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[n/a; lá vem eu de novo com uma fic nova, maaas dessa vez ela é Muke :) é a Universe, e já está disponível na minha outra conta , boa leitura xx] 

Os olhos de Luke pularam de seu rosto ao ouvir a palavra 'cemitério' sair da minha boca. Ele passou as mãos de forma nervosa pelos cabelos loiros e soltou um ar pesado, como se estivesse pensando em aceitar ou não a minha proposta. Eu estava inicialmente confiante que ele aceitaria, mas depois de ver sua reação, passei a ficar insegura em relação ao meu pedido.

Sem Luke eu não seria capaz de ir ao cemitério. Não por medo ou qualquer coisa do tipo, apenas por angústia de me sentir sozinha quando estiver sobre os túmulos da minha família. Tenho evitado aquele lugar nos últimos meses, depois de ter desmaiado de tanto chorar em cima da sepultura de Finn. Acordei no hospital algumas horas depois, e descobri que fui levada até lá por um velho funcionário do cemitério, e talvez com Luke ao meu lado tudo se torne mais fácil, ou simplesmente eu fique segura de que será o loiro que me levará para o hospital, e não apenas um funcionário qualquer.

Encarei Luke por um segundo e percebi que ele ainda estava pensativo, mordendo o piercing de argola em seu lábio inferior enquanto olhava para o vazio, e as expressões dele começaram a me preocupar. Quando me dei conta, ainda estávamos parados na porta do quarto de Finn, que fica ao lado do meu quarto, com as coisas do porão ainda em nossas mãos, prontas para serem colocadas no meu quarto.

Andei sem dizer palavra alguma até a porta do meu quarto, abrindo a mesma e percebendo os passos de Luke logo atrás de mim. Ambos depositamos as pesadas coisas do porão em cima da minha cama, deixando que alguns CD's caíssem da caixa, tal como alguns livros e discos de vinil. Voltei a me focar em Luke, que agora admirava o meu quarto, mesmo já tendo estado aqui antes.

"Luke?" Eu chamei a atenção do garoto, e logo seus olhos azuis encontraram com os meus.

"Garota da morte." Ele correspondeu, cruzando os braços e esperando que eu continuasse a falar.

"Você vai comigo ao cemitério, não é?" Questionei, colocando as mãos timidamente por trás das costas depois de ter feito a pergunta que não saía da minha mente.

"Faith... Um cemitério? Você realmente precisa ir em um lugar como esse? Soa macabro demais, não concorda?" Questionou de volta, e eu já tinha as respostas perfeitas elaboradas na minha mente, como se já soubesse que ele me faria aquele tipo de pergunta.

"Cemitérios podem ser lugares macabros, mas nem por isso deixam de ser importantes." Comecei, umedecendo os lábios e limpando a garganta antes de continuar a falar. "As pessoas que sempre me apoiaram e estiveram presentes na minha vida estão enterradas lá, e antes de partir da cidade eu preciso visitá-los, só para não me sentir totalmente culpada depois que sairmos." Expliquei brevemente, dando os ombros e vendo o loiro assentir a minha frente,

"Tudo bem, afinal eu prometi que iria em qualquer lugar com você." Bufou, voltando a passar as mãos pelos cabelos loiros. "Mas eu vou precisar entrar com você?"

"Com certeza. Eu só estou te levando para lá pelo simples fato de que não quero me sentir sozinha. Eu não vou visitar o cemitério há seis meses por medo de estar sozinha, e agora com você aqui eu não posso desperdiçar essa chance." Divaguei, e minhas palavras pareceram ter convencido o rapaz, que mudou suas expressões e voltou a sorrir.

"Certo, eu vou com você. Iria em qualquer lugar para evitar que suas lágrimas escorram em qualquer lugar. O meu ombro sempre estará à disposição quando você quiser chorar."

Não deixei de sorrir com as palavras dele, logo indicando que saíssemos do quarto, tendo o garoto de olhos azuis a me seguir pelo corredor silencioso da minha casa, vendo que ele percebeu o meu olhar triste para o quarto de Finn, o mesmo olhar que lancei para o quarto dos meus pais. Senti o loiro se aproximar da minha pessoa, colocando o braço ao redor os meus ombros e puxando-me mais para si, de forma que me fizesse sentir mais segura e mais consolada enquanto passávamos pelo corredor, até por fim chegarmos na escada.

Rapidamente descemos as escadas e andamos até a cozinha, somente para que eu pegasse as chaves do meu carro, em seguida indo até a garagem. Luke se manteve ao meu lado a todo segundo, sentando no banco do passageiro da velha caminhonete dos meus pais. Ele se inclinou para frente com o objetivo de analisar os CDs, pegando alguns com cuidado e me olhando, como se pedisse para colocar um dos CDs para tocar.

"Fique à vontade, Luke." Disse eu, deixando que ele colocasse a música que quisesse, já que todas ali me agradavam por imenso.

Ele optou por colocar um dos CDs que Finn gravou para mim, As Melhores de The Fray, como dizia na capa do CD, que se tornou um dos meus preferidos, depois de ter escutado tantas vezes, principalmente após a morte do meu irmão. As músicas suaves começaram a soar pelos velhos auto-falantes do carro, e não deixei de esboçar um sorriso com a escolha de Luke.

Alguns minutos depois já nos encontrávamos a estacionar no cemitério, e senti Luke gelar ao meu lado quando nos preparávamos para sair do carro. Ele hesitou um pouco antes de descer, vendo que estava começando a escurecer e que o lugar estava praticamente vazio, principalmente na área onde os túmulos estavam.

Fomos andando em silêncio até as sepulturas, Luke estava ao meu lado e com certeza não iria sair de lá tão cedo. O vento frio começara a nos atingir, eu me encolhi ao lado do loiro e foi necessário o apoio do mesmo para que não desabasse assim que chegamos aos túmulos da família Devon. Os dos meus pais estão lado a lado, tendo o de Finn colocado um pouco mais distante, ao lado de um amigo dele que morreu míseros seis meses antes, em uma briga de bar.

Como de costume, eu corri até a sepultura do meu irmão mais velho, caindo de joelhos sobre a grama única e passando as mãos pela lápide, que tinha as palavras perfeitas talhadas no mármore, à pedido da minha pessoa; "Finn Hudson Devon - 'O melhor dos irmãos, partiu da vida antes que tivesse a chance de vivê-la.' "

Quando me dei conta, eu estava chorando, deitada em cima do túmulo do meu irmão, com as mãos de Luke a acariciar as minhas costas, tentando fazer o possível para me manter consolada. Eu o encarei depois de fazer o mesmo com o túmulo dos meus pais, os quais eu não tinha coragem de chegar perto. Eles estavam juntos, a forma como eu mais os odiava. Se ao menos tivessem sido enterrados separados, talvez pudessem descansar em paz.

Voltei a chorar como de costume, pulando nos braços de Luke e sendo recebida em seus braços, chorando contra o peito dele e tentando usar o seu consolo como uma forma de consolar a mim mesma. E para que isso acontecesse, eu teria que abrir mão de certas coisas, para que tentasse parar de chorar por um tempo.

"Luke, pode fazer um favor?" Pedi sussurrando, ainda dentro de seus braços. "Me leve para longe daqui, dessa cidade. Amanhã, logo cedo. Por favor, eu não posso aguentar esse lugar por mais tempo." Implorei.

"Tudo o que você quiser, garota da morte."

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vamos rezar por mais garotos desses no mundo, amém. well, espero que estejam gostando, eu estou tão mal nos últimos dias que só quero escrever em particular, ler e ouvir Invisible. hoje comprei o SGFG e o MITAM, acho que minha mãe percebeu a minha tristeza e me encheu de presentes sdksdlskjsdja

leiam Universe, na segunda conta :))

ily all - Mari xx



If I Die Young + lrhOnde as histórias ganham vida. Descobre agora