2.5

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Minerva McGonagall.

Minerva se assustou ao ver Filedon entrar por sua janela assim que Harry Potter saíra de sua sala. A coruja carregava alguma coisa no bico. Correu até ela e pegou o berrante de seu bico, fazendo carinho nas penas castanhas da coruja tão amada.

Abriu o berrante, que transformou-se em uma boca e começou a gritar.

Minerva, desculpe a demora para responder. Tinha assuntos a resolver. Porém, recebi sua carta, e fiquei abismado. Beatrice não estava no local aonde o rastreador indicara? Não há feitiços que retardam o rastreador. Ele não pode ter errado. Infelizmente, o aniversário de 17 anos de Beatrice está muito próximo. Se não a encontrarmos agora, será tarde demais. P.S: Soube o que aconteceu nos corredores, e soube que Pansy Parkinson foi encontrada morta. Soube que havia um bilhete. Poderia me explicar melhor? Filius Falinni.

Minerva ouviu tudo com atenção, e quando o berrador se desfez, correu a mão dentro da gaveta e escreveu em um berrador novo:

Sim, Filius. Pansy Parkinson foi encontrada morta. Um bilhete sobre seu corpo, e sua garganta ensanguentada. O bilhete dizia "Retornei. Me aguardem. Assinado... Beatrice" Infelizmente, Beatrice está voltando. E está matando. Temos que por um fim nisso, Ministro. Meus alunos não podem mais correr esse risco! Não podem correr risco algum, para falar a verdade! Sinceramente, Minerva McGonagall

Enviou por Filedon o berrador, que saiu voando. Ela bufou, e passou a mão na cabeça. Uma dor infernal se apoderara ali. Deixou escorrer uma lágrima. Uma aluna morta! Quem diria que tudo começaria de novo?

Estava abismada, assim como Filius. Uma coisa assombrava seus pensamentos: Será que Harry estava certo? Realmente haveria uma nova Horcrux? Era tão impossível! E como a Horcrux se faria? Tinha que matar alguém. Por mais irônico que isso parecesse, era verdade; uma Horcrux não se fazia apenas com um estralo de dedo... nem com um passe de Mágica.

Era uma coisa muito complicada! Esse pensamento acalmou os batimentos cardíacos de Minerva. Consolou-se dizendo que não era verdade. E depois de um tempo, chegou à conclusão que simplesmente não era possível!

Sentou-se na cadeira grande com uma dor de cabeça das grandes. Chorou em silêncio. Estava farta daquilo! Farta de Voldemort, farta de comensais da morte, farta dos alunos da Sonserina! Estava farta de ser bruxa! Estava farta de estar ao comando de tudo! Estava, simplesmente, farta de viver. Seus 147 anos estavam mais do que suficientes. Porém, naquela hora, não poderia abandonar Harry. Não poderia abandonar os alunos. E, principalmente, não poderia abandonar Hogwarts.

Chegou à conclusão que só saberia por certo o que estava acontecendo se ouvisse com seus próprios ouvidos. Então, teria que espionar a Sonserina. Uma sombra de culpa a encheu. Não. Não poderia espiá-los, ia contra os seus princípios. E, pior, estaria muito evidente.

— Tenho que arrumar um espião! — ela disse à si mesma, em voz alta. — Mas quem? — parou e pensou. — Harry Potter, óbvio!

— Ia ficar muito na cara.

Minerva olhou para a porta do gabinete, e viu Micaela ali. Não a havia chamado. O que fazia ali? E por que não batera na porta?

— Srta. Satyro. Que surpresa. O que faz aqui?

— Desculpa, professora McGonagall, mas estava passando por aqui e não pude não notar sua conversa com Harry Potter e consigo mesma.

— O que está insinuando?

— Nada. Apenas estou dizendo que se colocasse Harry para espiar os Sonserinos ia ficar muito na cara.

— Por que ficaria? E no que isso lhe diz respeito, srta. Satyro?

— Desculpe. Estou dando uma de intrusa. Apenas quis opinar. Achei que relevaria isso — ela disse, dando as costas à Minerva, e deixando a sala.

— Micaela?! — Minerva chamou-a, e ela voltou rapidamente, com um sorriso arrogante no rosto. — Desculpa ter sido rude com você. Pode opinar.

— Obrigada. Como Harry é sempre o envolvido em tudo, acho que deveria colocar alguém muito impossível como espião na Sonserina.

— Ah é? E quem seria essa pessoa? Você?

Micaela perdeu o sorriso.

— Não. Tchau, tenho que ir.

— Srta. Satyro, volte aqui!

Ela deu meia volta, e olhou preocupada para a professora.

— Sim?

— Por favor, faça isso por mim! — Minerva lamentava-se parecer tão desesperada, mas era a única maneira de não se envolver nisso.

Micaela já sabia o que estava por vir, ou pelo menos aparentava já saber, e estava evidentemente arrependida por opinar. Mas Minerva concordava com ela. Se alguém estava envolvido em todos os planos, esse alguém era Harry Potter, e com ele as coisas ficariam muito óbvias.

— Desculpa, professora, mas acho que a senhora me entendeu mal. Quando disse que Harry seria a escolha óbvia, não quis dizer que eu era a melhor!

— Eu sei, srta. Satyro. Mas olhe por outro lado, você é uma ótima opção.

— Não sou não. — disse — Desculpe, professora, mas não quero me meter em algo assim. E acho que nem a senhora quer. Você realmente mandaria uma aluna de espiã na Sonserina?

Minerva refletiu.

— Micaela, não seria de um jeito perigoso.

— Ah é? E como seria? — seu tom era acusatório.

— Na verdade — explicou-se Minerva — Você teria que se aproximar do criador dessa palhaçada. Você sabe quem é, Micaela?

— Sei — ela disse. Parou um pouco, e depois olhou nos olhos de Minerva. — Draco Malfoy.

— Ótimo. Então, você se aproximaria dele.

— Nunca.

— Ouça-me. — pediu. — E tentaria ficar íntima dele, para conhecer tudo o que faz, o que fará e infringir em seus planos.

— Isso soa ridículo.

Minerva já teria estourado com a petulância e falta de respeito de Micaela, porém se não fosse por ela, Minerva não encontraria mais alguém para colocar seus planos em ação.

— Por favor. Me escute — ela pediu, mais uma vez.

Micaela fechou os olhos, depois os abriu e olhou direntamente para Minerva.

— Ok. Mas não quero entrar em confusões por causa disso.

— ÓTIMO — Minerva gritou, fazendo com que Micaela estranhasse. Hesitou e, por fim, concluiu: — Tente tirar todas as informações possíveis de Draco. E me conte.

— Tá. — ela disse, e depois virou-se.

Saiu da sala, deixando Minerva sozinha na sala, com o coração palpitante, e esperando por Filedon.

𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐋𝐈𝐅𝐄,  draco malfoy.Where stories live. Discover now