Capítulo 22

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Capítulo Vinte e Dois


Meus olhos se abrem devagar enquanto alguém me sacode pelos ombros. Estou sentada no chão. Ouço a voz de Tsunade dizendo "Calma, Kiba, ela está bem." Ele para de me sacudir e me encara, seus olhos estão lacrimejando.

- Anna, não faz mais isso comigo – ele me abraça rápido. Sua expressão ainda não é das mais conformadas. – Como você matou aquele cara sem nem encostar nele?

- Não sei, eu só...

- Eu sei – a voz de Tsunade estava tão grave que estremeci. Ela estava em pé ao lado de Kiba, com os braços cruzados, olhando para uma árvore ao seu lado.

- Sabe? – Kiba perguntou.

- Sim, e vou contar logo, pois estamos com pressa.

- Conte – exigi.

- Você havia me pedido para pesquisar sobre um nome. Eu não encontrei nada sobre ele e então fui atrás de alguma mulher que trabalhava com sua mãe na época. Shizune acabou encontrando-a e eu a interroguei. Esse tal de Dan não foi cliente de sua mãe, a amiga de trabalho dela a ajudou a colocar o nome dele lá. Kunanari queria apenas que tivesse um registro escrito de todos os genes que você tem. Dan não foi cliente, pois ele, nessa época, ainda era uma criança, uma criança muito poderosa e com uma habilidade jamais vista. Sua mãe armou uma pequena emboscada para essa criança e seus pais para poder roubar um pouco de seu sangue e injetar em você assim que nascesse. Ela não sabia se funcionaria ou não, mas ela quis tentar, e foi o que ela fez. E vejo agora que deu certo.

- Como você sabe que deu certo? – perguntei.

- Anna, você morreu e ainda está aqui.

- Como assim? Qual era a habilidade desse tal de Dan? Afinal, quem é esse Dan?

- Sua mãe colocou o nome de Dan porque ela não queria levantar suspeitas. E, provavelmente, teve vergonha, algum tempo atrás, ao saber que Dan havia se rebelado contra sua própria vila e se juntado à organização da Akatsuke. Esse Dan é, na verdade, Hidan. A habilidade dele é essa que você acabou de fazer. Até onde sabemos, ele é imortal.

Kiba me olha assustado. Sei o que ele deve estar pensando. Eu não quero alimentar esperanças então permaneço neutra, na medida do possível.

- Eu sei quem é Hidan... – Kiba fala. – Ele usa uma foice vermelha de três dentes. Faz um ritual infalível com o inimigo, no qual ocorre uma ligação e tudo que acontece com o corpo dele, o outro que sente. Então ele se mata, matando assim, o rival. Exatamente da forma que você fez. Agora faz muito sentido. Seu corpo parecia pintado de preto, mas isso faz parte do tal ritual.

Olho para meus braços, o preto sumiu, mas as manchas roxas só aumentaram. Tento me levantar e meu corpo inteiro dói. Eu resmungo de dor. Kiba me segura quando minhas pernas bambeiam e eu cambaleio. Tento me convencer de que as dores são provenientes do novo jutso, mas não consigo, sei que estou morrendo. Tsunade agora me olha com pesar. Ela também sabe que eu não tenho mais muito tempo. Nós duas concordamos silenciosamente em ignorar esse sentimento.

Seguimos andando com passos largos e apressados para a entrada da vila. Depois de algum tempo já consigo andar sozinha. Chegando mais perto a cada segundo, ouço barulho de ferro contra ferro e gritos de dor. Ouço alguém sussurrar meu nome. Sei que não foi Kiba e nem Tsunade, porque veio de longe, mais ou menos de onde estávamos cinco minutos atrás.

Eu paro. Pouco depois Kiba para e olha para mim. Tsunade continua andando em direção à batalha que permanecia.

- O que foi, Anna? – ele pergunta. – Quer que eu te leve?

Anna & KibaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang