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Micaela Satyro.

Cheguei avoada à sala de Miverva, e vi que Laysa já estava lá. Ela me olhou e sorriu. Eu sorri de volta. Então, cautelosamente, andei até a cadeira ao lado da de Laysa e me sentei lá. Minerva, porém, estava com o rosto preocupado. Será que a gente tinha aprontado algo e nem sabíamos?

— Olá — eu disse, depois de alguns segundos.

— Olá, srta. Satyro. — ela respondeu.

— Então... — eu insisti, pois estava curiosa para saber o tinha acontecido.

— Vocês nasceram trouxas — disse Minerva.

— Sim — Laysa concordou.

— Então... sabem sobre Harry Potter.

A gente se entreolhou.

— Professora, não precisamos ser trouxas para saber disso.

Ela bufou.

— Não sobre este Harry Potter. Não este que vocês encontram pelos corredores de nossa escola.

— Então... qual? — Laysa pediu.

Ela nos olhou nos olhos.

— Sobre os livros Harry Potter.

Eu e Laysa esboçamos um sorriso. Mas só esboçamos, porque logo Minerva fez uma careta de preocupação.

— Sim. Nós até os lemos — disse Laysa, parecendo orgulhosa.

— É! Esse é o problema, meninas.

— Mas como isso pode ser um problema? — perguntei.

— Os livros são ilegais!

Laysa riu. Bom, eu também, tá? NÃO ME JULGUE.

— Como assim ilegais? São os livros mais legais que eu já li! — disse Laysa, rindo.

Minerva logo jogou-lhe um olhar de "Cala a boca", e logo ela parou de rir. Eu me ajeitei na cadeira.

— Laysa, não no sentido de eles não serem legais! — disse.

— Ah — ela disse, baixando o olhar. 

Minerva encarou a gente de novo.

— Quem os escreveu, na verdade, meninas, não é uma mera trouxa. Joanne Rowling, revoltada por estar cercada por sete irmãos bruxos e ser a única abortada, escreveu as histórias, mesmo sem a autorização do Ministério, visando expor o mundo bruxo aos trouxas. Porém, o livro logo virou best-seller, e depois filme. Quem diria que os trouxas seriam tão tolos de não acreditarem nos livros.

— Quem seria tolo em acreditar, né? — eu murmurei. Ainda bem que ninguém ouvira.

Minerva continuou.

— Enfim, colocou seu nome como J.K Rowling, para que não fosse ela mesma exposta aos trouxas. O Ministério, porém, disse que apenas os bruxos com mais de 150 anos poderiam saber sobre as histórias. Os mais novos não.

— Por quê?

— Porque os livros são proibidos! Como lidariam se descobrissem que há um livro sobre a vida inteirinha de vocês? 

— Ia pirar — disse Laysa. Mas eu sabia que seria de felicidade. Afinal, é o sonho de qualquer pessoa ter a vida famosa, né?

— Isso mesmo, srta. Siqueira. E eu imploro a vocês que não contem aos seus colegas sobre os livros.

— Claro — dissemos.

— Vocês não contaram ainda certo?

Então, minhas intuições estavam certas. Eles não sabiam e não deveriam saber. Quem diria; um livro ilícito. Parecia tão bom, divertido!

— Obrigada — disse Minerva. — Ah, mais uma coisa, meninas!

Olhamos para ela, antes de sairmos pela porta.

— Vocês não têm idade para ir para o primeiro ano. Pulando assim, até o nível de vocês. O sétimo.

Assentimos.

— E, garotas, por favor, cuidado.

— Com o quê? — perguntou Laysa.

— Com tudo. Tudo nesse castelo se tornou perigoso.

𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐌𝐄 𝐓𝐎 𝐋𝐈𝐅𝐄,  draco malfoy.Where stories live. Discover now