Capítulo 23

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O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

Henry Van Duke


Nick

Desembarquei em Curitiba nesta manhã e fui direto para a minha nova casa, este ano mudei tanto de cidade que até fico confuso às vezes, pois além de ficar dois meses na Califórnia de férias no começo do ano, minha vida oscilou entre a ponte aérea Rio e São Paulo. Agora pretendo ficar muito tempo em Curitiba, pois tenho trabalho aqui por pelo menos um ano, minha mãe me cedeu sua casa num condomínio fechado, apesar dela não morar aqui no Brasil, Rebecca adora Curitiba e ano passado comprou uma casa aqui, porém a casa só é usada no final do ano, por isso eu vou ficar lá enquanto isso, mas a casa é tão grande e não combina nada comigo, preciso de privacidade, mas ficar sozinho em uma casa enorme não é o que chamamos de privacidade.

Entrei no condomínio e o taxista me deixou em frente à casa, entrei e fui tomar um banho, depois coloquei uma calça jeans e uma camiseta e fui olhar na garagem para ver se os meus carros já tinham chegado, já que foram enviados no início da semana, mas tenho uma bela surpresa ao ver que o Ranger e o Porsche já estão na garagem, porém não estão sozinhos tem uma moto esportiva da Aprilia toda preta com detalhes vermelhos e ainda um bilhete que dizia:

Use e abuse dos seus tempos ao ar livre, porém com cuidado e segurança.

A mamãe te Ama

Rebecca

Na manhã seguinte acordei animado, era verão e apesar de ser cedo ainda o sol já aparecia lindo e reluzente, tomei um longo banho, depois coloquei um jeans, uma camiseta preta e desci. Entretanto tudo estava em silêncio absoluto já que ainda não tinha nenhuma funcionária cuidando da casa, apesar da insistência da minha mãe, eu ainda não contratei ninguém, porém a dispensa e a geladeira estavam abastecidos suspeito que seja graças a dona Rebecca. Mas tomar café sozinho não era meu estilo, precisava de companhia, mesmo que eu nem conhecesse a pessoa.

Portanto, hoje eu iria tomar café em uma cafeteria, desci até a garagem, peguei a chave da moto e o capacete e sai procurando uma cafeteria.

Eu tinha esquecido o quanto gosto da sensação de liberdade que a moto nos traz, o vento nos meus braços, a velocidade e seu impacto no meu corpo, o ziguezague entre os carros, o vai e vem dos pedestres e no fim a adrenalina que era disparada no meu corpo cada vez que acelerava a moto, o ritmo da aceleração diminuía e aumentava de acordo com o trânsito na minha frente. Continue acelerando pelas ruas ainda calmas de Curitiba até que cheguei numa bela cafeteria, tirei o capacete e desci da moto, já estava entrando quando meu celular tocou, não reconheci o número, mas atendi e fui surpreendido pela voz da Mila, implorando que eu fosse até o Hospital Renascença. Ela estava muito aflita e preocupada no telefone, por isso não questionei nem perguntei por que demorou tanto para me ligar, voltei para a minha moto e alguns minutos depois eu estava entrando no hospital.

Cheguei à recepção da emergência falei o nome da Mila, mas tive uma surpresa ao encontrá-la internada na Maternidade do Hospital, sai correndo e fui para a Maternidade, porém fui barrado na entrada, porque não era o horário para visitas, por isso a enfermeira negava a minha entrada, eu estava puto da vida e precisava fazer alguma coisa, caso contrário iria explodir.

— Eu preciso falar com ela agora. —Resmungo colocando as duas mãos firmes no balcão para não arrebentar essa mesa na porrada.

— Senhor, você não pode entrar, se não for o horário de visitas, a não ser que você seja o pai da criança. — Ela olha para mim, esperando a minha resposta.

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