01 | Fire, help me to forget

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Parte I

Guerra

Cassian ficou desperto quando o tilintar de vidro em uma superfície plana ecoou até seus ouvidos

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Cassian ficou desperto quando o tilintar de vidro em uma superfície plana ecoou até seus ouvidos. Então ele hesitou abrir os olhos.

Ele havia ceifado mais inimigos do que se importava em contar, tinha ficado de pé com sangue até os joelhos em incontáveis campos de batalha e continuara golpeando com a espada, fizera escolhas que haviam lhe custado a vida de guerreiros habilidosos, fora general, soldado de infantaria e assassino, e, no entanto...

Ali estava ele, deitado em um sofá que mau cabia suas pernas, hesitando despertar e arcar com as consequências do que algum — se não muito — vinho lhe rendera.

Havia voltado das Estepes no dia anterior. Havia se reunido com seus amigos e Grãos-Senhores para um jantar que levou a uma reunião de emergência. Que levou a um pedido. E, que o levara até ela.

Ele tinha planejado ir até a Casa do Vento. Planejado se trocar adequadamente. Para fingir está no papel adequado de um acompanhante.

Mas a porra do vinho e da sua ansiedade em ver-la não foram uma boa combinação.

O tilintar de vidro e talheres ficou mais alto, junto ao cheiro de algo sendo esquentado além da água borbulhante: Bolinhos de chocolate frito. 

Aquele cheiro tocou seu estômago sensível pela bebedeira, como um soco.

Por toda experiência que tinha ao conhecer a cidade que amava, Cassian sabia que estava em um apartamento perto do Sidra que já murmurava nas ondas tranquilas de um dia frio que ameaçava chover.

E que, a sala aonde estava era divisa com a bancada de uma cozinha aonde pés pequenos e descalços iam de um lado para o outro com menos paciência do que o silêncio de sua dona demonstrava.

Ele usava armadura. Mas se sentia exposto de uma forma que raramente acontecia. Sua cabeça parecia ter sido martelada algumas vezes por um martelo ou bigorna. E sua bexiga começou a doer assim que ele ousou se mover.

Covarde. Não demonstre medo, merda.

Cassian forçou seus braços a elevarem seu tronco para ele poder se sentar. Enquanto seus olhos se abriram

Ela não estava na cozinha atrás da bancada como ele imaginou.... Desenhou, por trás das suas pálpebras semiabertas.

Cassian quase suspirou alto de alívio ao passar as mãos nos cabelos soltos, bagunçados, alongando as asas que pareciam dormentes como suas pernas.

Puta merda, graças à Mãe.

Então passos curtos e precisos soaram pelo curto corredor. Fazendo sua coluna ficar ereta rapidamente como ficaria para se preparar para uma corrida, lhe dando uma estalada de dor audível pela posição desconfortável que ele havia apagado ali.

Red Sun ✧♛✧━━━━ Cassian e Azriel Onde histórias criam vida. Descubra agora