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DIA SEGUINTE

–Hoje é o dia, não façam merda

Georg- Você fala como se não confiasse em nós

–Por isso mesmo e não é questão de confiança, é questão de prudência -Desferi um sorriso sagaz enquanto desfrutava do meu café

Bill- Você sabe que se quer a confiança dessa puta, vai ter que fazer amizades na escola e pagar de bonzinho, não é?

–Eu sei. O pior é que a escola está cheia daqueles rivais vagabundos e eu preciso manter as aparências

Gustav, sempre o mais direto, sugeriu um plano mais audacioso

Gustav- Pra quê causar uma boa impressão? Não é só chegar lá e falar: “Ei você, vem comigo, a partir de agora você é minha putinha e quem falar alguma coisa vai tomar bala”. Simples e fácil

–Gustav, as vezes eu acho que você toma remédio pra burrice

Gustav- Não fode, Tom

Ruby narrando

–Mãe, estou indo, ok?... Mãe? -Entrei no quarto dela, encontrando-a adormecida -Ok, então

Peguei minha mochila e saí de casa, indo em direção à faculdade. Havia um pressentimento estranho no ar, uma sensação desconfortável que eu tentei ignorar

Cheguei na sala e me sentei na minha carteira. A professora entrou logo depois

Professora- Pessoal, hoje temos um novo aluno conosco. Tom, pode entrar

Estava com a caneta perto dos lábios e mostrava uma reação entediante, mas assim que o aluno entra na sala, lembro que era o mesmo garoto com quem cruzei ontem

O mesmo assim que entra olha na minha direção com um sorriso misterioso e meio sombrio no rosto. Só não entendi porque a sala quase toda ficaram cochichando e teve uma fala que eu escutei da seguinte forma: “nessa faculdade não fico mais”. Eu pensei tipo: eles estão com medo dele? Bom até entendo um pouco, ele realmente tem uma energia meio pesada

Professora- Pode se sentar ali -Aponta para o lugar e o novato olha para a professora de forma profunda

Tom pov:

–Acho que não escutou a parte que disse em qual assento iria me assentar… -Digo somente para a mesma ouvir

Off

Não entendo nada que eles estavam falando e a professora solta um “Pode se sentar atrás da Ruby”. Caralho e o que mais me intrigou foi quando ele veio em minha direção, pois como ele sabia que era eu se a professora nem havia apontado pra mim?

–Aja paciência–

Tom- Iae bonequinha, que bom te ver novamente -Diz ao se sentar atrás de mim e eu o ignoro- Tá com raiva de mim por causa de ontem?

–Não enche -Abro meu caderno para escrever mas a minha caneta cai bem nos pés dele

Eu me levanto da cadeira na força do ódio e me agacho para pegar a caneta dali. O mesmo me olhava sorrindo de canto entre os dentes

Ao voltar para o meu assento, sentia que o mesmo não parava de me olhar por nada, e comecei a sentir sua respiração um pouco perto de mim, até parece que ele estava querendo sentir meu cheiro

–O que você está fazendo?

Tom- Nada…

Professora- Ruby, quer apresentar a faculdade para o aluno novo?

“What?”

–Por que eu?

Professora- Não há uma razão específica. Você poderia fazer essa gentileza, por favor?

–Que seja

Saímos da sala, e um grupo de meninas do lado de fora começou a fazer gracejos para Tom, algumas até se jogavam nele

Tom- Calma, meninas, não precisa disso tudo

Eu apenas assisti, pensando: Quando elas vão parar com essa nojeira?

*Tosse* Tom, se você prefere ficar com elas, é só dizer. Eu realmente não estou no clima de te mostrar a faculdade

Tom- Não, eu vou com você

–Não era a resposta que eu esperava, mas...o que posso fazer?

Tom tentava se soltar das meninas, mas elas não o soltavam, mas ele lança-lhes um olhar que as assustou, fazendo-as se afastarem rapidamente

Tom- Vamos? -Estendeu a mão para mim

–Eu não vou segurar sua mão -Fiz uma careta de nojo

Tom- Já percebi que você é bem difícil, né?

–Você pode pensar o que quiser. Mas me responda uma coisa -Falo enquanto caminhávamos pelo corredor

Tom- O quê?

–Por que você age dessa forma?

Tom- Como assim, bonequinha?

–Você é estranho. Do nada, você olha para as pessoas de uma forma... sombria. E não me chame de bonequinha, é Ruby

Tom- Eu não olho para as pessoas assim, bonequinha. -Ele deu de ombros

–Ah é? Então por que aquelas garotas correram de você como se tivessem visto um fantasma?

Tom- Elas precisavam ir para a aula, bonequinha

– Pare de me chamar assim!

Tom- Por que eu pararia? -Novamente ele me lança um olhar profundo

–P-porque eu acho irritante, e você nem me conhece direito pra tá me dando apelidos

Tom- Não te conheço direito é? -Ele sorri e abaixa a cabeça, soltando um suspiro- Isso é o que você pensa -Ele começa a caminhar mais rápido, me deixando pra trás

–Como assim? Ei, eu quem vou te apresentar a faculdade, me espera

For you -Tom KaulitzWhere stories live. Discover now