Capítulo 60

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André

— Papai, o senhor vai acabar furando o chão do escritório, andando de um lado para o outro.

Estou com a minha filha, no escritório da nova casa, enquanto lá fora os convidados estão chegando e os meus pais ao lado do meu primo, recepcionam alguns clientes e amigos. Sinto-me tão nervoso, que acabei decidindo ficar aqui dentro, enquanto aguardo a chegada da Lorenna. A cerimônia está marcada para às 18:00 horas e agora são exatamente 16:45 da tarde. Tempo suficiente para o atraso da noiva, porém meu coração parece que vai sair pela boca.

— Seu pai, não consegue esconder o nervosismo — digo, sentando-me no sofá que tem aqui.

— Papai, calma que é normal as noivas se atrasam. Logo a Lorenna chega com a mãe e a minha irmãzinha.

Carmem viria acompanhando a filha e a neta no carro. Juliana e Carlos chegaram cedo, tanto que a melhor amiga da minha mulher, avisou que ajudaria no que fosse preciso para que nada saísse errado.

— O senhor fica aqui, que vou lá fora para saber se temos alguma novidade, tudo bem?

Isabella, vem até mim, dando-me um beijo na testa e saindo do escritório. Ela usava um vestido de um rosa claro, abaixo dos joelhos, os cabelos cacheados e uma maquiagem que a deixava mais velha que os seus dezesseis anos. Minha princesinha, estava se tornando uma bela mulher. Sorri ao pensar nisso, lembrando que agora tenho duas filhas para me preocupar no futuro, quando algum engraçadinho tentar conquistar o coração delas. A porta abriu Ian entrou, caminhando até mim. Assim como eu, ele usava um terno escuro, com camisa social branca e uma gravata preta ao contrário da minha que é vinho.

— Bella, veio falar comigo no momento que sua bela e amada noiva chegou.

Ian, diz vindo sentar ao meu lado.

Eu tiro o meu celular de dentro do bolso interno do terno, para verificar se Lorenna havia enviado mensagem, porém não encontro nada.

— Vamos, que a Vitória e o Igor, estão os dois com as babás e os tios junto da dona Carmem, se encontram no jardim com a Bella.

Ian avisa, eu pergunto sobre Lorenna e recebi a resposta de que ela me aguarda no quarto da edícula nos fundos do jardim. A cerimonialista, deixou esse espaço para que os noivos esperassem antes da cerimônia. Quebraremos o protocolo e vamos entrar juntos rumo ao juiz de paz.

— Perfeito! Vamos agora, que eu quero encontrar logo a minha mulher — respondi ao levantar depressa, saindo do escritório, ignorando completamente os gritos do meu primo. Sai pela lateral da casa, onde ninguém iria me ver, indo direto ao encontro dela. Sem bater na porta, entrei encontrando Lorenna de costas para a porta. O quarto bem decorado e os presentes que ganhamos, num canto. Ao notar a minha presença, virou-se de frente para mim e notei lágrimas no seu lindo rosto.

— Meu amor!

Caminho até ela, abraçando seu corpo junto ao meu, com cuidado para não amassar o tecido do vestido. Lorenna usava um vestido de noiva de alças finas, um decote discreto e como ela mesmo havia me dito, queria algo simples, nada chamativo e mesmo querendo que ela se casasse como uma princesa, respeitei seu gosto.

— André, você nem deixou eu me preparar direito e entrou.

Diz, afastando-se um pouco, sorrindo para mim. Toquei sua bochecha com carinho, olhando o quão linda e perfeita a mulher que amo é.

— Como você está linda com esse vestido — digo. Ela se afasta um pouco, para se olhar novamente no enorme espelho que foi colocado ali.

— Posso dizer o mesmo do meu noivo — respondeu, vindo arrumar a minha gravata.

Apenas uma NoiteWhere stories live. Discover now