sai de mim espírito de porco. - gritei empurrando de ele. - Essa coxa aqui é propriedade privada.

- Cala a boca deliciosa e vamos sair daqui. - o bandido falou enquanto a polícia estava perdida em meio a fumaça. - E caladinha.

- Nem a pau que eu saio daqui com você. - empurrei ele e tentei correr, mas o brutamonte puxava o meu cabelo. - Gabriel. - gritei.

- Paula aonde está você. - Gabriel gritou.

- O bandido está me. - não terminei de falar porque o brutamonte tapou a minha boca.

Quando eu ia saindo de refém do bandido, eu pude ver a silhueta malhada do Vitor. De primeira eu enfiei a unha no olho do bandido e pulei em cima do Vitor.

- Calma Paula o Gabriel está logo ali. - disse Vitor pensando que eu estava me insinuando pra ele.

- Não é nada disso Vitor. - me expliquei. - Tô fugindo do bandido. - eu não me toquei que ainda estava no colo do Vitor.

Pelas brechas da fumaça vimos o bandido fugindo pra dentro do galpão novamente, num pulo o Gabriel puxou o revólver de um dos policiais e deu um tiro na perna esquerda do bandido.

Incrível a forma com que ele atirou e foi tão certeiro que o bandido caiu morto. Segundo o Vitor, o tiro deve ter atingido alguma veia e o bandido morreu sem contar nada e pra piorar o dr. Assis fugiu.

Dia seguinte...

Já são sete da manhã, acabei de sair do galpão onde o bandido foi morto. Eu voltei sozinha pra cidade já que o Vitor levou o Gabriel pra prestar depoimento, estou tão cansada e ainda falta uns duzentos metros até chegar a minha casa. Então estacionei na rua do ateliê da minha mãe e fui até lá pra me descansar e me recompor.

Eu estava descabelada, com os saltos na mão e as roupas sujas. Entrei lá e não vi ninguém, depois de um tempo eu ouvi um barulho vindo do escritório dela.

- Aposto que a mamãe está criando alguma coisa no escritório e eu não vou lá atrapalha-lá. - pensei comigo mesmo.

Passei em frente ao espelho que ficava na parede do provador e vi que eu estava num estado pavoroso; meus olhos estavam fundos, cabelos desgrenhados e unhas quebradas. Eu preciso de um dia no salão de beleza. Segui os pequenos degraus em direção ao escritório e a minha mãe não estava lá, apenas o cofre da parede estava aberto e vazio. Me joguei na cadeira da minha mãe que é super confortável, comecei a olhar os esboços da nova coleção de roupas da grife dela e um em especial me chamou atenção, era um vestido de noiva super chique com calda, babados, véu e tudo que é necessário, e a modelo do desenho tinha o meu rosto.

Eu não penso em casar tão cedo e minha mãe já está até desenhando o vestido, a cadeira que estou é tão confortável que eu resolvo tirar um cochilo ali mesmo. Enquanto tento dormir uma brecha aberta da cortina deixa a luz do sol sobre os meus olhos, mesmo com a alma tomada de preguiça me levanto pra fechar a cortina. Da janela eu pude vê a minha mãe entrando num carro junto com o doutor Assis.

Eu pensei que ele tinha terminado com o Assis... A menos que!!!

Desci correndo pro estacionamento na velocidade da luz, por mais cansada que estivesse eu corri com todas as minhas forças eu tentei alcançar a minha mãe.

História de Amor e ÓdioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora