O Custo em Ter Olhos Vazios

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   Sensação de um copo em travesseiro, a qualquer momento o batimento cederia ao tinteiro. A angústia viria logo depois, junto de arrependimento me perguntando o porquê dos atos dois. A fotografia da pulsação cardíaca, me dá relevos de uma trocação franca. E as latas são guerras de um ranço em tantas. Os litros de espelhos mostraram admiração, até qual ponto você iria para entender que o necessário é salvação? E no meio desse ponto, você para e observa. Em qual ponto da minha vida, o necessário foi realmente necessário? Respiração diminui, eu estou caindo no chão. Minha mão segura, mas meu cérebro só diz: “ceda, então”. A cada passo de ar, é um sinônimo de dor diferente, os ciscos de uma ansiedade mostram o que é um perigo fixo. Olhos vazios, minha mente partiu, sentimentos na estante, e eu os olho constante. Com luto, mas não com tudo, contudo eu digo o que não queria, meu rosto demonstra minha agonia, ninguém conseguiu ler a alteração, e em ações de ETA, parece que eu estou há um ano parado na porcentagem que proclama algo, que quer continuar, não pode, entretanto, entre tantos “tantos”.
   Óculos de uma gaveta, foi banhado em ventiladores de um “sigo”, eu sigo respirando o vento, no entanto há tempos o pó que vem dele mexe comigo. Eu não tenho o que fazer, eu queria andar, eu andei demais, não cheguei a me machucar, os trapos dos meus pés foram o após dos seus desejos, a cada insignificância, eu vejo o quanto eu cedo. A quem diria ser eu, se não você viesse? Quem seria você, se o seu viés não portasse múltiplos “S”? Uma coroa feita de livros, uma coroa… feita de vidro. Um papel congelado, suas palavras quebraram. Liamos os amos dos moços e moças, os trampos de um sapato de louça e de força. Os significados de um suco amargo, caseiro o suficiente para que fosse doce, a sua riqueza não entenderia um terço da pobreza de um texto “fosse”. A desistência é clara, cama. A desistência diz com muita tendência motivacional, não levante da cama. A desistência porta assuntos interessantes o suficiente para que você ache atraente, especialmente ouvindo-os da cama. “Não precisa se levantar”. A força que eu quero luta muito menos do que o lado ruim. O lado ruim eu fui e o fim foi o mesmo, quê. Vários X ao meu lado e eles piscam para mim.
   — Você deseja ser você sem nada ou nada no fim?
   Meus sentimentos gritam por ajuda, a gaiola está trancada e as lágrimas são nulas. A chave sempre esteve na minha mão, mas eu nunca consegui destrancá-la. A cada momento ele me atira mais e mais balas. No chão morto, não. Mais balas, eu sofro. Eu grito por ajuda, mas a mesma está bem na minha frente, eu nunca escolhi o mal, porém o mal controlado faz da gente mais a gente. Lágrimas vagantes deram ego à tristeza sobrevivente. Fez uma concha com suas mãos, pois era a água que precisava num deserto de escuridão. A sede era tanta que o paladar secava em meio ao litro, a garrafa não foi tanta, mas ela sobreviveu a queda tinto. Mesclagem de cores fazem de um, mais realista. À vista de ilusões, é lírica. Não é sobre o que uma ilusão acabando fazendo você agir ou pensar, no fim, a sua resposta jaz no que você pode pegar dela e aplicar coerentemente no mundo real, é isso que faz uma crença.

IntroWhere stories live. Discover now