Quando um dominador viciado em sexo compra uma submissa em uma agência, os sentimentos que antes ele bloqueava, surgem. A possessão e o desejo de estar com ela todos os dias, fez com que os hábitos dele passassem pra ela gradativamente.
Ana Luísa c...
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Depois de tudo o que me aconteceu, e os conselhos que recebi, eu entendi que precisava de ajuda. O BDSM apesar de ser um alívio, apenas camufla os reais problemas. Estou tratando a compulsão por sexo, principalmente porque envolveu a minha fidelidade à Ana. Naquele tormento de pesadelo, ao mesmo tempo que eu não queria, o meu corpo tinha total controle, como se eu fosse criado apenas para isso: para foder. E de fato eu fui. Mas não, aquele Ian não é real. Ana é a única. E sempre será.
As terapias estão me fazendo bem. Benedith, uma médica muito atenciosa, tem idade para ser minha avó. A querida vem pelo menos um dia na semana. Foi estranho conversar e muito difícil expor tudo que passei. No início não queria falar, tive muita vergonha, profunda tristeza ao lembrar de tantos detalhes que estavam guardados. Quis manter os segredos da minha infância a sete chaves. Mas, ela teve paciência. Respirou fundo ao ouvir tantas atrocidades, vi em seus olhos que ela se segurou para não chorar. "Esse é um do casos mais difíceis que já lidei. Estar vivo já é um grande ato de coragem, Ian. Outras pessoas desejariam a morte. Estou orgulhosa de você, tenho certeza que seu pai também" — foi o que Benedith disse.
Eu me sinto bem. Muito melhor depois do que meu pai fez. Manoel finalmente encontrou a causadora de todo o problema. Ele me deu o gosto de fazê-la sofrer. E eu com certeza retribuí, não como Selina fez comigo, pois abusos na infância não há como reparar, é uma marca que fica pra sempre, mas cada segundo do seu dia, ela lembrará de mim.
[Anteriormente - dia da descoberta do paradeiro de Selina King]
Meu pai estacionou o carro. Entramos. Estávamos só eu e ele, os seguranças ficaram fazendo a escolta do lado de fora. Em tese, uma família vivia na casa em que a nojenta está escondida. Quando abrimos a porta não havia ninguém, já esperávamos, tendo em vista que ela deu um jeito de matar o casal com o veneno de suas balas. Soubemos que o marido deixou uma carta escrita a mão alegando que não estava mais feliz, e por isso ele iria resolver partindo para outra vida, junto com sua esposa. Ninguém desconfiou, também não houve investigação. A casa ficou abandonada e a destruidora de lares vive sem nenhum remorço na residência aonde ela arruinou vidas. Isso é o que ela faz de melhor.
Selina não esperava nos ver nessa madrugada. Certamente está se perguntando como a localizamos, visto que foi para uma bairro distante, interior, não há câmera nas ruas durante quilômetros de distância de onde moro.
— Como? — indagou sorrindo sarcasticamente em seguida. A nojenta estava se masturbando enquanto via uma cena pornográfica assustadora. Quebrei a porra da televisão e ela me xingou.
Meu pai se aproximou e segurou seu cabelo, tão forte que ela ficou toda vermelha em segundos.
— Sua desgraçada. Você é doente. Como foi capaz Selina? Ian era seu filho, uma criança — ele chutou suas pernas e ele caiu de joelhos.
