Capítulo 32

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Ruth: Está no meu quarto, não sairá de lá se não para comer, isso se eu não levar a comida lá, não estou querendo olhar na cara dela hoje. – disse nervosa. Alfonso e Maitê se olharam, nunca Ruth havia reagido assim quando se tratava de Raquel. Joice arregalou os olhos.

Joice: Mamãe você esta brava. O que vai fazer com ela? – perguntou confusa.

Ruth: Eu já fiz. – Olhou para Alfonso – Se quiser tem carta branca, entre naquele quarto e descarregue sua raiva, diga a ela tudo que quiser, se quiser dar uns tapas, esteja a vontade. – Alfonso, Maitê e Joice arregalaram os olhos incrédulos.

Joice: Evolução finalmente – sorriu.

Maitê: Joice! – repreendeu.

Alfonso: O que fez, só a colocou de castigo? – perguntou tentando achar um castigo melhor, mas forte. Ruth sorriu irônica.

Ruth: Veja você mesmo. Raquel – gritou o nome da filha para que ela pudesse escutar – Venha aqui agora. Raquel saiu do quarto andando bem devagar, o rosto e olhos vermelhos, ainda soluçava. Raquel usava uma bermuda jeans e assim que os três colocaram os olhos nas pernas da menina os olhos se arregalaram a boca de Joice se abriu, Maitê levou a mão a boca em espanto, haviam muitas marcas roxas. – Ela teve o corretivo que eu já deveria ter dado a um tempo. – saiu em direção a cozinha.

Alfonso: Eu estou satisfeito – sorriu – Isso ai vai demorar para sumir, só vou acrescer uma coisa. – sorriu irônico, Raquel sabia que não poderia fazer nada, nem mesmo revidar, Ruth havia alertado que não iria interferir. – Recolha todas as calças dela Mai e deixa na minha cama, ela terá que ir a escola de bermuda ou saia para que todos vejam, esse é o meu castigo. – Raquel arregalou os olhos imaginando a vergonha que passaria, precisava pensar em algo para escapar disso. Voltou para o quarto da mãe chorando.

Maitê: Vai fazer isso mesmo?

Alfonso: Sem dó – respondeu se jogando no sofá, agora com o olhar mais calmo.

No dia seguinte Raquel foi acordada por Ruth as sete da manhã, ela parecia não lembrar-se do dia anterior e resmungou pela mãe a estar acordando tão cedo em pleno domingo.

Ruth: Levante-se – gritou chacoalhando a filha – Raquel hoje você prepara e serve o café, depois lave os banheiros e tire o pó do moveis, acabou a folga querida – ríspida. Raquel levantou-se lentamente, o rosto triste fez Ruth sentir dó, amava a filha mas não recuaria, já havia deixado chegar longe demais.

Assim que a mesa estava posta, Raquel sentou-se para tomar café, Ruth a fez companhia, porém não abriu a boca, o silencio reinou por todo o desjejum.

*****

Anahí acordou sentindo o latejar do tornozelo, arrastou a perna para fora da cama e olhou o tornozelo ainda um pouco inchado. Sentou-se na cama e com cuidado apoiou o pé no chão já imaginando a dor que sentiria, mas ela foi bem menor da imaginada. Tomou um banho e desceu para o café. Assim que entrou na cozinha sentiu um clima estranho, os pais pareciam discutir e quando entrou no ambiente o silencio se fez. Olhou para os dois, puxou a cadeira a frente do pai.

Anahí: O que foi? – confusa e curiosa

Thissi: Nada – respondeu de imediato

Henrico: Anahí a partir de hoje você não namora mais aquele rapaz – estava nervoso os olhos cintilavam em fúria, Anahí arregalou os olhos tentando entender.

Thissi: Henrico por Deus - gritou na tentativa de fazer o marido se calar.

Henrico: Não Thissi – tirou os olhos da filha e encarrou a mulher a repreendendo e em seguida voltou a encarrar a filha – Não quero você perto daquela família, ontem o tornozelo, amanhã será o que? Uma facada ou um tiro? – suspirou fundo irritado.

Queria Muito Te Odiar - Livro 01Where stories live. Discover now