Capítulo 38

107 10 0
                                    



Lorenna

O jantar na casa dos pais do André, definitivamente foi um divisor em nossa relação. Sua mãe, além de concordar com mamãe e eu tomando conta do meu sobrinho, até arriscou dizer que talvez seria uma forma de trazer Laisa para mais perto da nossa família. Desculpei-me pelo que minha irmã fez, porém, minha sogra tratou de dizer que tudo ficou no passado. Agora era o momento de pensar em nosso futuro e até mesmo, insinuou que logo desejava receber notícias sobre o nosso casamento. Claro que essa decisão, estava longe de acontecer. Na manhã seguinte, acordei antes do André, organizei o nosso café da manhã e logo depois ele trouxe-me para casa da minha mãe. Agora eu estava no meu antigo quarto, arrumando os meus objetos pessoais que ainda estavam aqui e as coisas da minha irmã, que eu guardaria em caixas, como roupas, sapatos e itens pessoais. Mamãe foi para o supermercado, assim que cheguei em casa e para não ficar sozinha, liguei para Juliana avisando que estava na comunidade, ouvindo minha melhor amiga xingar bastante, por tê-la acordado tão cedo. Agora Juliana resmungava sentada em minha cama, enquanto eu embalava alguns livros que não levei na mudança, quando fui trabalhar na mansão dos Romanelli.

— Você parece que esquece, que não sou uma pessoa diurna — Juliana diz, enquanto mexe na minha caixinha de bijuterias.

— Pare de ser tão chata, só porque você acordou oito horas da manhã hoje — disse, rindo da cara mal-humorada dela.

— Muito cedo, para quem foi dormir às duas da manhã — respondeu, pegando uma pulseira minha de berloques, prata para colocar em seu pulso.

— Você deveria juntar logo as escovas com o Carlos. Dessa forma não precisa ficar chegando na casa dos seus pais de madrugada. André até comentou comigo, que o seu amado, ficou dizendo que pediu para você morar com ele, várias e várias vezes e em todas a senhorita recusou.

Contei sobre o desabafo que Carlos teve com André, num dos últimos encontros dos dois. Ambos tornaram-se bons amigos e isso era algo que eu gostava, pois de certa forma aproximava o meu namorado do mundo em que eu vivia.

— Não te dou uma má resposta, porque além de ser a minha melhor amiga, te amo muito e se eu te disse a minha opinião, você irá me xingar como sempre.

Juliana comenta, algo que eu estava cansada de saber, contudo, gostava de encher a paciência dela, em relação a isso.

— Tudo bem, senhorita anti- relação séria — rir, fechando a caixa, empilhando junto das outras duas, que levaria comigo hoje quando voltasse para casa.

— Lorenna, eu fico de cara ainda, com a mimada da sua enteada, aceitando você com o pai coroa dela, assim tão facilmente.

Juliana e sua implicância com Isabella novamente. Isso porque nem comentei sobre os meus sogros aceitando a gente.

— Amiga, você fica falando dessa forma, da garota, é como se Isabella fosse uma má pessoa e isso ela não é.

Disse, enquanto, abria as gavetas da cômoda da Laisa, para separar em duas malas. Guardaria as roupas e sapatos, no quartinho que ficava nos fundos da nossa casa.

— Porque ao contrário de você, tenho um bom faro para garotas espertas e sonsas. Sempre te falei da sua irmã, porém achava que eu falava demais. Você confia demais nas pessoas, por isso quebrava a cara antes. Então ouça-me novamente. Aquela menina é muito da sua sonsa e tirando o fato dela não se envolver com marginais nem coisas erradas, é mimada e arrogante como sua querida irmã era quando tinha a mesma idade.

Juliana afirma e eu apenas dou de ombros. Era implicância gratuita, pois o problema que tivemos antes, foi resolvido a partir do momento que ela aceitou sem reclamar da minha relação com o pai dela.

Apenas uma NoiteWhere stories live. Discover now