História de Amor e Ódio

Capítulo 7

São 14:11 minutos e já estamos na praia, a mamãe levou-me com o Jho e em seguida foi pra casa do namorado. Antonnella como sempre mal humorada e dessa vez estava sentada debaixo de um guarda sol de calça jeans e regata, lendo o livro Eu vou morrer mais eu não paro de beber, um título bem sugestivo por sinal.

Mas a frente Clara e Caio estavam aos beijos na areia com roupas de banho num fogo imenso e cenas pecaminosas passam por minha cabeça, eu achava que ela estivesse gostando do meu irmão mas eu estive enganada.

Mais um tempinho depois o Rafael chegou com uma prancha de surf.

- Oi linda. - ele me beijou.

- Oi Rafa como você demorou.

- Tive que almoçar com o meu pai é impressão minha ou a Clara e o Caio estão namorado?

- Eles estão a horas um em cima do outro na areia fazendo não sei o quê e devem ter areia em todos os lugares do corpo.

Enquanto eu e Rafael estávamos nos "divertindo" na cadeira de praia eu sinto algo gelado caindo na minha cabeça e caiu nos meus olhos e ardeu pra caramba.

- Você está louca. - ouvi Rafael gritar com alguém.

Quando meus olhos param de arder eu consigo ver Antonnella enchendo a cara da Shirley Valéria de tapas, parece que a nojenta me molhou com cerveja e Antonnella resolveu intervir.

- Sua cadela não se mete com a minha amiga. - gritava Antonnella sem parar de agredi-la.

- Eu vou te matar Antonnella. - disse Shirley.

- Eu te mato primeiro. - elas se engalfinhava.

Um surfistas afrodescendentes chegou e pegou a Antonnella nos braços separando a briga e ela ao ver aqueles músculos parou de brigar.

- Shirley você bebeu água de privada? - questionou Rafael. - Tá louca?

- Eu não vou tolerar você se pegando com essa morta de fome em todos os lugares em que eu for.

- Vai pro inferno garota. - tentei ir pra cima dela mas Rafael e Caio me impediu.

- Olha aquilo. - disse Shirley apontando pra praia que estava atrás de nós.

- Eu não vou cair nesse golpe. - falei.

- Olha lá. - disse Shirley.

Por desencargo de consciência eu resolvo olhar vejo uma cena pavorosa, a Clara estava se afogando.

Ficamos em pânico ela tentava sair da água mas parece que algo a prendia e nos gritamos desesperados. Pouco tempo atrás ela estava quase dentro da alma do Caio e agora afogada na água.

- Salva vidas!!! Socorro. - gritei.

Não demorou muito e dois salva vidas invejávelmente malhados apareceram correndo em direção a praia e a retiraram ela da água, ela estava desacordada e parecia estar morta. O Caio apoiou a mão na barriga dela e fez uma massagem cardíaca mas não obteve sucesso, ele encheu os pulmões de ar e fez uma respiração boca a boca. Ela jogou água pra fora e acordou mas em seguida desmaiou novamente.

Ligamos pra ambulância de atendimento de urgência que demorou uns quinze minutos pra chegar, os paramédicos a equiparam da forma necessária e a colocou na ambulância, e eu e o Caio fomos para o hospital na ambulância com ele. Eu ultimamente eu não saia de lá do hospital, e sobrou pra mim a missão de ligar pro tio Lui pra contar o que aconteceu com a filha dele.

- Alô!!! Tio Lui.

- Oi Paula como está você minha sobrinha?

- Comigo está tudo bem mas eu tenho uma notícia meio chata pra te dá. - falei.