Capítulo 34

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A minha aflição era imensa ao ver aquela arma apontada na direção da minha cabeça e eu não tinha nenhuma reação, apenas tremia e sentia uma angústia enorme e aquele frio medonho. Rafael se levantou limpando o sangue que escorria do nariz, eu sentia medo que aqueles louco pudesse atirar em um de nós a qualquer momento.

- Abaixa esta arma cara, vamos conversar. - disse Rafael com muito medo e tremia muito.

- Abaixar... Por que?... Eu vou acabar com essa miserável, ela me fez se apaixonar por ela e depois me descartou como um lixo qualquer, me abandonou pra virar amante do ex. - Gabriel parecia um psicopata falando e falava de mim como se eu fosse uma vagabunda.

- Como você sabe que eu e Rafael saímos juntos? - perguntei assustada e com medo.

- Eu te seguir do desfile até aquela boate e vi você e o babaca do Rafael no maior amasso naquele bar.

- Gabriel por favor faça o que quiser comigo mas deixe a Paula em paz. - Rafael implorou.

- Nunca...Eu vou matar ela e depois você Rafael, quero que você sofra muito pra aprender a não tirar a mulher alheia.

Com essa confusão, lá se vai a minha noite caliente de amor.

Gabriel engatilhou a arma e atirou em minha direção, num passe de mágica Rafael se jogou na minha frente sendo atigindo na altura do peito e caiu ensanguentado.

- Rafael. - gritei desesperada e me jogando em cima dele naquela poça de sangue que sujava toda a portaria.

- Paula não me deixa morrer. - ele me segurava e tremia. - Eu quero vê os meus filhos crescerem.

- Rafael fica calmo e você não vai morrer (não agora). - eu olhei pro Gabriel e ele estava tentando atirar novamente.

Felizmente a arma falhou.

Os seguranças imobilizaram o Gabriel e em seguida ligaram pra polícia e pra SAMU. A ambulância não demorou a chegar e Rafael foi levado pro hospital já desacordado e eu continuava em estado de choque, o desgraçado do Gabriel foi levado pra delegacia numa viatura e eu fui com Rafael pra clínica.

Logo que chegamos na clínica o Rafael foi diretamente pra sala de cirurgia para retirar a bala, eu fui pra uma sala de medir a pressão arterial, depois que fui atendida eu fiquei na sala de espera sozinha e não quis avisar a ninguém. O tio Lui foi pro plantão depois do desfile e por sorte ele foi o cirurgião que atendeu o Rafael, eu esperei o resto da madrugada no maior desespero e apenas pela manhã eu descobri que a cirurgia tinha acabado mas o pior não tinha passado, uma queda de pressão deixou-o em coma.

Um mês depois...

Rafael continua em coma e todos os dias eu vou visitá-lo, mas hoje eu não poderei ir já que chegou o dia do julgamento de Gabriel, eu sou a testemunha principal já que Rafael estava impossibilitado, o meu advogado fez tudo pra apressar o julgamento. Eu não tenho mais vontade de fazer nada mas eu tenho muita gana em vê o Gabriel na cadeia.

Sair cedo de casa e cheguei no tribunal por volta das oito da manhã, o meu advogado é o Juliano e está me acompanhando. Eu tenho fé que o Gabriel vai ser condenado neste tribunal, até hoje não consegui esquecer aquela cena pavorosa do revólver atingindo o Rafael. O meu trauma foi imenso.

O julgamento começou e o juiz decidiu a pegar primeiro o meu testemunho.

- Dou bom dia ao tribunal e a senhora Paula Santinni pode começar a dar seu testemunho. - disse o juiz.

- Excelência... Eu conheci Gabriel perto do final do ano passado e até então ele parecia uma pessoa normal, ficamos amigos e ele até me ajudou financeiramente num problema de família mas especificamente o sequestro do meu irmão, logo depois desse acontecimento começamos a namorar e ele virou meu vice-presidente o meu braço direito na empresa, depois começaram as brigas e as discussões e até me agrediu algumas vezes.

História de Amor e ÓdioWhere stories live. Discover now