Trinta e sete.

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Louis.

Depois de treinar e voltarmos para casa, Harry continuou atirando olhares na minha direção, mas no momento em que os devolvia, ele desviava o olhar. Eu não conseguia ler seu humor. Ele parecia nervoso. Entrei no chuveiro depois que ele terminou, mas mantive a porta aberta como de costume. Harry nunca entrou. Minha nudez ainda o deixava nervoso e não era só medo.

Ernest estava certo. Ele precisava aprender a lutar contra alguém que o assustasse, e essa pessoa não era eu. Harry passara a confiar em mim e eu não esperava isso. Claro, eu o tinha tratado de uma forma que me fez acreditar que ele pudesse relaxar na minha presença. Seu medo não era algo que eu pudesse tolerar em um esposo. Precisava de alguém que pudesse me enfrentar, e Harry estava chegando lá. Ainda tínhamos um longo caminho a percorrer, mas, ao contrário do meu irmão, eu era paciente.

Recostando-me contra o chuveiro, mudei a água para o frio para que meu pau não tivesse nenhuma ideia. Eu tinha a sensação de que Harry não estaria pronto para explorar mais hoje. A briga com Zayn o havia perturbado. E se eu fosse honesto, tinha sido difícil para eu ficar afastado e vê-lo tocá-lo, segurá-lo, ajoelhar-se entre suas pernas. Foi algo que nunca havia experimentado antes. Eu não reconheci a emoção que estava sentindo.

Quando entrei no quarto depois do banho, Harry estava encostado na cabeceira da cama, usando uma camisola fina de seda que pouco escondia seus mamilos. Suas pernas magras estavam cruzadas nos tornozelos, um lugar onde Harry era muito sensível. Seus olhos dispararam do livro que ele estava segurando e examinou rapidamente meu peito nu, demorando-se na minha cueca, antes que voltasse seu olhar para o livro, mas ele não era capaz de se concentrar no que estava lendo.

Ele fingia ler. — O que há de errado? Eu fiz alguma coisa para te deixar nervoso? É por causa do treinamento hoje? Tenho que garantir que você aprenda a se defender. Pegar leve com você não terá o efeito desejado.

Pensei que tínhamos alcançado algum tipo de entendimento. Eu não cederia sobre sua autodefesa.

Como um Tomlinson, seu sobrenome carregava medo pelas ruas de Las Vegas. Todo mundo sabia que ele era meu. Todos sabiam que os Tomlinsons protegiam o que era seu e nossa vingança era cruel e impiedosa. Ele estava tão seguro quanto uma pessoa em nosso mundo poderia estar, no entanto, eu não conseguia ver por que não deveríamos garantir o mais alto nível de segurança, fazendo de Harry um alvo difícil. Suas habilidades com armas melhoraram, mas ele precisava aprender a se defender sem a ajuda de armas.

Ele corou e largou o livro e finalmente olhou para mim. Seus olhos percorreram meu torso e até a minha cueca, em seguida, rapidamente de volta para o meu rosto. Estreitei meus olhos, tentando avaliar seu humor. Ele estava nervoso. Larguei a toalha que usei para esfregar meu cabelo e afundei na cama ao lado dele.

— Se você não me disser o que te incomoda, não posso mudar meu comportamento.

— Você não fez nada. — Ele disse baixinho. Mais uma vez, seus olhos fizeram uma rápida varredura da parte superior do meu corpo, mergulhando mais baixo, em seguida, subiram novamente para o meu rosto. Isso não era sobre ele estar chateado com os eventos de hoje, eu percebi. Tinha quase certeza de que ele estava excitado, mas, como sempre, permiti que ele desse o primeiro passo.

— Eu quero dormir com você.

Meu corpo reagiu imediatamente, o sangue disparou direto no meu pau, mas não agi no impulso. Eu me virei para Harry, inclinei meu corpo para mais perto, meu braço me apoiando ao lado da perna dele, e ele se aproximou, largando o livro no chão. Seus lábios pressionaram contra os meus, e sua língua escorregou. Eu lutei contra o desejo de pressioná-lo no colchão, cobri-lo com meu corpo e me esfregar contra seu corpo macio. Queria me afundar em seu maldito canal apertado, queria senti-lo ao redor do meu pau e me perder. Não havia como negar.

Twisted emotions || Adaptação Larry Stylinson Donde viven las historias. Descúbrelo ahora