- Eu não poderei te perdoar realmente se agora o fizer.

- Mas você não me havia perdoado da última vez. - Ele moveu as sobrancelhas sorrindo e mordendo os lábios de modo atrevido. - Eu devo apenas lhe mostrar como se faz para que talvez faça de modo correto com o seu maridinho. Serei doce e suave desta vez, você vai gostar. - E ele o fez de novo, só que desta vez não a pressionava, apenas encostava seus lábios aos dela de modo suave, os movia sobre os seus. Ela sentiu todo o seu corpo se transformar em apenas sua boca, tudo estava concentrado naquilo. - Doce o suficiente pra você meu docinho?

- Diego se não me deixar em paz eu realmente vou acertar com um soco que você jamais viu, e depois vou iniciar a gritar, de modo que lhe botarão para correr daq... - Ela não teve tempo para mais nada, pois ele a puxou pela cintura, e a beijou com mais intensidade desta vez, passando a ponta de sua língua nos lábios dela, e então esfregando-os aos seus, abrindo a boca dela com a sua, e deslizando sua língua tocando a dela.

- Minha Margh, devo confessar que odeio a suavidade principalmente quando é uma coisa quente debaixo de minhas mãos. - Falou contra ela, e a puxou com força contra si, pressionando seu peitoral firme ao corpo feminino e enterrando os dedos no cabelo longo ruivo fazendo com que cai-se feito uma cascata a sua volta. Deslizou a mão pela coxa com ardor irreverente, e mordeu o lábio dela, com força a retendo em seus braços. Soltou-a, e abriu a porta, como se nada houvesse passado. Margareth ofegou a um canto com as pernas bambas. - Agora corra e grite, mas ninguém nunca poderá livra-la de mim. - Virou de costas, mas retornou a encara-la. - Dê meus cumprimentos ao seu noivo... - Mediu-a da cabeça aos pés. - Pelo casamento é claro. - A raiva a cobriu.

                         Margareth Anne Woody, fora uma das crianças mais simpáticas que se poderia imaginar, com seu sorrisinho de dentes tão pequenininhos, e seu nariz empinadinho. Com dois anos já queria subir ao piano, a todo custo, e apertar as teclas de modo desordenado, e aos 4 anos tocava melhor que a própria mãe, e aos 5 anos melhor que qualquer pessoa daquela cidade pequena, todos diziam, ela era um prodígio, e seus pais se esforçaram muito para incentiva-la a aprender sempre mais, pois de fato era linda. Seus olhos grandes e azuis denotavam curiosidade pelo conhecimento, e vivacidade. Os cachos dourados meio ruivos de seu cabelinho faziam com que mais se parecesse a um pequeno anjo destes de igreja, e muito julgaram que era. Diego que era apenas poucos meses mais novo que ela, a odiara desde o princípio. Moravam próximos demais, e ela era sua prima por assim dizer já que suas mães se consideravam irmãs, além de uma história bastante obscura de família. A odiava não porque aquela criança lhe fazia mal, malvadezas ou algo parecido que merece-se sua falta de afeto, de jeito nenhum, não gostava dela pelo simples motivo de ser difícil demais competir com aquela criatura que todos julgavam tão especial e iluminada, até sua mãe cai-a de amores por ela, com seu cabelinho adorável. Não lhe fazia mais caso deste modo, fazia questão de ser bastante frio com ela, e a impedir de se aproximar de si, de brincar com seus brinquedos, seus amigos, com tudo que lhe dizia respeito. Também tentava chamar a atenção de todos os modos possíveis, e desde pequeno exercitara seu charme, pois era dele que necessitava como única arma em mãos. Era engraçado, e às vezes aplicava pequenas peças nos outros, o que desagradava muito aos pais. Com certeza daria muito trabalho, Céu sabia, pois ele se parecia demais ao pai.

                                Certo dia, quando contava com 6 anos de idade, viu uma possibilidade divertida. A mãe costurava perto de tia Sophie, muito pedaço de pano colorido para todos os lados. Viu a tesoura em cima de uma mesinha baixa. Muito sorrateiro, agarrou a tesoura pontuda de puro ferro, exageradamente pesada, sem que nem ninguém pudesse o ver. Saiu do cômodo, pretendia apenas cortar algumas figurinhas de livros, picotar alguma coisa, algumas plantinhas, mas quando viu uma criatura de cachos dourados, foi irresistível, e tinha muito que admitir que achava lindo aqueles fios de cabelo que lhe lembravam raios de sol, precisava deles para sua coleção, e bem... Na verdade não faria falta a Margareth, ela tinha tanto, além do mais cresciam rápido, e já vira um par de vezes tia Sophie cortando as pontas de seu cabelo, deste modo não teria erro. A menina sentava-se junto ao piano, tocando alguma coisa animada e rápida.

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