2.4

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Micaela Satyro.

Depois do banquete silencioso e estranho, segui Harry Potter. Claro, ele não podia saber. Mas eu sabia o que ele queria. Já era noite e não era seguro vagar pela escola, mas eu precisava saber aquilo.

Harry dobrou, e eu fui junto, com passos leves e desejando mesmo estar com a capa de invisibilidade. Porém, de quem aquela joça era? Não minha. Na verdade, parei um pouco para analisar os fatos. Eu não tinha nada demais, porque não era especial. Trágico.

Enfim... continuei seguindo-o, até que chegou ao gabinete de Minerva McGonagall, passando pela gárgula e fechando a porta atrás de si. Ótimo. Tive que espremer meu ouvido contra a porta para ouvir o que diziam, e de uma forma bem abafada.

— Sr. Potter. Não me surpreendo em vê-lo aqui.

— Eu sei, professora. Mas eu tenho que perguntar-lhe.

— Não sei se é necessário, sr. Potter. Ninguém estava sabendo.

— Eu sei, mas... Eu preciso saber.

— Por quê?

— Eu acho que isso tem a ver com algo que os Sonserinos estão programando.

A frase de Harry foi entrecortada por uma risadinha.

— Ó, sr. Potter. Não me surpreendo que ache isso. Porém, nós dois sabemos que está tudo terminado.

— E se não estiver?

— Como não estaria?

— E se tiver mais uma Horcrux?

Outra risada.

— Não há, sr. Potter. Estamos bem informados de que só havia sete Horcrux. Destruímos todas.

— Eu destruí. Com meus amigos. — ele a corrigiu.

— Exatamente.

— Professora! Mas eu sei que há mais uma.

— Como isso seria possível?

— Micaela.

Meu sangue gelou.

— Micaela? A nova aluna? Micaela Satyro?

— Exatamente, professora.

— O que ela tem a ver com isso, Harry Potter?

— Ela ouviu Pansy Parkinson conversando com Draco Malfoy e com a nova aluna, Laysa Siqueira.

— E o que exatamente eles falavam? — Pude perceber a sua voz ficar preocupada.

— Há uma Horcrux. Mais uma.

— Ora, ora, Potter, isso é impossível!

— Não é! Não sabemos como aconteceu, nem o que é, mas temos certeza de que tem uma nova Horcrux!

— E era isso que queria me perguntar? Se ela realmente existe?

Uma pausa breve foi feita, acompanhada por uma pequena tosse.

— Não exatamente.

— Então, por favor, sr. Potter, mude de assunto e me conte o que queria contar.

— Na verdade, professora McGonagall, eu queria perguntar como Pansy Parkinson foi encontrada.

Era isso o que eu queria saber. Como ela fora encontrada.

— Claro, claro. — Minerva respondeu, depois de alguns segundos. — Não me surpreende que queira saber isso, sr. Potter.

— Então me responda!

Alguém bufou. Provavelmente Minerva.

— A garganta cortada e um bilhete em cima dela. — surpreendi-me e virei para trás quando vi que a resposta não viera de McGonagall e sim de alguém atrás de mim.

E, como sempre fora, irritantemente, dei-me de cara com ninguém menos do que Draco Malfoy.

— Malfoy. Poderia dizer que é bom encontrá-lo, mas estaria mentindo. E, você sabe, mentir é feio — disse, sarcástica.

— Digo o mesmo. Mas não pude não notar que estava tentando ouvir uma conversa particular.

Shhhh! — pedi.

— Talvez eu grite para o mundo.

— Por que você faria isso, seu insolente?

— Como ousa falar assim comigo, sua sujeitinha de sangue-ruim?

Levantei-me e corri até ele, esbofeteando seu rosto. Ele me olhou nervoso, com os olhos brilhando.

— Só para você saber, sua vergonha, o bilhete que vinha junto com o corpo de Pansy dizia "Retornei. Me aguardem. Assinado... Beatrice".

𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐋𝐈𝐅𝐄,  draco malfoy.Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon