Bullet.

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Bala.

Katherine Romanoff

- Owen! - Grito, puxando-o para dentro. - Você tá bem?

- Eu tô bem. - Ele se ajeita, grunhindo de dor. Escuto um outro tiro na lateral do carro e só agora lembro que estou no banco do carona.

Com a confusão que estava acontecendo, não tinha como eu mudar de lugar. Peguei as chaves do carro na minha bolsa e lhe entreguei. Rapidamente, ele ligou o carro e deu a ré, pisando fundo depois. Eu não vi mais o carro de ninguém da equipe. Peguei meu celular e mandei mensagens para todos, para descobrir se estavam bem. Olho para Owen e vejo que o sangramento não parou, pego um lenço no porta mala e aperto em cima do ferimento, no seu ombro. Ele faz uma careta de dor com o aperto que dei. Continuei observando pelos retrovisores e não tinha ninguém atrás de nós. Pelo menos isso. Quando menos percebi já estávamos na mansão.

Desci do carro e o ajudei a sair, já que todo movimento brusco na área dos braços lhe causava dor. Vejo Alison e meu pai no hall de entrada da casa. Owen andava tranquilo ao meu lado, só não mexia o braço machucado.

-O que aconteceu? - Colton perguntou preocupado quando nos viu entrando na sala.

- Owen fez minha proteção e levou um tiro de raspão. - Respondo e vejo ele indo em direção às escadas. - Depois eu quero que falem com Stephen sobre o que aconteceu hoje. Pagamos um bom dinheiro para polícia aparecer do nada.

- Pode deixar que eu falo com ele. - Alison se certificou. - Ele anda cheirando tanta cocaína que eu nem sei o que se passa na cabeça dele.

- Tudo bem. - Me viro e subo as escadas. Owen já não estava no corredor, então fui até o seu quarto.

Abri a porta sem nenhum anunciamento e vejo ele de pé, parecia estar caminhando até o banheiro. Ele se vira pra mim com o cenho franzido e eu desço meu olhar para o seu abdômen exposto, tentando decifrar suas diversas tatuagens.

- Aqui não é o seu quarto. - Volto minha atenção para os seus olhos.

- Eu sei disso. - Sorri de canto, vendo ele arquear a sobrancelha. Fecho a porta do quarto e caminho até a sua direção. -Tenho que limpar esse ferimento.

- Sabe que não precisa. - Ele me encara enquanto eu vou até o banheiro.

O seu banheiro parece ser mais espaçoso que o meu. Pego uma caixa de primeiros socorros no armário do banheiro e volto para o quarto, vendo ele sentado na cama.

- Vamos limpar isso. - Pego uma gase e molho com álcool, passando em volta da sua ferida. Vejo um leve buraco, mas nenhum sinal da bala. Owen faz umas careta de dor e eu aperto a gase mais uma vez no seu ferimento, terminando de limpar. - Parece que realmente foi de raspão.

- Eu tirei a bala. - Ele respondeu com a voz mais rouca que o normal e eu o fitei surpresa. - Não estava tão profundo assim, foi só arrancar.

- Por isso que tem um buraco aqui. - Nego com a cabeça. - Vou ter que dar pontos.

- Por que está fazendo isso? - Ele questiona enquanto observa a minha luta para colocar a linha na agulha.

- Esse tiro era pra ser em mim. - Resmungo sem olha-ló.

Sinto suas mãos segurarem as minhas e ele toma a agulha de mim, colocando a linha com facilidade.

- Eu nunca imaginei que você é do tipo sentimental. - Prendo o sorriso mordendo os lábios e olho para ele de rabo de olho antes de perfurar sua pele.

Senti sua mão esquerda apertar minha cintura com força enquanto eu fazia o processo, mas ele não abriu a boca pra falar nenhum pio.

Com o processo terminado, apliquei uma pomada pra evitar qualquer inflamação. Guardei tudo de volta na caixa e o encarei, percebendo que ele já me olhava. Engoli um seco sem saber o que dizer pela primeira vez.

I AM THE GANGSTER Where stories live. Discover now