Perdão

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Em meu peito há um sentimento, que nunca me abandona.
É similar a morar perto das ferroviárias de um trem. Aquele barulho incessante, agudo e que faz tudo tremer.
É difícil dormir ou até mesmo se concentrar.
Em meu âmbito, anseio que esse obstinado som gritante chegue ao fim.

Por favor, leve a culpa embora.

Sinto falta da calmaria ou apenas de sua companhia. Sinto uma lacuna em meu peito, é doloroso observar de longe.
Nossa irmandade não pode ser expressa fielmente por palavras.
Esse companheirismo genético e que possui traços em nosso ‘DNA’.
Trinta é o nosso número da sorte, pois fora algo superior e bem MAIOR.
Que nós fez assim, irmãos.

Eu estava lá quando seu mundo começou a ruir.
Os meus lumes assustados e imaturos observaram pessoas empurrarem você para o precipício.
O meu eu do passado e o meu eu de agora tem coisas em comum.
Nunca sabemos o que fazer. Deixamos o medo gritante, nós paralisar.
Eu paralisei naquele fim de tarde, assustada e com medo.
Não chamei ajuda para você.
Não gritei para que parassem.
Não implorei por uma salvação.

Hoje lágrimas escorrem de meus olhos.
Sempre que penso: eu poderia ter evitado.
Uma mensagem ou ligação poderia salva-lo?
A culpa por não agir me apunhala o peito.
Dói tanto não saber como agir ou que fazer.
É uma dor latente e nunca vai embora.

Perdoe-me, por não vê.
Imploro por remissão, por meus atos covardes.
Esse ser falho fora omissa por isso sou causadora de sua dor.
Rogo aos céus para que toda dor chegue ao fim. Confesso que tenho medo do que fazemos na intenção de acarretar a dor para longe.
Mas ainda espero que para você que já fora tão machucado, a saída dela seja indolor.

Falhei com você, uma pessoa tão importante para mim.
Suplico o seu perdão.
E rezo para a sua melhora.
Imploro aos céus todas as noites, para que a tempestade que você se encontra chegue ao fim.

As minhas mãos tremem e testemunho seu corpo começa a pesar na direção de sua dor.
Você está caindo, está caindo no precipício.
E eu nunca chego até você.

As consequências de meus atos geraram vários danos.
Assumo e carrego comigo, a dor que este sentimento traz.
Carrego em meu peito muitas margaridas machadas de vermelho.

Esse sentimento que nunca vai embora totalmente, me assombra a noite.
E eu entendo, deveria ter sido alguém melhor para você.
Nossa irmandade como um cristal, se espatifou ao chão.
Ou eu apenas assustada resolvi fugir.
Ainda há concerto?.

Palavras Entregues Ao Vento Where stories live. Discover now