trinta e cinco.

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Point of View: Maya.
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Abri a janela traseira, enquanto Juan se apressou pra colocar a cabeça pra fora, dei uma risadinha e olhei pro Oscar.

- Ta... Me fala qual é o seu plano. - Ele falou, enquanto pegavamos a estrada.

- Acabou o julgamento? Promete? - Ele revirou os olhos, levantando o mindinho, enquanto eu ria e entrelaçava o meu. - Ta... O Omar virou praticamente outra pessoa, agora usa o nome de Leon. Ele é dono de diversas imobiliarias de Los Angeles, porém, todas laranjas. Além de uma galeria de arte, que

- É a que você trabalha. - Completou e eu ri, enquanto ele passava a mão no rosto. - Han, Maya...

- Então, essa galeria ta no nome do Chris, ele deu pra ele tocar e eu acho que é a que mais gira dinheiro sujo. O Christopher não olha pra essa parte, todo o investimento fica com o Omar e não estando no nome dele, fica mais fácil e seguro de desviar todo o dinheiro. Eu não quero matar esse cara, apesar dele merecer, nem destruir a família de ninguém, só quero que ele seja preso por tudo o que ele fez e ainda faz.

- Certo... E pra isso? - Comecei a contar pra ele como eu estava planejando, aos poucos, ganhar a confiança dele, enquanto unia o máximo de provas pra entregar pra polícia. - Posso falar outra coisa que as vezes me deixa puto?

- Você falou que era sem julgamentos. - Ele riu.

- Não é julgamento.

- Fala. - Cruzei os braços.

- Você é inteligente pra caralho. Na real, essa é a primeira vez que fico puto por isso, porque você ta usando pra uma coisa que não concordo - O olhei. - Mas, é um bom plano. Ta tudo bem amarrado e se for com calma, talvez, de fato ele não descubra. O problema é se desco... Ta, falei que não ia julgar. - Ri.

- Obrigada. Mas... Você acha que vai dar certo então? - Ele suspirou.

- Vou te ajudar no possível para que dê. - Sorri.

- Agora me fala o seu.

- Não vai julgar?

- Vou.

- Maya! - Ri.

- Fala, cara. - Ele riu.

- Basicamente vou roubar um banco e colocar a culpa nos profetas. - Disse simples.

- Você vai o que? Oscar, não.

- Falou que não ia julgar.

- Eu falei que eu ia.

- Aé... Porra, mas é isso. A parte mais fácil é colocar a culpa neles, quarenta caras, se juntar todas as cabeças, não dá um neurônio. O foda é se descobrirem, porque o que eles tem de dinheiro e armamento, Santos não teve a vida toda.

- A parte do banco é que me preocupa. Ta achando que é que nem roubar mercado? - Ele riu.

- Disso você entende bem, né? Piloto de fuga. - Gargalhei, lembrando da cena. - Eu sei o quanto é perigoso, mas é um banco pequeno, venho planejando isso há 4 anos junto com o fofoqueiro do Sad. Não posso garantir que vai dar errado, mas já criei e recriei tudo diversas vezes para que saia conforme o planejado.

- E quem ta participando?

- Do plano, eu, Sad e Maria, que também é um gênio. Mas da execução, todos dos Santos. No final das contas, é uma vingança pessoal mas será justiça pra todos nós. Não teve quem não perdeu alguém naquela guerra. - Assenti, engolindo o seco.

- Vão assaltar qual banco?

- O América do Centro da Cidade. Ele é pequeno, não trabalham tantos agentes e de todos, é o mais distante dos postos policiais. Já está tudo pronto do nosso lado, só falta aperfeiçoar os detalhes sobre a agência.

Delito | Oscar DiazWhere stories live. Discover now