Quarenta e um.

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Harry.

Eu levantei abruptamente. — Deixe-me sair. — Eu disse.

Ernest também se levantou e segurou meu braço. Fiquei tenso, mas não me afastei porque as pessoas estavam assistindo, e sabia como manter as aparências.

— Não acho que seja um bom momento para você ir até Louis. Eu vou lidar com ele.

— Louis não vai me machucar. — Eu disse baixinho.

Ernie inclinou a cabeça. — Você tem certeza disso? — Sua voz continha um desafio.

Eu dei um aceno decidido. — Absolutamente. Deixe-me ir até ele.

Ele sorriu friamente e fez sinal para que Calvin abrisse espaço. Ambos saíram da cabine para que eu pudesse sair antes de voltar a sentar.

Ernest segurou meu olhar.

— Eu nunca vi Louis assim, mas se você acha que pode lidar com ele, fique a vontade.

Endireitando minha coluna, me movi pela multidão, que se afastou de mim como se eu fosse contagioso. Algumas pessoas me deram olhares de pena; outros me observavam como se eu fosse alguém a quem temer. Harry Tomlinson. Eu ouvi seus sussurros abafados. Fiquei feliz quando cheguei ao vestiário e entrei.

Louis não estava na frente dos armários, mas ouvi o chuveiro correndo e dei a volta na esquina até avistá-lo na última baia. Ele estava apoiado contra os azulejos, a cabeça baixa enquanto a água escorria pelo seu corpo. Sua cabeça virou e o brilho em seus olhos cinzentos enviou uma pontada de preocupação através de mim.

— Você está bem? — Eu perguntei sem fôlego.

Louis se endireitou em toda a sua glória nua, coberto de cortes e contusões. Magnífico.

— Chegue mais perto. — Disse ele em uma voz estranha.

Eu me movi em direção a ele, mas parei em frente ao chuveiro. Louis olhou para mim como se eu fosse um problema que ele queria resolver. Sua expressão era intensa, à beira da raiva, o que não fazia sentido, considerando que era Louis. Ele não sentia raiva. Ele não sentia nada.

Ele envolveu os dedos em volta do meu pulso e me puxou em direção a ele, seus olhos nem uma vez se afastando.

— Louis. — Eu protestei. — As minhas roupas.

Mas ele não me ouviu. Seus lábios reclamaram minha boca, me impedindo de dizer mais alguma coisa.

Ele pressionou em mim, seu corpo enorme me prendendo. Sua mão roçou minha costas, subindo o meu vestido, empurrando minha calcinha para o lado. Ele colocou um dedo em mim, sua boca ainda macia, mas dominante, e eu arqueei contra a parede de azulejos. Ele me seguiu, não me permitindo escapar de sua presença avassaladora enquanto sua mão livre segurava meu mamilo através do meu vestido molhado. Eu não tinha certeza do que o estava afetando. Seu toque e beijos eram esmagadores, mas meu corpo reagiu com uma onda de excitação enquanto ele deslizava o dedo dentro e fora de mim.

Ele beliscou meu lábio inferior, em seguida, lambeu a água e reivindicou minha boca novamente, possessivo, implacável, desesperado... mas como era possível?

Seu polegar passou sobre a minha glande enquanto movia o dedo mais rápido.

— Louis. — Eu ofeguei. — O que...

Mais uma vez ele me interrompeu com um beijo quase violento. Eu pisquei, confuso e excitado, e um pouco inquieto, mas não o suficiente para parar. Ele acrescentou outro dedo e eu agarrei seus ombros para me firmar. Ele enganchou uma das minhas pernas sobre o seu quadril, abrindo-me para que ele pudesse bater seus dedos mais profundamente em mim. Eu balancei contra sua mão, agarrando-me a ele enquanto sua boca devastava a minha, o tempo todo seus olhos nunca desviaram dos meus como se ele estivesse tentando me devorar. Como se ele precisasse de mim. Ele sacudiu o polegar sobre a minha glande novamente, e eu chorei contra seus lábios quando o meu orgasmo me atravessou. Estrelas explodiram na minha visão, um prazer quase ofuscante. Meus dedos cavaram mais fundo na pele de Louis.

Twisted emotions || Adaptação Larry Stylinson Where stories live. Discover now