Intro

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Às vezes eu penso: "quem é este que está dizendo?" é comum o suficiente para dizer que é algo passageiro, no entanto ainda me pergunto o porquê desse pequeno tempo durar tanto assim.

— Às vezes eu me pergunto se poderia lhe matar.

— Isso nunca aconteceria pelo simples motivo de eu não saber de nada.

— Você nem sequer sabes quem és, muito menos quem é aquele que fala por você. "Cada um tem um lado diferente em cada situação"? Realmente, mas parece que a sua tomou um personagem tão convincente que você se tornou o que disse que evitaria "para todo sempre". É hilário. Esse texto é ainda mais hilário, pois ele é oco, não tem sufoco ou emoção, é só um autor que acabou com todo o seu sentimento e agora procura se existe uma solução para resolver isso, para sentir algo novamente, para ter reações, mas sabemos exatamente como isso vai terminar. Isso é só mais um texto que pessoas vão se identificar no lado delas, porque é isso que tu disse que querias, não é? Tu não quer nenhuma gotícula de foco em você, mesmo que isso signifique internamente morrer. Eu odeio esse seu jeito e olha que eu sou aquele que mais te vê a todo momento, entretanto eu ainda não consigo suportar o acéfalo que escreve tanto e não consegue perceber o erro que está fazendo com que haja sofrimento no prolongado momento.

Agora você está doente, o seu corpo inteiro dói da mesma forma que corrói, você tem uma casa, mas vive em palavras, se delas você for tirado, o que realmente terá restado? A cada batida na porta, tu ficas mais surdo e as fitas mais apertadas, os cadeados mais fortes e as chaves mais distantes, o que faria com esta que está ao seu alcance? A sua respiração acumulou parágrafos de uma solidão, agora tentas expirar sem a menor noção da criação, haha! A tosse sempre me disse que voltaria, às vezes, ela até me disse como faria, no entanto irreal é lida. Os contrários pesos de um não entendimento, qual foi a última vez mesmo que tu sentou em algum lugar e se sentiu entendido pelo próximo amigo ou deveria falar desespero? A sua face não esconde nada, afinal essa é a expressão de alguém que não sabe mais onde é a sua casa. Quer voltar tão desesperadamente, é como naquela época que em mente, mente, mente! Os escombros de uma frase não pretendida, você queria a felicidade, mas causou horror aos que você mesmo defendia. Agora nem mesmo você se confia, é a ironia falando forte com a sua vida, haha...

A febre em seu caminho é notoriamente quente, em cochilos do contrário, fria. Lógica de uma nota de um livro, se desejas encontrar o corpo que siga o não entendido. Essa cesta de palavras é sexta de um mês, a vez dessa certa lei é coisa de alguém que não sabe tanto o que fez, entre seres ou se eres, saudades do lar?

— Lábios secos de uma doença fraca, a gripe tem força o suficiente para segurar o pensamento mais leve, entretanto o seu pesado, é passado de um outro mês para que o ano seja inteiramente plebe. Em eleições de uma nova folha, todas as palavras votam, dizem que isso é só uma substituição de uma cor em sufoco próprio, que invenção foi dita em escombros de um louco? Parece que eu falhei novamente, embora eu diga que é somente um passo para a vitória, o que convence não é a verdadeira vitória, e sim, o que ela não causou por falta de força em sua própria derrota.

A dor no pescoço sinaliza falta de entendimento ou somente força de um cansaço, aos lábios de um piso, eu diria "nada sábio".

— Ei, ei, ei! É ele, é ele!

— Sim! Sim! Sim!

— Segurem ele! Vamos!

— Quem aí quer começar?!

— Ninguém?! Então tá!

— Que conveniente, o ser do começo na metade do preço insistente. O que é isso, se pergunta? Pergunta para alguém que realmente tenha alguma dúvida. As horas passam, mas aqui está você! Nada muito diferente da criança que um dia desejou crescer! Que diferença tem agora, poderia me dizer?! As responsabilidades não aumentaram, mas os pensamentos agora machucam ainda mais você. O que diria disso? Que é uma parte da vida ou uma parte de um momentâneo perigo? O que alguém que não viveu teria a dizer para uma experiência em andamento? O óbvio ou o sangrento? O emprego falso na mente se declara, claro que material dá mais importância para essas coisas carregadas, foi assim que deram vida ao que você hoje chama de "arma". Estão sempre carregadas e sempre estarão, uma mão na bala e outra fora da noção. É assim que portamos uma sabedoria sem visão, e logo, logo saberão. Vejo um palácio mental de corpos, nada muito diferente de humanos e seus berços, pratos e copos. Se perguntam o porquê de não ajudarem a si mesmos para um outro alguém, e no fim, a resposta dada aos mesmos é declarada como sábia, porque, afinal, quem tocaria um piano por você, se não o cara que disse que sabia mais do que nada de um certo ser?

— Troque de novo. Nova fita.

— Então eu n...

— Não, você não falará.

— Sabe, eu me pergunto se toda essa emoção é necessária, talvez devêssemos guardar para aquela obra separada. Onde começamos de fato essa jornada? É óbvio que não sabes, não tem porque relembrar o que já se foi, mas você ainda continua aqui, embora já tenha ido embora por aqui e por ali, a cada dia você cresce mais fraco, o que diria dessa sua vida se ela fosse inteiramente aos pedaços? Você repete tudo ainda nesse plano, e qual é ele? O descanso? É para isso que uma vida veio ao ser, para descansar do que nunca chegou a saber? O sedentário em seu muscular serviço, troca bens mentais por puro materialismo, o que farás a cada passo desse seu eu sozinho? Eu te encherei de perguntas, pois sei que você não dá conta de algo assim, muito menos de contas que você pagou no desespero, enfim. Que palavras valiosas você tem se ninguém as gosta de ouvir? Tu bates palmas para o amplo empenho de não sorrir, em que cadáveres tu vai se esconder ou simplesmente vai se matar pouco a pouco com a falsa desculpa de que tentou alcançar o sonho que nunca quis? Esse é o plano ou o catálogo da sua personalidade? O poeta que fere ou o amigo de mais tarde? A solidão nunca foi sua solitude, fale para quantos quiser essa mentira, mas isso nunca vai mudar a altitude do problema. Você se lembra de "Memórias"? O leitor nunca vira essa história, por isso não saberá do que se trata, mas digamos que alguém sempre tem de começar de algum lugar, o porém do estar é o que foi falado do seu mesmo lar. As doenças de uma criança em evolução a sua imaturidade fez dela, corrupção. O que acreditaria essa criança, se não, nela mesma? É isso que humanos fazem hoje em dia, cada um dá sua maneira, mesmo que essa mesma seja pôr toda a sua vida nas costas de alguém que sabe tanto quanto vão e no fim viver uma vida na qual será chamada de "breve então". Quais conselhos tu provocaria? Nenhum, é claro. Que tipo de pessoa se condena e se salva, se não, o contrário? A dor de cabeça de um litro é hilário, dados de um filho é contagem de esposa, em famílias de indícios são vistos os baratos filhos dizendo o que não gostam, no entanto também clamam por aquilo que gostam. Fisgo uma criança, esta mesma sou eu. Eu não me abandonaria, é o que todos os humanos se diriam, ao menos, num estado deprimente, contudo não é o que acontece nesse piso mais gelado do que ardente. A vida alheia estraga pavores, ao que vejo, óbvio que contemplo o errado, porque o errado é tudo que estou fazendo, o meu enterro é tão próximo quanto parágrafo, mas por que o motivo da pá estar tão distante é frágil?

IntroWhere stories live. Discover now