Capítulo 14

175 11 0
                                    

Lorenna

Chegamos à boate um pouco depois das dez horas da noite. Decidimos jantar em uma lanchonete próxima, para não correr o risco de uma das duas passar mal devido ao estômago vazio. Nosso dia foi muito animado, almoçamos no shopping, passamos algumas horas no salão e, por último, Juliana me convenceu a comprar uma roupa nova. Eu aproveitei para cortar um pouco o cabelo, deixando os cachos definidos.

— Amiga, que lugar bacana é esse!

Disse, assim que entramos. A boate estava lotada, a música do momento tocava, e pessoas de todas as idades estavam ali.

— O dinheiro que gastei comprando os ingressos vai valer a pena.

Juliana respondeu, segurando minha mão para não se perder de mim. Eu usava uma saia de couro preta, uma blusa de seda com botões e um top por baixo. Nos pés, estava com uma bota de cano curto, e deixei o cabelo solto.

Fomos direto para o bar, pois fazia um calor danado na cidade. Enquanto eu pedia uma soda com limão, Juliana pediu uma cerveja.

— Diga a verdade. No final das contas, foi bom sair comigo.

Juliana afirmou, enquanto pegava sua cerveja e dava um gole.

— Só de ter ficado longe daquela casa hoje. Claro que valeu a pena.

Respondi, bebendo com calma.

— O coroa não te ligou nem enviou uma única mensagem?

Juliana quis saber, e eu respondi que não havia recebido nenhuma notícia dele, mas que não queria ficar cobrando.

— Ju, preste atenção. André foi para Ribeirão Preto a trabalho, não posso ficar incomodando. Além disso, eu estava olhando o perfil da Isabella, a garota postou apenas Stories ao lado da avó.

— Você tem razão no que disse. É bom que vai deixar o coroa desesperado também. Aproveite bem a noite, e se aparecer um gato, não venha me dizer que irá dispensar.

Juliana disse, enquanto continuava bebendo e observando a movimentação.

Contei sobre Laisa me ofendendo antes de sair, e Juliana xingou por eu permitir ser maltratada daquela forma.

— Amiga, pare de ser tão boazinha. Sua irmã é uma ingrata. Só de pensar no que você teve que fazer para salvar a pele daquela garota.

— Deixa para lá. Laisa nunca vai mudar, e eu prefiro manter distância. O que importa é que estou vivendo minha vida, trabalhando muito e juntando dinheiro. Aliás, eu andei pesquisando bolsas para o mestrado em Portugal. Durante os três anos em que tenho contrato com a família Romanelli, consigo juntar uma grana, e depois ainda posso tentar o mestrado na Universidade de Coimbra.

Contei animada para Juliana.

— Muito bem, garota. Eu gosto é assim. Você trabalhando, tendo momentos de prazer com seu coroa e pensando no futuro. Se o relacionamento de vocês não for para frente, você ainda tem muito tempo para aproveitar a vida. E você sabe que pode ter o homem que quiser, na hora que quiser.

Juliana disse sorrindo, e eu sabia que ela tinha razão. Eu não podia ficar apenas pensando na minha relação com André.

— Amiga, vou até o banheiro. Bebi três goles de cerveja, e a bexiga encheu.

Juliana pediu licença, dizendo para esperar no bar. Enquanto bebia minha soda, vendo as pessoas dançando, senti a presença de alguém ao meu lado. Ao ouvir uma voz chamando meu nome, fiquei surpresa ao reconhecer Ian. Ele usava calça jeans, uma camisa de botão preta com os primeiros botões abertos, e na mão segurava um copo.

Apenas uma NoiteWhere stories live. Discover now