04 | Monsters stuck in your head

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O Arco-Íris era um murmurinho de atividade, mesmo com o frio cada vez mais forte, e a garoa cada vez mais constante

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O Arco-Íris era um murmurinho de atividade, mesmo com o frio cada vez mais forte, e a garoa cada vez mais constante.

Grão-Feéricos e feéricos entravam e saíam das várias lojas e dos estúdios aonde a arte era venerada como uma entidade.

Arya adorava tudo ali. As luzes. Músicas. Risadas. O ritmo que todos cuidavam da sua propria vida... Mas, principalmente o cheiro: Pinho, mar e tinta fresca.

E havia o barulho rítmico que vinha do estúdio de um dos prédios que ela visitava mais vezes do que podia admitir. Aonde aulas aconteciam em seus próprios mundos.

No primeiro andar havia uma galeria silenciosa de clientes introspectivos e com tempo para ficar horas.

Para o segundo andar havia as salas de dança e música. Onde a acústica dos instrumentos eram incríveis, aonde as paredes de vidro eram um sonho de qualquer dançarino.

Mas era no terceiro ou quarto andar que ele geralmente ficava. E pela movimentação de uma das salas, Arya não precisou procurá-lo mais.

Pois estava posando para todos os quinze estudantes que se aglomeraram com seus banquinhos e cavaletes parar pintar um macho seminu, sentado em um banquinho com uma expressão maravilhosamente tediosa.

Suas pernas dobradas, o cotovelo na coxa, o punho tocando o queixo como se ele pensasse em mil coisas ao mesmo tempo passava a imagem perfeita de uma estátua vida.

Ele devia parecer com um Grão Feérico, mas as orelhas não estavam á mostra. E apesar daquele motivo o fazer mais humano, nada mais nele poderia sugerir que ele não fosse mortal.

A pele era pálida e imaculada. Os cabelos, na altura do pescoço, pretos com finas madeixas castanhas, como se ao tomar um pouco de sol depois de séculos preso, tivesse as clareado.

Para Arya, ele era lindo de uma forma calmante demais para ela sentir que era possível mesmo um humano lhe passar aquela sensação. Para os demais....

Ela captou um desenho ande a pele dele era lindamente negra. Em outro. Tinha curvas femininas e voluptuosas.

Atlas, o Entalhador de Ossos, era a versão que seu observador mais queria ver naquele momento. Mesmo que não soubessem.

E foi nos olhos azuis salpicados de pretos, denunciando a longa existência daquele ser, que ela se concentrou enquanto as palavras de Nestha ainda perfurava sua pele.

Eu odeio você.

☆゜・。。・゜゜・。。・゜★


—  Porque disse sim?

O Entalhador de Ossos se enrolou em seu roupão de veludo roxo quando Arya sentou em uma das poucas cadeiras no apartamento entulhado de bugigangas, que ficava no último andar do prédio da galeria. Também conhecido como a casa dele.

Red Sun ✧♛✧━━━━ Cassian e Azriel Where stories live. Discover now