CORTE DE SANGUE

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Estávamos andando de cavalo há  uma semana. Uma semana inteirinha com meu traseiro doendo como se eu tivesse dado a bunda!

Sasori me disse que era a melhor  forma de chegar ao nosso reino, aí eu me pergunto, se essa é a melhor forma.... qual seria a pior?

Ainda não sei se devo confiar nele, sasori é esquisito. Brinca com morte, faz piadas estranhas e depois está lá beijando a minha mão.

Sasuke e Hinata ainda não deram notícias de seu paradeiro, más Hinata deixou rastros.  Estou indo para iliria, meu pequeno reinado, para aprender as artes marciais de lá. Pelo visto, eu tenho muito dentro de mim  escondido. Muito o que deve ser descoberto, e ainda tem essa marca em minha testa que apareceu. Sasori me disse que elas aparecem em diferentes partes do corpo, e que cada uma tem um poder diferente, igual aos olhos dos amaterasu.

— Chegamos maninha. — Sasori saiu de sua montaria e logo  eu fiz o mesmo.

Era lindo.  Flores de cerejeira por todo lado, árvores e arbustos.  Era tudo verde e as pessoas.... todas correndo, sorrindo ou fazendo suas coisas do dia a dia. Esse era o lugar que eu iria governar.

— Pronta para conhecer nossa família? — Sasori murmurou sorrindo. Não devo confiar muito, tenho aquele plano...

É claro!— Sorri meiga.

As portas do pequeno castelo foram abertas e eu arfei com tanto luxo vindo do lugar.

Não haviam criados vagando, sasori me disse que todos foram  dispensados  naquele dia. Aquele dia era para conhecer os meus irmãos se forem mesmo.

E abrindo mais uma porta havia duas garotas e três homens. As meninas conversavam entre si, de costas para a porta e os meninos bebiam e bocejavam.

Quando sasori abriu a porta, todos se viraram rapidamente.

— Sasori! Está vivo irmão.

— Pelo visto aquele demônio não te matou irmão.

Todos falavam alegremente olhando para sasori e quando desviaram a atenção para mim, houve um silêncio constrangedor.

— Irmã! Está viva,  eu agradeço muito por isso. — A garota mais baixa chorava enquanto se agarrava a mim.

Não tive nenhuma reação a não ser devolver o abraço,  aquilo parecia ser o certo. Embora eu não a conhecesse era nítido que era minha irmã como disse. A garota que mais tarde descobri que seu nome era Astória tinha os mesmos olhos que o meu e o cabelo rosa de mesmo tom que o meu, a única diferença entre mim e ela era a cor de sua pele que era de um tom oliva tão lindo e perfeito e seu longo cabelo trançado perfeitamente.

— Então ela está aí,  finalmente fez algo de útil Sasori.  — O de aparência mais velha se pronunciou.  — Me chamo Konan querida Sakura.— Ele se curvou, uma reverência tão elegante digna de um rei.

— Astória,  largue nossa irmã pelos céus! — O garoto com aspecto esguio discutiu com a mulher agarrada a mim, que mostrou a língua para ele.

— Sempre tão sutil, Shun. — Ronronou.

Sasori tossiu chamando atenção para ele, e então piscou para mim.
— Sakura, bem vinda a nossa corte de sangue. — Ele abriu os olhos e os irmãos sorriram. — Somos família, e você deveria tirar essa cara de surpresa! Já que as apresentações foram feitas, devemos falar o que realmente importa.

Em um piscar de olhos, todos ficaram sérios e eu soube... em meu interior eu soube que todos ali eram muito experientes na guerra e no que deveriam saber e eu, eu que deveria governar eles só sabia como empunhar um machado e servir hidromel.

— Devemos preparar você para receber os súditos,  deve se portar como a rainha que nasceu para ser irmã querida. — Astória pronunciava. — Eu te ensinarei isso, más antes de tudo nossos irmãos que sabem das táticas de guerra e dos nossos segredos mais sórdidos irão lhe ensinar e aconselhar sobre o mal que está por vir. À leste, os amaterasu se reúnem e querem nos destruir.

— Os amaterasu são um povo desumano que sangram e sacrificam qualquer um apenas pelo poder.— Shun começou.  — E o pior de todos, o que começou com a caça aos  nossos foi madara, aquele que sentia tanto ódio e apreço aos Haruno.... que enlouqueceu, se não fosse por nossa sacerdotisa.

— Madara... por que essa caça? O que fizemos e o motivo dele ser afeiçoado aos Haruno?

Houve silêncio e ali eu soube, eles escondiam algo. Más foi Konan que suspendeu o silêncio.
— Madara sempre foi um louco obcecado por nossa sacerdotisa, ele queria ela para si. Ele propôs um  casamento e união entre nossos reinos, más ela já estava prometida à um uzumaki. Madara frustrado pela recusa de nossa rainha, Mãe da sacerdotisa, iniciou uma guerra e então matou a sacerdotisa e nisso, ele despertou seu olho... o olho mais infame de todos, nossa linhagem quase não sobreviveu más nos reerguemos. — Astória virou o rosto, olhando para a cidade.  Como se não gostasse do que Konan estivesse prestes a contar.  — Foi então que uma maldição fora lançada, Sempre que um Amaterasu e um Haruno se apaixonassem.... aquele seria o fim de uma era, pois, o amaterasu acabaria matando o Haruno. E este, estaria sujeito à loucura eterna do olho infinito.

Madara....

O vento e a água que bate nas pedras sussurram esse nome por onde passam, e todos deveriam temer esse nome. Madara é algo para se temer e apreciar.

Não muito longe dali, O mar que separa o reino de iliria com o reino amaterasu sussurrou seu nome

Madara

Madara

Madara

Ele precisa despertar, sair das profundezas de onde se encontra e realizar o sonho de sua amada e a sua maior arma....

A vingança dos esquecidos!

-A ESCRAVA DE SASUKE UCHIHA-Onde histórias criam vida. Descubra agora