1- Minji era diferente

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Oi, gente.

Vcs leram a sinopse, então sabem q vai ter bullying. Se não se sentem confortáveis, recomendo não ler. Não acho que esteja tão pesado assim, mas né.

Eu me inspirei no dorama pyramid game pra escrever essa daqui, recomendo verem uma hr bom demais.

Agr, boa leitura <3

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Hanni

Olho em volta. Estávamos atrás do prédio da escola, aqui não havia câmeras nem nada que me colocasse em risco, agora eu já não podia dizer o mesmo sobre ela…

Ela sabe que logo a ponta do meu cigarro estará queimando a palma de sua mão e não há nada que ela fale ou faça que irá mudar o seu destino.

Levo meu cigarro aos lábios enquanto Minji observa com seus olhos de cachorrinho abandonado. Acho que ela pensa que em algum momento irei sentir pena dela. Não irei. Seus olhos apenas me faziam querer infringir mais dor a ela.

Minji tem sorte que eu gostava demais quando ela me olhava assim, mais do que quando a machucava, por isso que demorava mais para queimá-la, assim era mais tempo dela me olhando com esses seus olhos tristes que tinham uma pitada de esperança.

Dou uma tragada bem longa no cigarro e depois solto lentamente a fumaça em seu rosto. Minji já estava acostumada com isso, por isso não tosse. No começo suas tosses me irritavam, ela deve ter percebido e se forçado a se acostumar logo com a fumaça. Eu nunca reclamei por ela tossir, mas ela do mesmo jeito parou. Isso que eu adorava nela. Minji era diferente das outras pessoas. Ela percebia o que eu gostava e o que eu não gostava, e acabava facilitando as coisas para mim. Ou para ela mesma…

Afinal, se eu não fico irritada, desconto menos nela.

— Mão. - Basta eu pedir apenas isso para ela no mesmo instante levantar a sua palma para mim. Tinha algumas cicatrizes e umas marcas de queimaduras recentes. - Eu gosto de como você é obediente, Minji. - Falo com um sorriso e pego sua mão com a minha mão livre enquanto a outra segurava o cigarro. Olho nos seus olhos e levo a ponta do cigarro que queimava até sua pele. Normalmente eu apenas deixava por no máximo 3 segundos, mas estava começando a achar que ela se acostumou com a dor, então por isso hoje deixei que queimasse por mais alguns segundos.

— Ha… - Ela iria falar meu nome, mas antes que ela terminasse, apertei mais a ponta do cigarro em sua mão, isso a fez soltar um gemido de dor e a tentar puxar sua mão para si, mas a segurei firme.

— Eu já te disse que só termina quando eu quiser. Não tente me interromper. - Falo séria e solto sua mão bruscamente, depois jogo o cigarro já apagado no chão. Minji dá alguns passos para trás. - Volta. - Falo num tom de voz autoritário, isso a faz no mesmo instante voltar a ficar na minha frente.

Sinto um sorriso vir aos meus lábios.

Eu me sentia tão bem fazendo isso com ela. Não tem a mesma graça fazer isso com os outros. Com Minji eu me sentia enorme e poderosa, mesmo ela sendo maior do que eu e uma ninguém. Acho que era isso que me deixava com uma sensação de quero mais, mais, e mais.

— Hanni… - Fecho meus olhos quando a escuto. Meu nome tinha um tom diferente quando pronunciado por seus lábios, saia como a coisa mais linda que eu já havia escutado, era gostoso. Mas apenas quando ela pronunciava assim, com medo. Abro meus olhos lentamente e olho bem no fundo dos dela. - Já passou uma hora.

Uma raiva toma conta de mim quando ela me lembra disso.

Eu sabia que ela contava os minutos para a nossa diversão acabar, mas sempre que ela se posicionava sobre, eu ficava brava. Eu sempre queria mais e mais dela, mais tempo com ela. Quando ela pedia para acabar eu ficava desapontada… Afinal, Minji era diferente. Sua esperança era diferente. Eu via em seus olhos.

Para mim, quanto mais tempo a torturava, mais seus olhos me faziam ver o que ela sentia, apostava que seus pensamentos eram:

“Ela um dia não vai mais fazer isso comigo.”

“Um dia ela vai voltar a ser legal comigo.”

“Ela vai voltar a ser minha Hanni.”

“Ela vai mudar.”

Nenhuma outra pessoa pensaria assim, isso que a fazia especial.

Essas ideias de seus pensamentos me faziam querer rir ao mesmo tempo que me fazia querer os tornar reais… Mas mais do que queria isso, queria vê-la implorar pelo meu perdão um pouco mais.

Olho nos olhos de Minji.

Às vezes eu me imagino sendo legal com ela - não na frente dos outros como costumo fazer - mas sim em privado como estávamos agora. Penso se conseguiria voltar a ser como era… Acho que nunca mais poderia. Mas…

— Hanni, o tempo… - Ela volta a falar, mas não deixo sair mais nada de sua boca. Estava com raiva. Levo minha mão ao seu pescoço e aperto um pouco, depois falo firme:

— Se eu quiser mais tempo você me dará mais tempo. Entendeu? - Ela estava paralisada. Em seus olhos eu podia ver medo, até mais do que isso, ela estava aterrorizada. Não é para menos… Na última vez que peguei em seu pescoço eu quase a matei. Ela, como de costume, nem reagiu. - Minji, aqui nós não fazemos de acordo com o seu tempo disponível, e sim com o meu tempo. Entendeu? - Ela tenta engolir em seco, mas eu estava apertando um pouco forte demais o seu pescoço, isso que me fez perceber, então afrouxei um pouco meu aperto. - Entendeu?!

— S-sim. - Sua voz quase não sai e o que sai acaba vindo gaguejando.

— Você tem sorte que eu tenho coisas para fazer. - Na verdade não tinha. Eu queria ficar mais tempo com ela, mas sabia que tinha alguns horários específicos que sua mãe ligava e ela tinha que atender, provavelmente este horário estava perto, já que o horário de aula havia terminado.

Eu falo que é de acordo com meu tempo, mas não dava para ser sempre assim, poderia levantar suspeitas.

Respiro bem fundo e, contra a minha vontade, solto seu pescoço, depois dou um passo para trás e com a minha voz falsa de cordialidade e simpatia digo:

— Até amanhã, Minji.

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Gente foi isso por enquanto. Espero q tenham gostado.

Volto no domingo igual jesus.
(to brincando amanhã tem mais

Hate That I Like You ⑅Bbangsaz⑅Where stories live. Discover now