Alfonso: Onde está a mamãe? – perguntou curioso.

Raquel: Está no quarto dela arrumando algumas coisas quer que eu a chame? – perguntou já se levantando, Alfonso apenas assentiu, assim que Raquel saiu em busca da mãe, Alfonso chamou Anahí para sentar-se ao seu lado, a loura atendeu ao pedido prontamente, sentia-se mais segura ali. Ruth logo apareceu na sala, Alfonso levantou e os dois se abraçaram sem dizer nada, Ruth ignorou a presença de Anahí, sentou-se ao lado de Maitê.

Ruth: Lembrou-se da sua família? – Alfonso fechou cara.

Alfonso: Eu nunca esqueci, não faz nem uma semana que estive aqui – respondeu irritado – Mas enfim vim aqui por um motivo especial. Mai, tenho uma entrevista de emprego para você amanhã cedo – Maitê arregalou os olhos, essa semana não havia saído em busca de emprego, havia desistido por aquele ano. – Como vai ser cedo, bem cedo preciso que arrume algumas coisas em uma bolsa e venha comigo, vai dormir na minha casa e amanhã iremos juntos. – Maitê assentiu com um sorriso largo no rosto, levantou-se já indo em direção ao quarto.

Ruth: Onde é essa entrevista? – perguntou fazendo Maitê parar, Ruth tinha um tom que os filhos conheciam, ela iria implicar.

Alfonso: Isso faz diferença? – perguntou incrédulo – É na revista, estão precisando de uma recepcionista eu indiquei a Mai, marcaram a entrevista. – Maitê seguiu para o quarto.

Ruth: Agora você tem casa? Conseguiu rápido não? – sorriu irônica. – A casa da namorada não é sua casa Alfonso. – Anahí respirou fundo, Alfonso segurou sua mão, tentando acalmar a namorada, mas nem ele mesmo estava calmo.

Alfonso: Não estou na casa da Any, estou dividindo um apartamento com um amigo – ela balançou a cabeça surpresa.

Ruth: Pretende pagar aluguel com esse seu salário ou a namorada vai ajudar? – novamente ela cutucou, Alfonso estava a beira de perder a paciência.

Alfonso: Isso é problema meu, mesmo assim vou responder sua pergunta, minha namorada não esta me ajudando em nada, mas se estivesse é para isso que serve o companheirismo nos relacionamentos, ela me ajuda quando preciso e eu a ajuda quando ela precisar.

Ruth: Muito bonito, vamos ver como fica isso quando o namoro acabar e as coisas forem jogadas na sua cara – Anahí passou as mãos no rosto tentando conter-se.

Anahí: Amor – levantou-se – Eu vou esperar no carro. – Ela se arrependeu da frase assim que viu Perla surgir na sala, sentou-se novamente ao lado do namorado, Ruth sorriu. – As coisas não mudam mesmo. – murmurou.

Alfonso: Amor, se quiser ir, não vou demorar – ele disse por não ver Perla. Anahí olhou para ele, olhou para Perla e por ultimo com o sorriso cínico para Ruth.

Anahí: Não, mudei de ideia, vou esperar aqui – disse firme encostando a cabeça no ombro do namorado que agora entendia a mudança a fez escorregar para entre seus braços.

Perla: Oi Poncho, olá Anahí – cumprimentou cínica ao lado de Ruth, aproveitando a situação. Alfonso cumprimentou com um aceno de cabeça, Anahí não teve esse trabalho, ignorou. Alguns minutos depois Maitê surgiu na sala pronta com uma mochila nas costas. Anahí se apressou a se levantar.

Anahí: Então vamos, já está tarde – Alfonso levantou-se sorrindo da presa dela.

Ruth: Alfonso você jantou? – perguntou tentando segurar o filho por mais algum tempo.

Anahí: Sim, ele já jantou – respondeu ríspida para irritação de Ruth e graça de Alfonso.

Alfonso despediu-se de todos, menos de Perla, Anahí tinha os braços cruzados esperando, ele a conhecia bem para saber que aquela noite não seria como planejado caso ele chegasse perto de Perla, sorriu por dentro, gostava de ver Anahí com ciúmes, mas estava louco para ficar sozinho com ela e por nada do mundo estragaria a possibilidade.

Queria Muito Te Odiar - Livro 01Where stories live. Discover now