Capítulo XX

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E AÊ, BRAZEEEEL!?!? Ok, não me matem! Primeiro de tudo, feliz ano novo (mega atrasado)!! Muita coisa aconteceu desde a última vez em que eu estive aqui, mas eu estou de volta e com todo gás!!! Amanhã posto outro cap (maior que o de hoje).

P.S: eu tô com muitas ideias na cabeça, mas ainda preciso organizá-las, no entanto, eu necessito que vocês me digam o que estão achando da fic. A opinão de vocês é MUITO importante. Qualquer coisa, estou no twitter (@heycincoaga).

BOA LEITURA, BRAZEL!!

***

POV Lauren.

Sinceridade. Por que ela ainda nos choca tanto? Digo, a sinceridade não é como uma anestesia, ela não falsifica impressões, não encena relações humanas, não estimula reticências. Ela é tão superior, que emudece até as vozes mais potentes. Quer deixar alguém perplexo hoje? Fale a verdade. Aja com sinceridade. Chegamos num ponto de escassez de sinceridade que ninguém mais acredita no que os outros dizem, apenas tentam ler as entrelinhas, que é onde — talvez — escape algo verdadeiro. Que mundo é esse? Aliás, não responde! Pode ser que você diga a verdade, e eu não acredite.

Abri os olhos lentamente, sentindo o meu corpo cansado e tentando analisar o lugar onde eu estava. Demorei algum tempo para assimilar que eu não tinha sido atropelada e que eu estava na casa de Kimberly. Camila estava sentada na cama, encarando-me. Notei o balão de oxigênio ao lado da cama e coloquei a mão no meu nariz, certificando que tinha uma cânula lá. Olhei de volta para Camila. Ela não estava radiando aquela energia costumeira que aumentava ainda mais a sua beleza natural, como da última vez que a vi. Hoje, os olhos dela estavam inchados e cansados.

​— Oi, Camz.

​— Oi, Lo — ela tentou se alegrar um pouquinho — Como está se sentindo?

​— Meio cansada, mas bem.

​— Isso é bom.

​— Está tudo bem? — perguntei.

​Ela se arqueou ligeiramente, derrotada, deixando que a fadiga transparecesse em sua expressão mais uma vez.

​— Os seus tumores se espalharam do útero e dos pulmões para o esôfago, para o tecido epitelial e, agora, para os rins — ela segurou uma de minhas mãos — Nós sabemos que há um jeito, Laur.

​— Sim, mas envolve a Charlotte.

​— É só enquanto ganhamos tempo para Conno descobrir a cura. Precisamos convencer Brianna de que não queremos nada além do tratamento.

​— Precisamos?

​— Megan me convidou para ser diretora interina do programa.

​— Como? — meus olhos arregalaram e eu senti uma pontada na minha cabeça — Você é a nova "Thomas"?

​— Temporariamente, e não fui eu que pedi. Laur, as células-tronco tiveram efeitos limitados. A doença está se espalhando rapidamente. Ainda que identifiquemos a causa genética...

​— A terapia levará meses para ficar pronta. — completei.

​— Sim, a sua imunidade precisa aumentar e, para isso, precisamos da medula óssea da Charlotte.

​Vejo meu notebook apitar sobre a cômoda e encaro-o. Camila entende e levanta para pegá-lo. Brianna e Kimberly estavam me chamando para uma conferência.

​— Podemos conversar depois?

​Camila assente positivamente e sai do quarto.

​— Oi, nerd! — ouço a voz de Brianna assim que aceito a chamada.

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