O que precisava ser dito

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Notas da escritora:
Notinhas aqui em cima pq quero falar antes de vcs lerem.
Demorei muito pra entregar esse capítulo e sinceramente não sei quando vou poder entregar outro :v
Mas ainda tem história pra acontecer, não se preocupem porque vai continuar.

Esse é o maior capítulo escrito até agora mas precisava ser assim porque muito coisa tinha pra acontecer aqui.
Eu geralmente não peço mas agora eu queria pedir que comentassem porque deu muito trabalho pra expressar tudo que eu queria e os comentários de vcs me incentivam muito a continuar.
Agora podem ler, e separem um lenço ou um cacetete, vão precisar.

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Crowley e Belzebul correram e conseguiram pegar um ônibus que os levava até próximos de casa. Durante a viagem:

— Então, ele te pediu em casamento de novo? — Crowley fala distraído olhando pela janela.

— Nah, me chamou pra sair e mandei ele ir se fuder. — responde bocejando.

— Uau, ele ainda gosta de você depois de tudo? — pergunta interessado.

— Eu dei um tapa na cara dele e o mandei ir se fuder mil vezes, claro que não. No máximo ele quer se vingar. — se força a manter os olhos abertos, mas já estava pescando.

— Talvez ele faça o tipo masoquista? Quanto mais você o rejeita mais ele vai querer...

— Se falar mais uma palavra, a concussão será o melhor dos seus problemas. — responde desistindo de manter os olhos abertos e cochilando um pouco.

Crowley decide ser mais inteligente e engolir as falas que estava planejando para irritar a irmã.

— E você e o Aziraphale? Achei que tinha dito que não queria vê-lo nunca mais. — fala sonolenta.

— Eu tinha dez anos, tá? E foi eu que bati nele, então não faz sentido...

— Porque batemos nas pessoas que gostamos? — ela fala já quase dormindo.

— Então você gostava do Gabriel? — Crowley a provoca.

Ela abre os olhos e Crowley teve certeza que viu uma caveira refletindo neles por um segundo.

— Você não negou, quer dizer que gosta do Aziraphale?

Anthony olha para a frente, sério.

— É claro que não, isso nem faz sentido.

— Digo o mesmo.

Ela apenas volta a cochilar e eles não se falam mais. Chegando em casa, Crowley apenas vai até seu quarto e deita em sua cama, Hastur e Ligur roncavam alto no beliche. Ele já tinha dormido então não estava com muito sono.

À medida que o silêncio da casa o envolvia, Crowley não pôde deixar de relembrar os momentos que havia compartilhado com Aziraphale. Não só desde a briga no refeitório, mas desde muito antes. Desde os dias de infância, quando eram amigos, até os anos de desavenças e olhares furtivos durante o período em que permaneceram afastados e em todas as vezes que desejou ter um amigo por perto. Pensando bem, se falaram mais vezes nas últimas duas semanas que nos últimos seis anos. Suas conversas, mesmo que superficiais, eram um lampejo de esperança em meio a anos de distância e desentendimentos.

"Talvez... só talvez... nós possamos ser amigos?"

Crowley se permite pensar já sentindo os olhos pesando e dorme.

Acorda na manhã seguinte com o sol entrando pela janela e vê dois rostos familiares o observando.

— É, tá vivin. — Hastur fala enquanto joga uma moeda pro alto e Ligur a pega.

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