Guilherme é o herdeiro da família. Milionário, mimado e japonês mestiço.
Amélia, uma mulher órfã e trabalhadora que encanta todos por onde passa, e que trabalha para os pais de Guilherme.
Uma bebida. Uma frase. Um vídeo. Um relacionamento de mentir...
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Uma semana se passou depois que eu sonhei que tinha beijado Amélia. Várias vezes. Passamos uma semana no interior com meus pais. Fiquei mal devido à visita inesperada dos Kobayashi. Toda vez que um deles me interceptava na festa, era para falar como sua filha e eu seríamos um casal perfeito. E está aí meu problema. Eu não sou perfeito, ninguém é. Eles só querem aumentar a fortuna deles e não será às minhas custas.
O apartamento da minha namorada ficou pronto enquanto estávamos comemorando o aniversário das minhas irmãs. Confesso que é um pouco estranho acordar e não poder vê- la cozinhando e cantando. Não poder ver seu jeito fofo quando fica concentrada em algo, ou quando finge que não gosta de animes. É estranho simplesmente não poder vê- la todos os dias.
O que está acontecendo comigo? Eu sonho que nos beijamos e agora isso?
Não nego que Amélia é uma mulher atraente e deve beijar muito bem, mas é o que eu disse pra Lucas anos atrás. É só uma atração física, nada a mais. E eu sei que ela não sente isso por mim, pois seu captasse um sinal de que ela me quer em sua cama, corpo a corpo, não pensaria duas vezes. Acariciar seus cabelos macios e com cheiro doce...
Guilherme, não. Para!
Todos na empresa hoje parecem estar vendo um fantasma, mas é só o meu avô andando pela empresa, checando as coisas, como ele mesmo disse. Meus pais estão loucos com os herdeiros de quatro patas — palavras de Meméli.
Falando nela, desço em seu andar e caminho para sua sala. Seu cabelo está preso em um coque, como sei que ela sempre faz isso quando está concentrada em algo, assim como faz um biquinho muito fofo como está fazendo agora.
— Se você continuar me encarando assim, eu te processo.
— Você não pode me processar, sou seu chefe e seu namorado — seus ombros parecem ficar tensos quando digo a última palavra.
— Fala logo o que quer aqui, herdeiro.
— Te chamar para almoçar. Sem companhia alheia.
— Não posso, vou sair com as meninas hoje.
— Pra onde?
— Pra que quer saber?
— Sou seu namorado — digo isso sentindo algo estranho dentro de mim, e ela fica mais tensa ainda. — E ainda não saímos juntos. E você sabe, precisamos fazer isso. Assim não haverá especulações. — Na verdade não quero ter que lidar com meu avô agora.
— Eu sei, namorado, mas realmente vou sair com minhas amigas hoje. Além do mais, eu passei um mês na sua casa e uma semana com você na casa do interior.
— Eu estava doente, em minha defesa.
— Diga isso para o meu tênis que você vomitou.
— Ei! Eu pedi desculpas e te comprei um novo, que inclusive você está usando agorinha mesmo.
