I'm sorry.

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Owen grey

San Francisco • California.

Eu continuo escorado na grade da varanda, vendo o quão bonita essa cidade ficava pela noite. Completamente iludida enquanto o céu está apenas iluminado pela lua.

― É lindo, não acha? ― A voz de Harry surgiu atrás de mim e eu olhei para trás, vendo ele se aproximar da grade.

― Você não deveria estar com Hayley para pegar as cargas? ― Dei um gole na minha cerveja, voltando a olhar para a vista.

― Ela não precisou de mim. ― Ele resmungou.

― Ela não tem precisado muito de você recentemente. ― Sorri ironicamente.

― Isso não é da sua conta. ― Harry disse irritado, o que fez o meu sorriso aumentar.

Fico em silêncio e ele se aproxima, parando ao meu lado. Dou mais um gole em minha cerveja e o encaro, vendo seu olhar fixo na cidade.

― Harry, o que você lembra sobre o nosso pai? ― Ele arregala os olhos com a minha pergunta.

― Eu lembro de muitas coisas, lembro que me obrigava a ajudar ele enquanto consertava os carros. ― Riu pelo nariz. ― Ele dizia que um dia eu iria o agradecer, e é verdade. Ele me ensinou tudo que eu sei.

― Já eu não lembro dele nem falando, andando ou seja lá o que for. ― Resmunguei.

― Eu sei que você não lembra nada do nosso pai, depois que você nasceu ele nunca estava presente.

― Até morrer, não vai demorar pra acabarmos igual a ele.

― Você vai ser um pai maravilhoso, Owen. ― Ele colocou a mão em meu ombro.

-― Se um dia eu conseguir ver essa criança. ― Resmunguei.

― Você sabe que vai, nada vai mudar isso.

Katherine Romanoff

San Francisco • California.

O caminho até o esconderijo foi tranquilo. Não podíamos chamar atenção, Hayley poderia nos rastrear a qualquer momento, e tudo iria para o buraco se ela descobrisse que estamos aqui. Então Michael arranjou um lugar.

Eu fui diretamente para o meu quarto depois da viagem. O quarto é simples, parece mais um dormitório. Paredes brancas, carpete cinza no chão, cama de casal com lençóis e travesseiros cinzas. Tem apenas uma escrivaninha, que acompanha duas gavetas para colocar as roupas e apenas isso.

Tudo o que fiz foi tirar a minha calça jeans e me deitar no grande colchão, apagando em seguida.

Quando acordei já estava me sentindo mais disposta e tomei um banho relaxante. Também foi o primeiro momento em que parei em frente ao espelho observando o meu corpo nu. Percebi que minha barriga já está com o formato redondo, mas não está nem mesmo inchada, apenas preparando o terreno.

Quando criança eu ainda fantasiava um mundo onde eu me casaria e teria filhos, mas conforme eu fui crescendo, eu me fechei para esse pensamento. Minha ficha ainda não caiu e eu não acredito que fui tão descuidada a esse ponto. Eu não me sinto pronta, mas agora eu tenho que estar, tenho que lutar pelo meu bebê. Nunca vamos ter paz se eu não acabar com isso.

Agora, depois de me alimentar, eu estou sentada em uma das mesas de equipamentos, sendo examinada por Louis.

O lugar onde estamos é grande, de um lado ficam os carros junto com os equipamentos e de outro a "cozinha", que tem uma mesa gigante e uma geladeira com suprimentos. Apenas um quarto tem banheiro, e foi o que eu fiquei.

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