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Atlas já estava na mesa de café que havia reivindicado à margem do rio, com um dos braços jogado no encosto de uma cadeira de ferro retorcido e o outro elegantemente apoiado no calcanhar cruzado.
Arya parou a alguns metros do labirinto de mesas ao longo da passagem para observar-lo: cabeça inclinada para o sol e os lábios finos curvados para cima, aproveitando a luz.
Atlas jamais parava de apreciar a luz do sol. Mesmo que já sumisse aos poucos pelo fim da estação.... Mas ele parecia se deleitar mesmo nela. Provavelmente por ficar séculos preso na escuridão de uma montanha.
Arya sorriu quando se aproximou da mesa, oferecendo sorrisos agradáveis aos outros clientes e às pessoas ao longo do caminho que olhavam ou acenavam para ela quando a reconheciam.
Quando Arya se sentou, Atlas já segurava sua mão de forma gentil e territorial ao mesmo tempo. E em seus olhos, mais azuis naquele momento, pingava um diversão sombria
— Não me faça esperar por qualquer piada que tenha preparado. — Arya disse o conhecendo.
E assim ele o fez:
— Um dia com as crias selvagem da Corte Noturna.... E você já se veste como uma camponesa. — ele estalou os lábios em desaprovação e diversão para o vestido que Cassian havia dito a Arya que ela poderia devolver depois.
Um vestido que fora da mãe de Rhysand que havia criado Azriel e Cassian. E que era para os três como a própria Mãe, quando se referiam a ela.
Arya havia adorado o vestido. Por isso respondeu com um sorriso e de forma cortante:
— Primeiro: eu não tive tempo de me trocar depois que voltei de Ilyria. Porque diferente de você. Eu realmente trabalho. — ela deu palmadinhas na mão dele, antes de afastá-lo para se ocupar em abrir um guardanapo no colo. Vendo Atlas colocar a mão, de forma dramatica, no peito ao ouvir suas palavras — Segundo. E o mais importante: Não há nada de errado como eu me visto. — Arya declarou vendo que Atlas já havia feito o pedido. Felizmente, tudo que ela poderia comer em pequenas quantidades.
Depois de algum tempo. Foi ele que quebrou o silêncio:
— Só para lhe reeinteirar... — Atlas afastou os cabelos negros do rosto, os últimos raios do sol do dia deixando sua pele tão translúcida como cera de vela. — Estou aliviado que tenha descoberto que meu irmão está com as Rainhas Mortais.
Arya parou de mastigar um dos cookies de banana para o encarar com a testa franzida e dizer:
— Eu não descobrir nada. Você que é um enxerido e gosta de ficar ouvido minhas conversas. — Arya se serviu do chá, estava frio, mas com um toque seu na porcelana esquentou até voltar a sair fumaça — E não temos certeza que seu irmão esteja com as Rainhas.
— É claro que está! — Atlas exclamou em um tom alto e meio esbaforido. Os olhos saltados e a respiração mais tensa fazendo Arya esperar por um surto a qualquer minuto. — Ele tem que está. Certo?
