27 | Heavy is the crown, only for the weak

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Helion, Grão-Senhor da Corte Diurna, chegou na Cidade Escavada pela manhã como o pôr-do-sol, em um cavalo alado.

Ele quisera entrar na cidade escura em uma carruagem dourada puxada por quatro cavalos brancos como a neve e com crinas feitas de fogo dourado, foi o que Rhys contou a Cassian, mas Rhys tinha proibido a carruagem e os cavalos, e avisou a Helion que ele teria que atravessar; caso contrário, era melhor nem ir.

Por isso o pégaso. A ideia de Helion de um meio-termo.

Cassian ouvira os boatos sobre o raro pégaso de Helion. Os mitos diziam que o premiado garanhão tinha voado tão alto que o sol o queimara, mas ao olhar para o animal agora... Bom, Cassian provavelmente sentiria inveja, caso ele mesmo não tivesse asas.

Os cavalos alados eram raros — tão raros que se dizia que os sete pares procriadores de cavalos alados de Helion eram os únicos que restavam. De acordo com a crença popular, certa vez houve muito mais deles, antes dos registros históricos, e a maioria tinham simplesmente sumido, como se tivessem sido devorados pelo próprio céu.

A população deles escasseara mais nos últimos mil anos, por motivos que ninguém podia explicar.

Amarantha não tinha ajudado nesse quesito. Ela massacrara três dúzias dos pégasos de Helion além de queimar tantas das bibliotecas dele. Os sete pares de pégasos que restavam tinham sobrevivido porque tinham sido libertados antes que os brutamontes de Amarantha conseguissem chegar às baias deles na torre mais alta do palácio de Helion.

O par mais adorado por Helion — aquele garanhão preto, Meallan, e a parceira dele — não produziam crias havia trezentos anos, e aquele último potro não tinha chegado a desmamar quando sucumbiu a uma doença que curandeiro nenhum conseguiu curar.

De acordo com as lendas, os pégasos tinham vindo da ilha sobre a qual estava a Prisão — um dia haviam se alimentado em campos lindos que fazia muito tempo tinham dado lugar a musgo e névoa. Talvez isso fosse parte da decadência: a terra natal deles tinha sumido, e o que quer que os sustentasse ali não existia mais.

Cassian se permitiu admirar Meallan aterrissando nas pedras pretas do pátio diante dos portões imponentes que davam para dentro da montanha, a crina do garanhão soprava ao vento contra as asas pretas como azeviche.

Restavam poucas coisas nas terras feéricas que podiam incitar qualquer tipo de surpresa em Cassian — Arya, sua bela parceira era e sempre seria a primeira — mas aquele garanhão magnífico, orgulhoso e arrogante e apenas parcialmente domado, lhe tirou o fôlego do peito.

— Incrível. — murmurou Rhys, com admiração semelhante brilhando no rosto.

Feyre sorriu com prazer, e Cassian soube por aquele olhar que ela pintaria aquele animal — e possivelmente o mestre fascinante também. Azriel também piscava espantado enquanto o garanhão batia com as patas no chão, bufando, e Helion deu tapinhas no pescoço grosso e musculoso do pégaso antes de descer.

Red Sun ✧♛✧━━━━ Cassian e Azriel Where stories live. Discover now