Cap 24

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                    LAUREN  JAUREGUI

Cheguei a Farmacia, informando aos farmacêuticos o problema de Camila, aonde me recomendaram remédios e pomadas, formas de melhoras. Acabei comprando chocolates e sorvetes, coisas que eu sabia que ela gostava bastante.

Sorri vendo as coisas na mão, sentindo a tranquilidade de ver que Camila aos poucos estava se abrindo para viver comigo.

Quando cheguei ao prédio, abri a porta para entrar pela portaria e vi o senhor me encarar rapidamente.

-Oi dona Lauren, o amigo de vocês já chegou e já subiu.-O senhor de idade falou pensativo, franziu o cenho.

-Amigo? Que amigo?-Perguntei confusa entortando a boca um pouco confusa.

-um rapaz loiro, te viu saindo e disse que você já tinha liberado a entrada dele. Eu liberei. Fiz errado?-Ele perguntou preocupado, se levantando.

-Chame a polícia, senhor. Agora.-Pedi, ele arregalou os olhos e logo pegou o telefone quando disparei para o elevador, subindo até o andar.

Quando entrei ao apartamento apenas abrindo a porta de uma vez, vi o homem apertando pescoço e pulso de Camila, que estava avermelhada e com os olhos lacrimejando, sem forças.

Rapidamente me aproximei, puxando o homem pela camisa por trás, vendo Camila cair ao chão sem força e um pouco sem ar. Puxei Justin engatando meu braço pelo seu pescoço, vendo que ele tentava sair, mais não tardei em jogar meu joelho sobre sua costela, ouvindo ele gemer de dor quando o vi no chão e soquei a sua cara.

-Seu covarde de merda.-Falei pegando em sua gola.-Eu estava com pena de você. Até ver o grande escroto que você é, dessa vez você não escapa, a polícia foi chamada, eu vou fazer você se lascar muito antes de pensar novamente em tocar nessa mulher.

-E você acha que acreditaram em você ? Acha que eu não irei sair sem nem passar a noite lá?-Ele perguntou sorrindo com desdém, cuspindo o sangue. Tentando usar sua influência financeira.

-Acho que você esqueceu que além de ter tanto dinheiro quanto você. Eu sou comandante. Se prepare, seu mimado.-Falei socando a cara dele de novo, vendo seu sorriso convencido e debochado morrer.

A polícia demorava a chegar, Camila quando se recompôs, apenas me pediu um tempo e se fechou ao banheiro sozinha. Enquanto eu engolia o choro por ouvir os soluços dela.

Justin tentava a todo custo ir embora, eu o empurrava no sofá até o ver desistir e olhar para o lugar ao redor com um sorriso.

-Você alugou esse lugar pra ela ? comprou? -Ele perguntou curioso, sorrindo.-Me diga, Lauren. Pensei que tinha cansado de comer minhas sobras, pelo visto isso não é coisa do passado.

-Acho que você seriamente precisa de tratamento psicológico.-Falei encarando o homem.-Nunca precisei obrigar ninguém a ficar comigo, Justin.. Camila foi e é minha por pura vontade e escolha dela.

Vi o homem me encarar fixamente, eu notava sua raiva em seus olhos, enquanto ele fechava às mãos em punho.

-Quando foi a primeira vez?-Ele perguntou, mais no fundo eu sentia a mágoa em sua voz. -Me responde Lauren.

-No Cruzeiro.-Respondi sem ressentimento algum.

Eu costumava adorar Justin, o via como de fato, um irmão. Mais ele já não era mais a mesma pessoa, ele havia se tornado um ser humano grosseiro, agressivo e claramente não respeitava Camila, a partir do momento que ele tinha outra família. Ele não o amava, poderia deixar ela ser feliz , não podia ? Isso era possessão, era doença.

-Deixe Camila em paz, Justin. Resolvam a situação do filho de vocês da melhor forma pois ele ama vocês dois, não acabe com a infância e com a cabeça do menino. -Falei cruzando os dedos, olhando para o homem que pressionava os lábios.-Deixe Camila viver a vida dela como ela escolher viver, a liberte dessa prisão que você criou pra ela.

-E deixar ela viver com você ? Até quando? Por que, que eu saiba você também não gosta de ninguém Lauren. Mais devo concordar com você, ela é gostosinha mesmo, da pra ficar um tempinho antes de enjoar, não é?-Ele perguntou de forma nojenta de novo, pressionei os lábios.

-Se você não calar essa boca, eu vou te encher de murro de novo.-Falei firme vendo ele sorrir, não pude continuar, ao ver dois policiais aparecerem na porta de minha casa.-Demorou em.

-Lauren? lembra de mim? Fizemos academia de seleção juntos.-Um dos policiais falou, franzi o cenho não lembrando.-Sou joe.

-Não lembro, desculpe.-Falei vendo Justin sorrir com desdém. Os homens ficaram sérios olhando para o homem machucado. Passei todo acontecido, e quando finalizei, vi Camila aparecer vestida e com o cabelo molhado a sala, mostrando seu pescoço e braço marcado de forma avermelhada e roxa. Os policiais olharam, e suspiraram.

-Pela manhã irei fazer a denúncia contra agressão.-A mulher falou, quando os homens concordaram.

-Vai sua vagabunda, eu vou piorar as coisas pra você.-O homem falava revoltado, Camila umedeceu os lábios.

-Boa sorte, Justin.-Ela falou sem remoço algum , pressionando os lábios e segurando o choro. Eu percebia todas suas expressões.

Os policiais puxaram Justin a força pelo braço, já que ele relutava e se debatia a todo custo. Eu fechei e tranquei a porta, percebendo a mulher cair ao chão chorando de novo, aonde abracei ela rapidamente, me sentando ao chão junto com ela, acolhendo seu corpo pra mim que não parava de chorar.

-Tudo isso irá passar. Eu sei que está sendo difícil. Eu sinto muito.-Falei triste fechando os olhos ouvindo seus soluços.

A mulher demorou, mais aos poucos seu choro foi cessando, aos poucos ela se acalmou e pôde respirar.

Em silêncio eu cuidei de Camila, dos machucados em seu seio assim como o farmacêutico havia me recomendado. A mulher em silêncio deitada na cama esperando a pomada secar, me olhou nos olhos e suspirou.

-Eu fiz um chá pra você enquanto fazia o curativo, sei que você gosta.-Falei vendo seus olhos brilharem pra mim, suspirei olhando as marcas em seu corpo.-Desculpe não ter estado aqui, nunca mais isso vai te acontecer. Me perdoe.

-Não foi sua culpa.-Ela falou simples, engoli em seco e me levantei, virando as costas e indo ao banheiro, pegando o chá que eu tinha feito. Logo lembrando de algo.

Fui ao depósito da casa aonde eu tinha escondido um presente que comprei a Camila. Peguei a embalagem junto ao chá e fui para o quarto notando a mulher me encarar confusa.

-O que é isso?-Ela perguntou confusa se sentando, lhe dei o chá, que ela tomou um gole dando um suspiro e pondo sobre a cômoda ao seu lado.

Coloquei a embalagem grande em cima da cama e arrastei em sua direção vendo ela realmente curiosa.

-É um presente. Eu espero que você goste.-Falei vendo ela pegar a embalagem e abrir com calma, logo abrindo os lábios um pouco surpresa ao ver um lindo violão a sua frente.-Quero que seja feliz e que realize todos seus sonhos. Começando pelo que eu já tinha noção desde que eu te conheci.

A mulher me abraçou com amor, beijando meu pescoço e sussurrando vários agradecimentos e palavras boas.
Me fazendo sorrir pelo seu agrado a surpresa, abraçando sua cintura e beijando seu rosto, olhando em seus olhos.

Eu a faria sempre feliz. Ela teria a prova disso.

APRENDENDO A AMAR (GIP)Where stories live. Discover now