Capítulo 40

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Lorenna

— Filha, coloca na saladeira de vidro — mamãe chama a minha atenção na arrumação da mesa para o jantar. No final ela acabou me ajudando com praticamente tudo, até mesmo na hora de organizar a comida nas travessas. Elogiou minhas habilidades culinárias, dizendo que o tempero da carne estava no ponto e ainda exaltou a consistência do mousse de uva. Pois apesar de ser uma sobremesa fácil, eu sempre tive bastante dificuldade em preparar.

— Prontinho! Todos os lugares na mesa estão organizados — disse conferindo tudo pronto. A mesa de mármore se destaca na sala de jantar, mamãe dizia que a casa era enorme para duas pessoas e eu não poderia discordar.

Ouço passos e André aparece, vestindo uma calça social preta com camisa social de manga curta azul. A cor combinava tanto com ele, que cada vez que o vejo meu coração se acelera como na primeira vez que nos encontramos naquela boate.

— Espero não ter demorado muito — ele diz, dando um selinho em meus lábios, mantendo-me junto dele com um braço ao redor da minha cintura.

— Não demorou, mamãe acabou me ajudando a organizar a mesa e agora vamos ficar esperando sua família chegar — digo, andando de mãos dadas com ele, até a varanda de casa com mamãe ao nosso lado.

— André, o bairro aqui é bastante calmo. Estive aqui durante o dia e não imaginei que a noite era essa tranquilidade toda — minha mãe comenta parada ao nosso lado, observamos da nossa varanda os carros passando na rua. A casa em que moramos tem o portão todo gradeado e a segurança aqui é reforçada. Mesmo estando em um bairro considerado nobre, ainda assim, São Paulo é uma cidade grande e muito perigosa.

— Quando Lorenna saiu do trabalho, o primeiro lugar que pensei foi aqui. O corretor é um amigo meu. Optei por alugar de primeira, mas agora conversei com Lorenna e devo fechar negócio com todas as casas.

Viro o rosto para André surpresa ao ouvir essa parte. Ele havia comentado sobre comprar a casa em que moramos e não as outras três casas que eram do mesmo proprietário.

— Mas André.... Antes que eu possa completar a frase, o carro estaciona na porta e André se afasta de mim para abrir o portão.

Lúcio parou bem na nossa garagem, descendo do carro para abrir a porta para Rose e Isabella. Antônio veio no banco do carona e ao dar de cara com os três, me senti nervosa com as mãos suando.

— Filha, porque não contou que sua sogra é toda elegante desse jeito — mamãe fala baixinho no meu ouvido, olhando para o seu vestido e sapatilhas.

— Mamãe, até parece que a minha sogra vai reparar a roupa da senhora — respondi, abraçando-a.

André fala algo com a filha, antes de voltarem para perto da gente. Vejo quando Lúcio vai até o porta-malas, tirando de lá um vaso com astromélia e entrega para Rose.

— Demoramos mais chegamos — Antônio é o primeiro a falar, estendendo a mão para mamãe.

— Muito prazer, senhora. Sou Antônio o pai do André, essa é Roseli minha esposa e aquela mocinha ali é Isabella a minha neta.

Meu sogro faz as apresentações, antes mesmo do filho abrir a boca e André reclama.

— Eu penso que eu sou quem deveria fazer todas as apresentações, não é mesmo?

André diz, fingindo ter ficado chateado.

— Esse senhor aqui é o Lúcio, o meu motorista — Antônio também apresenta Lúcio para mamãe e não sei se estou vendo coisas, mas parece que os dois ficaram com os rostos vermelhos com a apresentação?

Apenas uma NoiteTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon