Capítulo 15

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Capítulo Quinze

Onde estou? O que estou fazendo aqui? Cadê o Sai? Porquê está tudo tão escuro? São perguntas que não saem da minha cabeça desde o momento em que eu acordei. Não consigo me mexer e sinto algo caindo pelos meus ombros, acho que um pano ainda tampa minha cabeça. Mas estou parada, com uma mão amarrada em cada lado. Sinto algo gelado embaixo de mim, algo plano, como uma mesa de metal frio. Meus pés também estão amarrados, juntos, no fim da mesa...

Há alguém caminhando, chegando perto de mim. Eu consigo ouvir sua respiração, se tornando mais forte a cada segundo.

É um homem, consigo sentir. Não sei como, mas consigo.

Ele está chegando mais perto, quase consigo ouvir o barulho que sua capa faz quando se choca com o ar.

Desde quando minha audição é tão boa? Aliás, de quê isso importa agora? Estou presa.

Ele está mais perto agora.

Mais perto.

Subitamente ele para do meu lado. Consigo, agora, ouvir seu coração batendo tranquilamente. É, esse não era meu salvador. Ou seu coração estaria acelerado e nervoso.

Ele arranca com força o pano da minha cabeça, sem delicadezas, sem nem se preocupar que sou uma menina ou que posso bater com a cabeça na mesa e causar algum dano. Uma luz pendendo sobre a mesa me cega instantaneamente. Quando recobro minha visão olho direto para o homem.

Eu o conheço.

Eu o reconheço.

Qual era mesmo o nome dele? Sanki? Sunke? Sabake? Sasaki? Ah, Me lembrei.

Sasuke. O renegado de Konoha.

- O que você vai fazer comigo? – perguntei quando percebi que nada me impedia de falar, tentando soar calma.

- Nada, - sua voz era fria e determinada, dava medo, mas fui forte. - Concluíram seus testes ontem. Só vim acordar você e pegar uma coisa...

- Me acordar? Espera... ONTEM? Como assim? Há quanto tempo estou inconsciente?

- Cinco ou seis dias, não sei exatamente. Não saio muito pra ver a luz do sol ou o horário.

- Agora sei porque você é tão pálido... – Eu e essa minha mania de tentar fazer brincadeiras quando estou com medo de algo.

- Você é tão engraçada... – ele fala, babando ironia, enquanto se dirige para o meu lado direito, onde há um pequeno armário de metal com quatro gavetas. Ele chega, se curva e abre a primeira.

- Que testes vocês fizeram comigo? – pergunto, e olho para o meu corpo. Como eu não vi isso antes? Ou senti? PUTA MERDA! CADÊ MINHAS ROUPAS? Estou seminua, de calcinha e sutiã apenas. Que vergonha... Ainda bem que uso calcinhas largas. Tento manter a calma. – Cadê minhas roupas?

- Não faço a mínima, garota – ele levanta o olhar apenas para o meu rosto, tentando não olhar para o restante. Ele consegue. E não sei porquê, mas isso me lembra algo que Kiba me falou, do Naruto ter encostado a boca na boca do Sasuke quando eram mais novos, decido caçoar dele.

- Naruto mandou falar que sente falta dos seus beijos.

Ele fecha a gaveta e o tilintar de metais dentro desta soa ensurdecedor para mim. Ele se vira, e vejo a fúria do seu olhar vermelho penetrar a minha alma. Fico com muito medo, mas mantenho a calma e a frieza.

- Aquilo foi um acidente – ele diz, cerrando os dentes.

- Os dois? – insisto no assunto, já sei como esse menino é, posso tentar convencê-lo a me soltar, ou a fazer alguma coisa por mim.

Anna & KibaWhere stories live. Discover now