Capítulo 21

152 11 0
                                    


Lorenna

— Amor, é melhor você deixar para conversar com a sua irmã, quando estiver mais calma — André segura minha mão, tentando me tranquilizar. Porém não estava nenhum um pouco tranquila, após ouvir o que o advogado contou e ler sobre o depoimento do Iranildo. Minha irmã, era uma pessoa má, cruel e que não pensa nas consequências dos seus atos nem em prejudicar qualquer pessoa no caminho.

— Eu estou calma André! Vira nessa esquina que a casa é no final da rua — André me acompanhou até a comunidade e depois iria comigo até a minha casa. Chega de ser a Lorenna boazinha, pacífica que tenta resolver tudo na conversa. Mamãe iria descobrir hoje mesmo a verdadeira face da sua filha.

O carro estacionou na porta da casa do Luciano, passava um pouco das oito da noite. Após o encontro com o advogado, André levou-me para uma caminhada no parque da cidade, assim eu poderia pensar melhor. Decidi que iria confrontar Laisa, antes que a polícia chegasse. O doutor Cortez avisou que a polícia estava com provas e confissões que mostravam quem era o mandante de tudo. Desci do carro, percebendo que tudo se encontrava vazio e em completo silêncio.

— Lorenna, vamos agora meu amor. Não vê que não tem ninguém nesta casa — André disse, chamei o Luciano e a Laisa sem obter resposta.

— Os dois devem estar aprontando por aí — disse, voltando para o carro.

Assim que coloquei o cinto, meu celular começou a tocar dentro da bolsa. Peguei o aparelho para atender. Nem mesmo tive tempo de falar "alô" quando ouço a voz da Juliana do outro lado da linha.

— Amiga, vem correndo agora para sua casa. A polícia chegou, procurando a sua irmã. Laisa tentou fugir pelo muro da vizinha, só que uma policial conseguiu capturar ela e agora estão revisando sua casa de perna para o ar.

Desliguei sem responder nada. Laisa trouxe para minha mãe e nossa casa, vergonha e agora como eu pediria para o André levar até lá com a polícia na nossa porta?

— Amor, que aconteceu, você ficou pálida — André antes de dar partida, tocou meu rosto e segurou minhas mão que estavam geladas de nervoso.

— Vamos para a minha casa, a polícia foi atrás da minha irmã e a Juliana disse que estão revirando tudo.

Contei de repente. André não disse nada, deu partida e seguiu rumo a minha casa.

**

No momento em que André virou a esquina da minha casa, notei a movimentação dos vizinhos na rua e duas viaturas na porta de casa. Nem deixei André estacionar direito, fui descendo do carro, indo direto para casa.

— Senhora, não pode entrar aqui — um policial tentou me impedir, entretanto contei que eu morava na casa e precisava ver a minha mãe. André apareceu logo atrás e o policial o reconheceu, liberando a nossa entrada na casa. Ao entrar em casa, encontrei Juliana consolando minha mãe que chorava, sentada no sofá. Em pé ao lado de uma policial, Laisa olhava tudo com seu ar de superioridade e arrogância. Em cima da mesa, vários objetos expostos, com alguns saquinhos contendo pó branco e ervas. Não precisava ser adivinha para saber o que tinha ali dentro.

— Senhor Romanelli! O mesmo delegado de anos atrás, veio até André. Eu fiquei parada, sem saber o que falar ou o que fazer. Jamais pensei que as coisas com a minha irmã chegariam a esse ponto um dia.

— Encontramos os produtos do roubo, além de encontrar outras coisas bastante interessantes. A mãe da garota, não será encaminhada a central, porque notamos que a senhora não sabia de absolutamente nada.

Caminhei até minha mãe, sentei ao seu lado tocando seu ombro com carinho. Enquanto Laisa permanece de pé com seu rosto arrogante.

— Filha, não sei o que está acontecendo. Sua pobre irmã é inocente, como tudo veio parar aqui dentro? Alguém deve ter colocado, enquanto estive fora.

Apenas uma NoiteWhere stories live. Discover now