Delito | Oscar Diaz

cinquenta.

Point of View: Maya

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O que você achou? – Olhei pro Oscar pelo espelho, enquanto alisava o tecido do vestido. Ele suspirou e levantou.

- Você é a mulher mais linda que já vi. – Segurou minha mão, me fazendo dar uma voltinha. – Estou enciumado, como sempre fui, mas, não tenho muito o que fazer. Te pedir pra ir toda tampada é que não vou, até porque, seu rosto é o que tem de mais bonito e ele ainda estaria a mostra. – Ri, o abraçando, enquanto ele passava o braço em volta da minha cintura.

- Eu estou me sentindo muito mal de ir e deixar vocês justo hoje.

- Não se sinta. O mais importante, que é a virada do natal, nós passamos juntos e mesmo se não tivéssemos passado, sua ida se faz necessária, né? É essencial para que tudo de certo. Ele está pegando confiança em você e tenho certeza que vai conquista-los mais ainda hoje. 

- Sim, hoje será importante, mas... Só queria passar a tarde com vocês, assim como nos velhos tempos. – Encostamos nossas testas.

- Já colocou a escuta de ouvido? – Coloquei a mexa pra trás do cabelo, revelando que estava bem escondidinha.

- Sim senhor, e a de vocês também. – Olhei pros meus seios e ele segurou o riso. 

– Certo... Otto está lá fora te esperando. – Nos encaramos, respirando fundo. – Vai dar tudo certo, passar rápido e quando chegar, estarei aqui. Não esqueça que estamos com você, mesmo de longe. – Passou a mão nas duas escutas, me fazendo dar um sorrisinho.

- Vai dar tudo certo. – Falei mais pra mim, do que pra ele. – Ele vai me buscar também?

- Sim. Vai ficar por perto, quando quiser ir embora, é só avisar. E não fique lá se estiver se sentindo desconfortável, certo?

- Sim senhor. – Ele segurou o riso, revirando os olhos e beijando minha testa, enquanto eu o abraçava. 

Ficamos nos encarando por alguns segundos e nossos olhos falaram por nós.

- Eu também. – Soltamos juntos e eu ri, selando nossos lábios, beijo que ele fez questão de aprofundar, transformando em um beijo calmo.

- Estás linda. Boa sorte, estou aqui caso precise. – Assenti, selando nossos lábios novamente.

Queria soltar que amava ele pra caralho, que ele era o amor da minha vida, e agradecer por tudo, mas não era hora.

Entrelaçamos as mãos e fomos em direção a sala, vendo boa parte dos caras dos Santos e os meninos na cozinha junto com a Monse e a Jasminne, comendo o que restou da ceia.