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• Lisa •
"O sangue vermelhos parece querer me perseguir, o que há de errado?"
Eu não sabia se deveria ir atrás da Aurora com esse vestido todo aberto mesmo ou se eu ficava e esperava, o que será que ela foi fazer? Não quero que Aurora arrume uma confusão por mim, isso é um problema meu e do Carlos. Não queria ter que envolver outras pessoas nisso.
Eu fiquei andando de um lado para o outro sem saber o que fazer. Logo Aurora apareceu no quarto acompanhada de Nick. Os dois não estavam com uma cara muito boa. Meu coração acelerou mais.
- Vou ficar te esperando aqui fora até você terminar. - Disse o homem com o olhar frio.
- Não vou demorar. - Disse ela.
Eu não perdi tempo, já quis logo tirar minha dúvida.
- Onde foi? - Perguntei, eu estava tão nervosa que não parava de mexer em meus dedos das mãos. Costume idiota que eu tenho.
- Fui falar com Hacker. Eu precisava tomar uma atitude, não podia ficar quieta, você não merece essa vida. Não merece estar no meio de tanta coisa ruim.
Como se eu já não estivesse muito antes.
- Você não precisava ter feito isso. Não quero que compre uma briga por mim.
- Eu precisava sim. - Ela foi atrás de mim para terminar de arrumar o vestido. - Eu já estive em seu lugar, e nunca teve ninguém que pudesse me defender. Tudo que eu puder e estiver em meu alcance, eu vou fazer, pode contar comigo sempre Lisa. - Ela subiu o zíper do vestido com muito cuidado. Nós nos encaramos pelo reflexo do espelho, Aurora colocou suas mãos em meus ombros, como um sinal de apoio.
- Obrigada Aurora. Não sabe como tudo isso que voce está fazendo por mim significa. - Dei um sorriso gentil. Ela devolveu o sorriso.
- E o seu colar?
- Eu vou usar. Mas só hoje.
Ela pegou a caixa vermelha em cima da mesinha, e me ajudou a colocá-lo. Eu me senti um peixe fora d'água, não estava acostumada com tanto... Brilho e luxo. Sei que esse colar não deve ter sido nada barato.
- Você ficou ainda mais bonita. - Disse Aurora.
- Obrigada. - Disse hipnotizada com meu reflexo no espelho.
Ouvimos murmúrios do lado de fora do quarto, a voz parecia muito familiar. Era igual a voz do... meu pai. Paramos para ouvir o que estava acontecendo como duas velhas fofoqueiras.
- Ninguém tem permissão para entrar. - Disse Nick .
- Como assim? Eu sou o pai da noiva.
- Nem você tem permissão, ordens de Hacker. - Ele disse.
