Capítulo 2

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- Lívia -

Meu pai? Só pode está brincando. Ele sumiu há anos, sem dá nenhuma explicação. Até parece que ele voltaria só pra resgatar a " filha " dele.

E aquele vagabundo? Quem ele acha que é pra falar comigo naquele tom?
Confesso que estou com medo mas não vou ficar aqui. Pra falar a verdade não sei nem aonde estou.

(...)

Vejo por uma pequena janela que já escureceu. Tento levantar para ir até a janela mas fico tonta e me sento novamente. Não comi nada hoje, estou me sentido fraca. Ah, como queria um bom banho, um comida quentinha da minha mãe e a minha mãe. Isso tudo podia ser só um pesadelo. Fico pensando no momentos bons da minha infância, dos momentos com a minha mãe, até adormecer.

(...)

- Acorda moça, acorda. - Desperto com alguém balançando meu braço, abro meus olhos com dificuldade por conta da claridade horrível que faz aqui nesse quarto. Quando me acostumo, me deparo com uma pessoa com duas bolas verdes me encarando.

- Quem é você? - digo.

- Ah, eu sou o Gabriel, só vim te trazer um lanche, tem roupas naquela sacola e no banheiro tem uma escova nova para você - diz aportando.

- Obrigada - digo me levantando e ele sai.

Pego um shorts de lavagem clara e uma blusa qualquer e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido, já que as condições daquele banheiro não são das melhores. Faço minha higiene matinal e volto para o quarto. Gabriel me trouxe um sanduíche natural com um suco de laranja, como tudo e depois vou fazer... Não, não vou fazer nada porque não tem nada para fazer.

- Júlia -

Já amanheceu e nada da minha filha chegar. Aonde estará a minha Lia? Já liguei para todas as amigas, ja liguei para a Bruna, como elas melhores amigas fiquei com uma esperança delas estarem juntas ou dela saber de coisa, mas não, ninguém sabe da Lívia. Já fui na polícia, mas disseram que só poderia fazer um BO já que não completou 48 horas do desaparecimento, poxa, é a minha filha, é uma menina que está perdida, sabe Deus onde.

- Dona Júlia - Marina bate na porta do meu quarto.

- Pode entrar Mari - falo.

- Trouxe isso para você comer, você não se alimenta desde de ontem.

- Obrigada Mari, mas não estou com fome, na verdade não estou com vontade de fazer nada, só quero a minha filha - digo deixando algumas lágrimas escaparem.

- Calma, agorinha a Lia estará novamente conosco, ficará tudo bem - diz me abraçando.

- Espero que sim - digo dando um sorriso fraco.

- Victor -

Meu nome é Victor Campello. Estou em Londres e deixei tudo pra trás no Brasil. Por que disso? Há 2 anos, o Marcos, dono da Rocinha, foi assassinado, desde de então o filho dele, Luan, juro vingança. Descobriu que alguém da minha gangue que havia o matado. Mas, isso não passa de uma armação para acabarem com a " Gangster 007 ". Tive que fugir, sem deixar pistas. Não sabe a falta que me faz minha filha, minha mulher. Ainda tenho que dá um jeito de resolver esse problema e já estou trabalhando nisso.

- Senhor, senhor - Castel entra na minha sala sem bater.

- Quantas vezes tenho que falar para bater na porra da porta - falo.

- Desculpa, é que - diz

- É que? - pergunto.

- Sua filha, ela, ela foi sequestrada. - diz rápido

- Como assim sequestrada? Os melhores soldados da Gangster estavam fazendo a segurança da duas. - digo ja me levantando nervosa.

- Luan, Luan a pegou como isca. Ele quer você. - diz

Droga, droga, droga. Repito para mim mesmo, eu não irei deixar minha filha nas mãos daquele bandidinho.

- Liguei para os soldados do Rio, manda eles reforçarem a segurança na casa e com a Júlia.- digo

- Ok chefe - fala saindo da minha sala.

Se é eu que Luan quer, sou eu quem ele terá. Irei voltar pro Rio hoje mesmo.

Pra DamaWhere stories live. Discover now