A Abstração Teatral

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Coberta molhada em chuvas de um esquecimento em varal, seus galhos são grampos de uma responsabilidade atemporal. Os contrastes de uma cor seca à molhada, mostra a alma de um humano em seus lençóis, a cama nunca esteve arrumada, mas tentamos o melhor para que vejamos que não estamos a sós. Essas luzes do lado, às vezes, nem isso, é só um espírito dizendo algo mais do que esquisito. O que seria nítido para nós, com certeza, que tipo de demônio não veria num anjo a melhor de suas presas? E presas banhadas em sangue de uma carne de açougue amarelo, são aqueles os mesmos carnívoros que dão desculpa de um ano inteiro não ser intervalo de uma vida ao singelo. Incrédulo, incrédulo! Os créditos nunca apareceram num livro por falta de lirismo, veremos se neste, os pagos nomes serão mais de um, acredito que não, pois há ninguém além de mim para escrever mais do que uma só abstração. Copo seco em sua vela de ceras e singelas janelas onde a cortina se mexe e parece paralela ao querer ler do ser e a ver e sim, haveria mais se mais não fosse ligado com tais e sais que não de água, jamais. Atrás de anos e santos de um corrompido anjo, colocou suas pontes ao Nostradamus, portanto: "O céu e a terra se transformam, ficando novos, o homem se torna imortal. O mal e a vulgaridade são definitivamente extintos nele, a própria morte morrerá." Que danos causados e nele guardados os sucos de um gancho em seu copo, logo café ou água, veneno ou sorte, a vida ou a morte, colores o que sentes ou tentas colorir o que não sentes, pois tem saudades do que mente, por isso diz a si mesmo que partiu o coração e o dente? Os dedos já não caminham, exatamente como deveriam. As pernas já não escrevem, exatamente como deveriam. A boca já não se mexe, costurada por palavras e colada por parágrafos, foi torturada por sacos de uma comida em mau estágio, logo estagiário de uma universidade cara em outro estado, em outro país, as circunstâncias de um roubo são soltos pouco a pouco em colaboração dos grandes socos que a população tomou sem reagir, com medo e desespero, colapso em seu cativeiro, começam a guerra, não contra os que lhe fizeram mal, mas contra os que sofreram tanto quanto elas. Nas vielas e becos, as palavras soam como se tivessem traficando algo além da droga de berço, que um terço do dinheiro vai para o gigante infinito que luta para não morrer, mas que lamenta o seu sonífero intrínseco, no entanto suga a gordura do mesmo, para que não durma nem mais um segundo. As orações de um palma em suas costas e se um vilão detido como herói, em termos do que se constrói, crítica não dói, mas cutuca os que boiam em água atormentada, apagada com tóxicas palavras, agora contaminada, o cheiro exagerado de latas e latas que latem por mais latência de uma resposta que não seja tão barata quanto baratas morrendo por um veneno, cujo o sabor é seco e amargo, mas é a droga preferida de um humano em seu mesmo estado e o estágio fica lotado e baratas fogem por todos os lados, as cervejas escondidas e brigas e brigas, iscas seguem gancho e queixos são quebramolas de uma mola humana em seu cérebro feito. Concreto em seus conceitos há sangue e mais do que nojento, triste o sabor de uma brita que se estagna na água como uma sauna em sua respiração, agita. Que fita, que gravação em fitas enroladas por citações de um cínico em seu auge mais do que esquisito, porém gritou não só consigo, mas consigo ouvir o seu "consigo" em sigos de um cigano amigo e lírico. Que arco-íris preto e branco físico e humanos divididos ao respeito de um desrespeito explícito de um crítico que cita os antigos mitos e todos acreditam em manada no cisco que os olhos agora agitam e trincam como vidro no clínico cego que disse ter feito experiência em faculdade e não adquirido as injeções de uma boa tarde, de um bom dia, mas anos sempre foram ilícitos.
Me dê uma noite infinita para eu testar se eu de fato quero viver o outro dia. Chuvas ácidas de um laço em forma de trigo, os diálogos não acabaram, mas também nunca começaram para dizerem que são amigos, e os indícios do virtual ao outro lado, não é nada muito mais do que um espelho em contraste ao verdadeiro relato. E eles veem-se todo dia, de fato. Que óculos iluminados com reflexo ao interno, escuridão não é opção, mas clarência sempre foi algo que esteve aberto. As mãos abertas e calejadas, aqueles presos com os pés e mentes amassadas, e o "sente-se" de um guarda, através das grades ninguém chora, pois uma certa história já foi contada. Que algemas são essas prendendo os meus dedos? Não posso escrever mais? Bobagem a minha, a escrita não vem do que se lê, e sim, do que se escuta na intriga. Intriga de humanos sem entendimento alheio, agora cravam em múltiplas razões o outro meio, avançados para que uma discussão haja, não que não houvesse, mas essas doem mais do que só balas ou pancadas. A comunicação de quem se mata mais, os livros que eram assinaturas de uma evolução são queimadas em sangue e não dá para voltar atrás, os afazeres de uma imoralidade toma conta como saliva na boca, como sangue na boca, qual dos dois é um lobo? Não. Nunca me perguntaria isso, pois não há ovelhas, só há lobos mais fracos que outros, e o sangue deles é de matar, por isso somos carnívoros, quem diria, não é? A mesma mão que protege, ataca com violência em razão do necessário, isso não é esquisito. Mas é ilícito a sabedoria do que se trataria, se todos morressem e você ficaria parado do lado chorando com nada além do próprio sangue nas mãos. Que espelho quebrado em fragmentos é esse? O mesmo que diz coisas o suficiente para que convença o ser olhando para ele, o que você quer pensar, você pensa. O que você quer comer, você tenta. O que você quer ser, você tenta, mas instinto de raiva é incontrolável, o que fazemos é meramente uma antecipação do que seria devastador se deixássemos dominarmos.
Raiva, raiva, raiva. Se acalme minha querida raiva. Os pés estão sempre no chão, pronto para atacar. Ataco copos e taças, pois água não me fará voltar! Ahh! QUE SENSAÇÃO BOA! Sabe como eu tenho piedade de uma desculpa em relação ao que se acha justo, e justiça não significa muito, pois perfeição é algo nulo, fruto de um desejo de ser uma noção, e noções são tão turvas como um desejo liberado, algo que consta como gasto, mas é hilário a cama de seus intervalos. Os núcleos de uma caça, aquela sensação que dói nos ombros, pois o peso da injeção do mundo em sua veia é mais do que idolatração alheia. O que seria esse cuidado? O que seria essas palavras que dizem uns aos outros, o buraco negro dos resultados ou uso alheio para um melhor estado? Descartado eventualmente provoca realização, percepção de um ato, provoca atos de um atalho e de frases ditas que você já sabia que seriam proferidas, mas mesmo assim, você as ouviu com raiva e respondeu com a mesma. Agora contamina taça, e não tem mais água, delicioso vinho amargo, jogado ao chão para que os cacos sirvam de lição nessa alheia mão. Sofrimento causa olhar e agora a gente está a se perguntar: "o que fizemos? Somos um monstro ou o monstro tentou disfarçar o que sempre éramos?" Ahhh!! Que beleza, BELEZA! Nós tomamos esse álcool por pura incerteza, é incrível o gosto, não é?! Aquela sensação que queima na boca e na garganta, que desce como os nossos malditos atos de vingança! De fato incrível, amistoso, mas somente consigo! Nos esquecemos sempre disso, no entanto, assim é sempre melhor! Ninguém espera nada, nem nós mesmos, todo o traço de autoconhecimento indo pelo ralo como esquecimento, mas a gente vê bem, a gente vê ÓTIMO! "Eu me controlo bem, mas a raiva é um remédio lógico! Lógico, sabe?! Logicamente sábio para o atalho de eu matar o que não sobra além de instinto e se me perguntarem, eu sou louco! Eu não sou, não! Eu não sou, porque não estou sozinho. Olhe esse pilar que ótimo vaso e ele é artigo. Artigo e documentação de todo humano, todos têm o pilar da raiva como instinto, mas imagina só o que a gente ganharia se eu DESTRUÍSSE todos os outros?! Hahahah!! Exatamente!! O que vivemos hoje: insano."
O meu entendimento não é cortado como luzes de vidro. Ele é submetido ao pior dos crimes, pois é intangível. Que engraçado, que hilário! Me algemariam para sempre, mas veias falariam que o sangue escreve eventualmente. E escreveu! Escreveu história, escreveu a notória boa hora. Escreveu o alcance da paz de indivíduos, e individualmente cada ser humano só se importa consigo, pois se paz existe mesmo, nunca alcançaremos. Um dos requisitos básicos: empatia. Está em falta, quem diria? E eu não quero ser um daqueles que diz: "Se só eu estou em paz, então... bela vida." Não, não. Isso não é solução, pois eu sei que verei um irmão morrendo pouco antes da comemoração, e eu vou ter de enterrar ele na celebração, agora me diz você, estamos celebrando a paz do momento ou a morte de mais um ser? O concreto tá cheio de sangue, mas o que seria de nós sem eles? O ser humano é brita, a maldade deles e ignorância deles é cimento, quem construiu nossas cidades? Os mesmos que começaram com os nossos sofrimentos: nós mesmos.

 Isso não é solução, pois eu sei que verei um irmão morrendo pouco antes da comemoração, e eu vou ter de enterrar ele na celebração, agora me diz você, estamos celebrando a paz do momento ou a morte de mais um ser? O concreto tá cheio de sangue, m...

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