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A tal Slumville Sunrise é basicamente um conjunto de ruas estreitas e sem nomes, um bairro desconhecido da cidade, sem identificação certa e com prédios antigos que claramente precisam de reformas, já nem mesmo uma simples pintura resolveria o estado em que as construções se encontram. Prédios razoavelmente baixos com no máximo cinco andares, suas portas eram feitas de ferro e haviam seguranças informais em cada uma delas, pessoas com visuais aleatórios entravam e saiam, algumas com sacolas nas mãos, instrumentos e muitos, muitos cigarros. 

Foi tudo o que consegui ver do lugar onde estávamos, já que Luke não entrou nas ruas com a caminhonete, apenas estacionou ao redor de outros carros velhos também ali parados e desceu do carro, indo até a parte de trás do mesmo e pegando nossas malas. Eu continuei dentro do carro enquanto o via pegar todas as coisas, sem entender por que de nãos entrarmos com o carro pelo lugar, mesmo com as ruas sendo estreitas ainda era possível passar com o carro. 

Desci da caminhonete e estiquei o meu corpo, espreguiçando-me das horas de viagem e sentindo o sol de São Francisco na minha pele, que estava bom e não tão quente, devido à época do ano. O vento estava gelado e minha pele se arrepiou mesmo com a jaqueta cobrindo a minha pele, cruzei os meus braços e passei minhas mãos pelos mesmos, pensando em pegar um moletom e uma calça que aquecesse melhor do que o jeans largo que eu usava. 

"Luke?" Eu o chamei de longe, vendo-o colocar sua mochila nas costas junto ao seu violão fechado dentro do case. Ele me encarou e sorriu, agora usando óculos escuros e um sobretudo preto. 

"Garota da Morte." Ele correspondeu, sorrindo de leve. 

"Por que paramos aqui? Não é mais fácil entrar com a caminhonete e descarregar o carro assim que chegássemos onde você conhece?" Questionei, pegando a minha mala ao lado dele e a minha mochila, colocando a mesma nas costas depois de me ajeitar em um casaco mais grosso que o próprio Luke havia pegado, como se estivesse a ler os meus pensamentos anteriores. 

"Faith, você precisa saber que esse lugar de mil e um nomes tem algumas regras específicas que, apesar de tudo, raramente são quebradas. Uma delas é que carros ou qualquer tipo de veículos poluentes são totalmente proibidos nas ruas da recente Slumville Sunrise." Explicou ele, colocando as mãos na minha cintura e me puxando para si. 

"Oh, entendi. E quais sãos as outras regras que quase nunca podem ser quebradas?" Perguntei, acariciando o rosto dele enquanto ele fazia o mesmo nas minhas costas. Nossos narizes se tocaram e logo o loiro levou seus lábios até o meu pescoço, onde depositou beijos longos e morados, seguindo de alguns chupões que com certeza deixariam marcas depois de algum tempo. 

"Bem, é um direito e um dever de todos de Slumville Sunrise que escutem suas músicas preferidas todos os dias e que compartilhem seus livros com os outros; é proibido negar camisinhas, cigarros e beijos." 

"Espera, então eu não posso negar uma camisinha e um cigarro se alguém pedir, mesmo que não tenha nada disso?" Questionei, interrompendo a fala de Luke. "Eu preciso beijar qualquer pessoa que pedir?" Perguntei ainda perplexa, sem acreditar que ele estava realmente falando sério. Aquelas regras não faziam sentido algum. 

"Você não me deixou terminar, Garota da Morte." Disse ele, limpando a garganta para continuar a falar. "Só é permitindo ficar em um único albergue para dormir, mas é permitido aproveitar as festas, a comida ou qualquer outra coisa de qualquer outro albergue, tendo que voltar para o qual se está hospedado para dormir. E à respeito dos cigarros e das camisinhas, o gerente de cada albergue precisa dar um maço de cigarros e uma embalagem de camisinha todos os dias, como uma cortesia diária. E sobre os beijos, eu quis dizer que você não pode negá-los para mim." 

Dito isso ele voltou a colar os lábios nos meus, colocando suas mãos em meu pescoço e me deixando sem ar ao dominar a minha boca com sua língua, eu desfrutava de toda a sua paixão e desejo passando minhas mãos pelas costas dele, deixando que Luke me puxasse para cima e entrelaçasse minhas pernas ao redor da cintura dele, levando suas mãos para a minha cintura e deixando nossos corpos colados um com o outro. O loiro mordeu o meu lábio e puxou o mesmo com o dente, um pequeno gemido escapou dos meus lábios em meio a tudo e deixou Luke mais empolgado com o momento, o que fez com que me encostasse na caminhonete para desfrutar da meu pescoço, agora com um pouco de dificuldade por conta do casaco que estava sobre o meu corpo, que havia se tornado desnecessário se comparado ao calor que eu sentia no momento.

"Cheguei em mal momento?" Uma voz soou atrás de nós, o que fez que o beijo se interrompesse e que eu tirasse as minhas pernas da cintura de Luke, voltando para o chão e ajeitando-me corretamente, visto que eu estava toda suada e com a boca inchada. 

Uma garota alta e loira estava logo atrás de nós, e parecia incomodada e um pouco envergonhada com a situação em que nos encontrou. Ela tinha longos cabelos loiros que passavam de seus ombros e quase alcançavam sua cintura, usava um vestido verde de mangas compridas e botas marrons de cano baixo, um visual exótico porém bonito se comparado com ela em geral, olhos claros e um sorriso cativante em seu rosto. Assim que Luke virou e encarou a garota ele sorriu, como se já a conhecesse anteriormente. 

"Bryana, é muito bom." Divagou o nome da garota com alegria, e quando eu pensei que ele se afastaria de mim para cumprimenta-la o loiro apenas se colocou ao meu lado, passando o braço ao redor dos meus ombros e permitindo que eu o abraçasse pela cintura. "Essa é a Faith, a pessoa especial que eu disse que traria." Nos apresentou, e eu apenas abri um sorriso para Bryana, para corresponder com o que ela me lançava. "Faith, essa é a Bryana, gerente do albergue que eu reservei para nós." 

"Muito prazer, Bryana." 

"Poderia jurar que você iria trazer Michael, e não uma garota." Ela riu e fez Luke soltar uma gargalhada, apesar de ter me deixado um pouco sem graça. "Bem, é um prazer Faith. Bem vinda às Terras Ruins." 

"Terras Ruins? Não era Slumville Sunrise?" Luke perguntou confuso. 

"Acabamos de mudar." Bryana respondeu, ainda alegre e a nos encarar. "Bem, eu reservei um quarto no albergue com duas camas de solteiro, mas posso mudar para uma de casal. Acho que poderia ser considerado uma especie de pecado se um casal como vocês dormisse em camas separadas." 

"Não somos um casal." Somos? Por sorte, eu falei tão baixo que Bryana não pode escutar já que a mesma havia se virado e entrado nas Terras Ruins, mas infelizmente Luke havia escutado. Ele me encarou por alguns segundos e me deu um beijo rápido nos lábios, lançando um olhar para Bryana e em seguida uma piscadela na minha direção. 

"Não é preocupe com a Bryana ou com as pessoas falando sobre nós. Elas só vão nos elogiar como casal, isso eu posso te garantir. Também fique tranquila com o albergue e com o quarto em que vamos ficar, eu não vou me importar de dormir em uma cama com você." Ele sussurrou no meu ouvido, como se - mais uma vez - soubesse o que estava a pensar e, como sempre, sabendo a coisa certa a dizer. 

Pegamos nossas malas e fomos seguindo a garota de cabelos loiros por dentro das Terras Ruins, o lugar onde eu certamente voltaria a sorrir por livre e espontânea vontade.


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Terras Ruins >>>>>>>>> Bad Lands, em ingles fica bem melhor maaas enfim, coloquei em português mesmo :P

espero que estejam gostando, MUITO OBRIGADA POR 2K DE VOTOS, SIGNIFICA MUITO MESMO!

não esqueçam de mandar perguntas para o #AskMari e conferir as respostas no livro que já está no meu perfil ;)


ily all - Mari xx




If I Die Young + lrhWhere stories live. Discover now