Capítulo 5 - Part. 2

3.9K 224 7
                                    

- Luan -

E agora? O que eu falo para minha mãe? Ah mãe, essa aqui é a menina que eu sequestrei e deixei trancada lá barraco - meu subconsciente pensa.

Ela já percebeu a minha demora para responder e está me olhando com um sorrisinho irônico no rosto, ahhhh.

Rafaela - Amigaaaaa, você chegou - Rafaela diz. Lembra-me de agradecer a ela depois.

Lívia - Oi? - minha dama diz com um ponto de interrogação enorme no rosto.

Luana - Da onde vocês se conhecem? E porque ela chegou com com seu irmão?

Por que as mães têm que desconfiar de tudo? Pelo amor.

Rafaela - A gente estuda na mesma escola mãe e eles devem ter se encontrado por ai - diz dando de ombros.

Rafaela - Ah mãe linda , mas uma coisinha.

Luana - O que você quer dessa vez?

Rafaela - Será que a.... minha amiga poderia ficar uns dias aqui em casa?

Depois de mil e uma desculpas para tentar convencê minha mãe, ela aceita, mesmo com desconfiança.

(...)

Voltei pra boca para resolver uns assuntos do carregamento de armas e drogas que está chegando e isso tem que ser calculado certinho para que nada dê errado.

Volto para casa, já são mais de 2hrs30, todos então dormindo, pelo menos achava. Escutei um barulho vindo da cozinha e fui conferir. Quando chego lá, tenho a pelo visão de Deus.

Lívia, ah Lívia. Estava com um pijama curto mostrando metade da bunda, lembra-me também de não deixá-la usar esse pedaço de pano mais.

Não sei quanto tempo estou ali, a observando, só me dei conta depois que

Lívia - Tira uma foto, dura mais - diz.

- Tudo que é ao vivo e mais interessante. - digo e pisco para ela.

Lívia - Vagabundo - diz num sussurro mas que eu consigo escutar.

Em um movimento rápido, impresso ela contra a pia e o meu corpo. Estamos tão perto que consigo sentir sua respiração acelerada.

- Repete, dama - digo no seu ouvido e vejo ela se arrepiar.

Ela abre a boca várias vezes tentando dizer alguma coisa mas não sai som. Só então, levo a minha atenção para sua boca delicada. Fico a observando, cada detalhe. Seus olhos penetrantes, seu rosto angelical e inocente. Cada detalhe dela me chama a atenção e agora tão perto dela, despertou coisas em mim que nunca sentir antes, uma coisa diferente mas diferente bom. Posso me arrepender depois mas eu vou fazer isso, eu tenho que fazer isso.

Aproximo mais nossos rostos, ficando há centímetros dos seus lábios. Vou chegando cada vez mais perto e em nenhuma momento ela se afasta ou me impede de fazer isso. Nossos lábios se tocam e eu sinto uma corrente elétrica percorre todo meu corpo e tenho certeza que ela também sentiu pois a vi arrepiar.

O beijo é calmo mas ao mesmo tempo quente, ela pousa sua mão pequena e delicada pela minha nuca. Nós nos afastamos por falta de ar e paramos o beijos com selinhos demorados. Nossos olhares se encontram e por minutos esqueço o mundo a minha volta.

Volto a realidade quando ela sai dos meus braços e sai da cozinha subindo as escadas.

- Lívia -

Depois daquela cena a tarde na sala, que eu não entendi nada. Rafaela me explicou tudo. Depois que eu fiz um interrogatório para a mesma. O vagabundo saiu e não voltou até agora.

Depois de tomar um banho quentinho e demorado que há tempos não tomava e uma comida maravilhosa da Luana, que pareceu muito com a da minha mãe, ah que saudade da minha mãe.

Rafaela é meio doidinha mas é gente boa. Conheço ela há pouco tempo mas parece que faz anos, só pelas conversas, como ela me fez esquecer do que eu estou passando, de tudo.

Depois de muita conversa e risadas da loucuras da Rafa, fomos dormir. Estava em um sonho tão bom quando acordo com uma sede impressionante.

O vagabundo chega e vejo que ele está me olhando.

- Tira uma foto, dura mais - digo.

Luan - Tudo que é ao vivo e mais interessante - diz e pisca para mim.

Tá me provocando vagabundo?

- Vagabundo - digo.

Nunca me arrependi tanto de dizer alguma coisa. O vagabundo me beijou ME. BEIJOU. E que beijo. Me dou conta da realidade e subo as escadas voltando para o quarto.

Deito na cama e um sorriso bobo aparece no meus lábios. Parece que ainda posso senti nosso lábios colados. Uma sensação estranha surge quando estou com ele. Um choque percorreu todo o meu corpo e ela também sentiu, tenho certeza.

Mas, não. Não posso gostar, nem me apegar a ele. Não posso.

Pra DamaWhere stories live. Discover now