Capítulo 35

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— Cadê ela? — é o que eu digo ao abrir a porta do apartamento do meu melhor amigo, acompanhado de Carla, Eduarda e Yasmin, que encontrei no caminho vindo para cá

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— Cadê ela? — é o que eu digo ao abrir a porta do apartamento do meu melhor amigo, acompanhado de Carla, Eduarda e Yasmin, que encontrei no caminho vindo para cá.

Não sei explicar com palavras como eu me senti ao descobrir que Amélia tinha simplesmente sumido. Suas amigas me ligaram, dizendo para eu "desocupá- la" e na mesma hora eu entrei em alerta, pois ela não estava comigo, na verdade, tinha ido embora da empresa em seu horário, enquanto eu ficava para resolver outros assuntos. Ao saber que as meninas nãos estavam conseguindo rastrear o celular da Méli, minha reação foi acionar a polícia, mas infelizmente não posso abrir um boletim de desaparecimento com menos de quarenta e oito horas, o que mais uma vez me deixou puto com a nossa sociedade. A última localização marcada da minha namorada era em um parque próximo ao meu condomínio e do seu. Junto com suas amigas, comecei a procurá-la por todos os lados, até Lucas me ligar avisando que ela estava com ele. Só de pensar que algo ruim aconteceu com ela, ou poderia ter acontecido, me faz querer queimar a porra do mundo inteiro e protegê- la de todo o mal.

— Tem dez minutos que ela se trancou no banheiro — ele diz.

Não espero nem mais um segundo e caminho em direção a porta cinza e trancada, suas amigas logo atrás.

— Méli — Yas bate na porta de leve — Abre a porta, vamos conversar.

Silêncio.

— Mesmo que não queira conversar, abre pra gente, gatinha — Carla diz.

— Não adianta forçar, gente. Ela precisa de um tempo — Eduarda declara.

— Porra de tempo, nada — resmungo e chego perto da porta novamente — Kae, sou eu. Abre essa porta ou eu arrombo ela.

— Não vai fazer nada na minha casa, não — meu amigo protesta.

O barulho da tranca soa, a porta abre levemente e Amélia puxa suas amigas para dentro antes de se trancar novamente, me deixando no corredor. Encaro Lucas e o vejo segurar uma risada.

— Elas vieram antes, cara.

Caminho até sua cozinha, abro a geladeira e retiro de lá uma lata pequena de uma cerveja qualquer. Pelo menos ela está segura.

Duas horas se passam até que a porta é aberta novamente. Me levanto do sofá no mesmo instante. Nunca tive uma crise de ansiedade antes, mas acho que estava tendo uma, tanto que para me acalmar um pouco, arrumei a bagunça que é esse apartamento, pelo menos uma parte dele, Lucas não me deixou mexer em seu quarto.

— Ela quer falar com você — Duda declara e sinto um alívio me bater.

— Vocês podem...?

— Legal, além de ser ameaçado a perder minha porta ainda sou expulso do meu próprio apartamento — o olho irritado — Tudo bem, só não destrua minha residência e menos ainda, faça atos obscenos nesse lugar sagrado.

Escrevendo o nosso amorWhere stories live. Discover now